quinta-feira, 30 de julho de 2015

Esta é a mídia que nós temos

Cuba exporta 70 mil médicos e estes homens e mulheres de nível superior, todos com pós-graduação em nível de Especialização são tratados como trabalhadores escravos, sem que ninguém pergunte o que eles próprios e elas, pessoas com muita capacidade de opinar, acham disso. E ainda dizem que é Fidel Castro quem proíbe esse povo de falar... Snowden rasgou para o mundo a bandalheira que fazem com as informações nos Estados Unidos, em plena Era da informática e ninguém falou uma palavra contra esta imensa censura. Falaram muito de Yoanes Sanchéz que continua morando em Cuba e saindo para dar palestras onde quiser, enquanto Snowden vive exilado para não ser assassinado pela Cia. O Brasil saiu do Mapa da Fome, um feito tão importante do ponto de vista social quanto a ida do homem à lua o é, do ponto de vista tecnológico. Mas quem viu uma linhazinha sequer na mídia brasileira comemorando esta notícia altamente alvissareira. Só tem espaço para a crise e para que isto se torne uma verdade “goebelliana” não se divulga sequer que a General Motors está investindo 13 bilhões de dólares no Brasil. O Brasil é o único País do mundo que usa 45% de energia produzida em fontes alternativas e é o maior do mundo em geração de energia eólica. As notícias sobre o assunto não circulam, são como “palavras ao vento”. Agora assistimos mais uma atuação hilária, para não dizer nojenta da mídia brasileira. Uma atleta de apenas treze anos de idade ganhou todas as medalhas em uma Olimpíada, mas a mídia não deu uma linha, simplesmente porque ela é da Coreia do Norte, um país que está na lista considerada pelos Estados Unidos, o “Eixo do Mal”. Subserviência deveria ter limites. Na verdade temos uma mídia sem caráter.

Exagerando
O site Plantão Brasil diz que Sérgio Moro, juiz autocrata que conduz a espetaculosa Operação Lava Jato, reco-nheceu que exagerou ao decretar a prisão preventiva do presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva e do executivo da Andrade Gutierrez, Flávio David Barra, e converteu, na terça-feira, 28, a medida em prisão temporária, que tem prazo limitado de cinco dias. Os dois foram presos pela Polícia Federal no Rio de Janeiro.

Exagerando II
Não é a primeira vez que Sérgio Moro age assim. Foi igual-zinho quando prendeu de maneira atrabiliária e completamente irresponsável, o diretor da Petrobras, José Carlos Cosenza, quando prendeu o tesoureiro do PT, João Vacari Neto sem nenhuma prova contra ele e mais ainda com relação à sua cunhada. O mais grave é que nenhuma providência é tomada, como se este homem estivesse acima da lei, ou se fosse um Luiz XIV: “O Estado sou eu”.

Ironia do destino
Uma agência estrangeira de classificação de risco mantém a nota da Petrobras e rebaixa a da Rede Globo, mas na mídia, a Globo vai muito bem a Petrobras vai muito mal. Fazer o quê, né?

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Para você que ainda acredita em todas as baboseiras que a Veja diz contra Lula, especialmente no que diz respeito à possibilidade de queda, vai aí um refresco para a memória. Esta capa de veja é do finalzinho dos anos 70. Imagine quantas capas de veja já previram a queda de Lula. Pelo menos umas vinte. E a VeJa é quem vem caindo...

terça-feira, 28 de julho de 2015

Globo 1989-2015: 26 anos de campanhas sujas contra Lula

Agora é um promotor condenado por negligência em cerca de 250 processos que ele não põe para andar, que está processando Lula. Lento no seu trabalho contra a bandidagem, rápido demais, inclusive de recesso, para agir contra Lula. Esse é apenas mais um caso de combate sem tréguas a Lula, desde quando ele surgiu como liderança sindical incomodando a ditadura militar. Dario Pignotti, jornalista estrangeiro fez uma matéria mostrando como se faz campanha suja contra Lula há 26 anos, desde quando a Rede Globo, além de ter selecionado uma série de matérias contra Lula e outra a favor de Collor ainda fez uma edição dirigida para os melhores momentos de Collor e os piores de Lula e que foi ao ar, depois de encerrado o Horário Eleitoral Gratuito, quando Lula não teria mais como responder a tamanha patifaria. No debate, pastas vazias nas mãos de Collor dando a impressão de que ele tinha ali dentro muitas provas contra Lula. Tudo mentira. Não tinha nada dentro das pastas. Vinte anos depois, um ex-diretor da Globo, José Bonifácio Sobrinho, o Boni, admitiu ter planejado o espetáculo de Collor posando como justiceiro, diante das câmeras, com um portfólio cheio de papéis em branco. Até mesmo uma denúncia de que Lula teria “estuprado” um colega de cela quando esteve preso, chegou a ser divulgada. Ateu, terrorista, pedófilo chefe de gangue, filho multimilionário à custa do erário... Enfim, nunca faltou algum tipo de acusação leviana e grosseira contra Lula nas capas das revistas, como aquela que saiu na véspera da eleição passada numa edição antecipada da Veja, dizendo que Lula e Dilma sabiam de tudo. Milhões de capas de Veja rodadas, sem a revista, somente para servir de panfleto nos sinais das principais cidades do Brasil. Ou seja, antes da revista estar nas bancas, sua capa já estava reproduzida aos milhões e sendo distribuída por panfleteiros da campanha de Aécio. Se formos listar as falcatruas que já fizeram para satanizar Lula nesses 26 anos, não tem jornal que disponha de tanto espaço. Mas um aspecto muito positivo emerge dessa guerra. É a capacidade de resistência de Lula. Todos sabemos que a guerra suja vai recrudescer até 2018. Mas já sabemos também que, se não “pegaram” Lula nestas décadas de bombardeio, não será agora.

