sábado, 23 de janeiro de 2016

O que é mesmo um cargo de confiança?

Opolítico mineiro, Gustavo Capanema, deixou na sabedoria brasileira a frase: “Em política o que vale é a versão e não o fato”. Como a mídia brasileira está excessivamente politizada, a frase de Capanema também contaminou a mídia que tem mais poder que a política, para difundir a palavra certa ou errada.
As tragédias na segurança pública do RN, na semana que termina, envolvendo o assassinato cruel de uma universitária em Natal, uma nova fuga de presos em Alcaçuz e o assassinato de um detento em Mossoró, levaram o governador a tomar uma decisão drástica, gerando uma imensa polêmica na política e na mídia potiguar, por ter o governador exercido a sua prerrogativa constitucional, política e administrativa de exonerar o comando da Polícia Militar no Estado. Este fato administrativo passou a ter mais destaque que a gravidade dos acontecimentos,
Inegavelmente, os comandantes exonerados são profissionais da maior categoria e tinham sido escolhidos pelo governador, exatamente por serem nomes de referência na corporação. Entretanto, não se pode questionar o direito de exonerá-los na hora que melhor lhe aprouver. Assim como pode o governador exonerar o diretor geral da Fundação José Augusto se ações errôneas ou a falta de ações determinar que a cultura precisa ser melhor dinamizada.
Na segurança potiguar, como na Cultura, na Educação, na Saúde, na Infraestrutura existem problemas estruturais e históricos que um gestor, por mais competente que seja não poderá, num “abracadabra” resolver. Mas tem que encará-los e estancar as sangrias que encontrar desatadas. E se o governador entender que a sua tentativa de reverter um quadro histórico de descaso e fraqueza no comando, pode até estar cometendo algum excesso, mas tem o direito de mudar o comando, sim. E, como ele próprio declarou que vai mudar até acertar, pois tem o dever de enfrentar o poder da violência instalada no RN como um poder paralelo e por demais nocivo.
Em alguns poucos lugares do mundo, onde o domínio da violência foi debelado, os seus chefes supremos, tanto o ultradireitista republicano Rudolph Giuliani em Nova Yorque, quanto o esquerdista Coronel Hugo Chávez, em Caracas e o liberalzão Boris Yeltsin em Moscou, foram exonerados não só os comandantes de um sistema apodrecido, como também, em média, 50% dos policiais foram exonerados, perderam as fardas e a maioria deles foi para o xilindró juntamente com os bandidos que antes estavam soltos por tê-los corrompido.
Sou favorável a todos os compromissos que o governador Robinson Faria está cumprindo com as forças públicas do Estado. E tenho ouvido de policiais sérios que não são poucas as conquistas em um ano de governo. Quanto mais apoio o governador der às polícias, melhor, mas não se pode deixar de apoiar sua determinação em mudar o comando até acertar. Mesmo que da minha parte não haja nada contra os comandantes que caíram.
Cargo de confiança é isso mesmo. Tem que cumprir metas. Na hora que não der, não deu. Então, muda. E mudança de comando em ambiente de crise, tem que ter precisão cirúrgica.

Crise...
O que não falta é notícia ruim. Mas estas notícias estão sempre vindo acompanhada do “apesar”. Tudo de bom que acontece neste País, e não é pouca coisa, é “apesar da crise...”.
Pois bem. Entrando no ritmo vamos registrar aqui que “Apesar da crise” a Petrobrás superou a Exxon e já é a maior produtora de petróleo do mundo, com 2,4 milhões diários de Barris. E não é pouco, ser a maior produtora de petróleo do mundo. Especialmente quando se diz de manhã, de tarde e de noite que a empresa está quebrada...

Crise, crise...
“Apesar da crise” o superávit comercial de janeiro de já é de 641 milhões de dólares.

Crise, crise, crise...
“Apesar da crise”, a transposição do São Francisco, a maior obra hídrica do Brasil no momento, já está com 80% pronta.