Muito ruins
Fernando Haddad, prefeito de São Paulo pôs o dedo na ferida. Para ser derrotado tendo todo o apoio da mídia, o financiamento sem limites e sem regras de empresas nacionais e estrangeiras, e ainda, as facilidades dadas pela Justiça, os tucanos precisam ser muito ruins. Diz que Aécio é visto como uma figura patética e que Serra se tornou um aliado das trevas. É por isso mesmo que perdem. É incrível, mas eles estão sempre conseguindo perder alguma.

2015
Este ano é o do centenário de nascimento do grande prefeito Djalma Maranhão. O homem da campanha “De Pé no chão também se aprende a ler”. Para mim, o homem do século XX no Rio Grande do Norte. Neste ano Mossoró deveria fazer um grande debate sobre os homens de 15. Aqueles que há cem anos fizeram um projeto de desenvolvimento para nossa cidade e região. A última vez que alguém pensou Mossoró com visão estratégica.

PSDB/PCC
Todo mundo já tinha falado sobre isto, mas agora é um delegado quem abre o bico. O governo tucano de São Paulo, durante os grandes ataques dos bandidos do PCC – Primeiro Comando da capital liderados de dentro da prisão por Marcola o bandido mais perigoso do Brasil, fez acordo com os bandidos. Fazer acordo significa aceitar tudo o que os bandidos exigiram. É esse o partido que quer moralizar o Brasil.

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Outro dia encontrei um bancário falando muito mal do atual governo. Tentei fazê-lo lembrar de como era antes. Não teve acordo. O homem estava envenenado. Até parecia que todos os males do Brasil tinha começado de 2003 pra cá. Agora encontro este banner na internet. E lhe mando de presente, lembrando que no Banco do Nordeste, com um nazista chamado Byron Queiroz na presidência a coisa era bem mais feia.

sábado, 25 de julho de 2015

Já se discute o substituto de Eduardo Cunha

Diz a sabedoria popular que o pavão tem horror aos próprios pés, pelo fato de que a feiura dos seus membros inferiores destoa do multicolorido das suas penas, do seu penacho e acima de tudo do seu rabo que forma uma das mais belas cenas da natureza quando se abre em leque. Assim está Eduardo Cunha, o empavonado presidente da Câmara Federal que sonha com um golpe político qualquer que tire Dilma Rousseff e Michel Temmer do Palácio do Planalto. Não apenas sonha, como trabalha incessantemente por isto. Trama até contra Temmer, do seu partido, pois quer que o golpe, se for para tirar somente Dilma, que venha numa casadinha com o parlamentarismo, onde Temmer possa ficar na presidência e ele como primeiro-ministro. Entendem todos que a situação dele hoje é de grande fragilidade e será insustentável a partir do momento em que for denunciado pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot. Ele esperneia e diz que não entregará o cargo, pois lembra com muita ênfase que denunciado não é condenado e argumenta que ele próprio já foi denunciado em um processo tendo se saído inocentado ao final. Não deixa de ser verdade. E o pré-julgamento é um erro. Mas, como se diz na gíria do futebol, Cunha está por demais bichado. O próprio PMDB já analisa vários nomes que poderiam substituir Eduardo Cunha na se-quência de uma eventual queda do trono. Os nomes, porém, não têm eco. Não existe um nome de peso: Lelo Coimbra, Osmar Terra e Edinho Araújo, os nomes lembrados, são por demais apagados no cenário nacional, mesmo que o último esteja ministro. O nome que surge com certa força, vem de fora das grandes siglas, mas tem peso por ter sido do PMDB e continuar mantendo livre trânsito entre os caciques do partido. Trata-se de Miro Teixeira, do Rio de Janeiro, que já foi ministro de Lula. Miro hoje é filiado ao PROS, partido pequeno, mas ele tem luz própria, do alto dos seus 70 janeiros de experiência e prestígio. O nome de Miro está na mira, porque pode ser uma solução a Aldo Rebelo, que assumiu depois da queda de Severino Cavalcanti, mesmo sendo filiado a um partido pequeno e cheio de restrições ideológicas, que é o PCdoB. As apostas estão sendo feitas.

Alca
Lembram de quando fomos às ruas contra a ALCA, o mercado livre das Américas? Foi uma luta muito grande, mas conseguimos derrubá-la. Claro que só conseguimos isto depois que Lula chegou ao poder. Pois bem. O México não enfrentou esta guerra. Aceitou o neoliberalismo com todas as suas promessas de um mundo cor de rosas, livre e rico. Hoje o desemprego por lá passa dos 40%, enquanto aqui continua na casa dos 6%. O salário mínimo daqui está longe do que queremos, mas lá é de apenas 480 reais.

Oitenta por cento
O programa “De braços abertos”, de Fernando Haddad para resolver o pepino da Cracolândia, herdado dos tucanos, já tirou 80% dos “noiados” da dependência química. É gente que hoje estuda, trabalha, vive. Vidas resgatadas do inferno em vida. Vários países do mundo estão visitando São Paulo para conhecer e copiar a experiência. A mídia não mostra uma linha sequer, sobre o assunto. Estivesse dando errado e seria capa de todas as revistas e jornalões, além de ser tema de comentários de gente como a urubóloga Miriam Porcão.

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Enquanto a oposição e mídia continuam detonando os programas sociais dos governos petistas, o mundo flerta com o Bolsa Família e tantos outros programas que tiraram o Brasil do mapa da miséria e viu crescer a primeira geração de brasileiros que não conhecem a tortura da fome. Olha a França chegando aí, geeeeeeente.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Cai, cai balão... O efeito dominó na presidência da Câmara

Não estou falando a operação que aconteceu em Caicó, por força da qual foram presos mais ou menos uns vinte traficantes, alguns inclusive que já eram presos, mas estavam soltos e fazendo o comércio da droga e da morte, além do João de Tal, conhecido como Dão que mandou matar o radialista F. Gomes e que, direto do presídio de Alcaçuz comandava o tráfico no Seridó. Operação necessária em Caicó e muito mais ainda em Mossoró, terra onde o futebol não prospera, mas sobra “crack”. Falo mesmo do prato do dia. A possível queda de Eduardo Gomes da presidência da Câmara Federal, aquele a quem o respeitadíssimo teólogo Leonardo Boff taxou, sem meias palavras, de “bandido político”. De citação em citação, para não melindrar direitos autorais cito o grande escritor Fernando Morais que por sua vez já cita Haroldo Ceravolo que já transcreve alguém a quem não lembraram o nome, mas que se deu ao trabalho de responder à curiosidade brasileira do momento sobre quem assumirá o trono de Eduardo Cunha, caso ele morda o pó do chão, como caminha para acontecer. A sequência é a pior possível. Morais até classifica a notícia como sendo da série "quanto mais eu rezo, mais assombração aparece". "Caso Eduardo Cunha saia da presidência da Câmara por receber propina de 5 milhões de dólares quem assume é Waldir Maranhão que é investigado na Lava Jato acusado de receber mensalmente entre 30 mil e 50 mil reais. Caso Waldir Maranhão caia, quem assume é Fernando Giacobo que jura ter ganho na loteria 12 vezes em apenas 14 dias. Acusado de falsidade ideológica, formação de quadrilha e sonegação de impostos através de empresas fantasmas contou com a morosidade da justiça e foi salvo da cadeia pela prescrição de seus crimes. Caso Fernando Giacobo saia da presidência quem assume é Beto Mansur que foi autuado por trabalho escravo e condenado por usar recursos públicos para promoção pessoal. Responde a pelo menos 35 processos por irregularidades em licitações em Santos, onde foi prefeito." Ou seja, em breve poderemos estar convivendo com alguma dessas fotos. Não se sabe ainda, se seu dono estará ocupando as páginas políticas como presidente do parlamento ou as páginas policiais, como mais um “bandido político”. Será que Cunha não juntou essa corja de caso pensado, para que ninguém se atreva a tirá-lo de lá, com medo do pior? Mas... será que tem algo pior que Cunha?

Os cães ladram
O Brasil está fazendo uma política de comércio exterior forte e ativa para abrir mercados e estimular exportações. A Presidenta Dilma foca na venda de produtos e serviços com valor agregado e que gerem cada vez mais empregos no Brasil.  A grande mídia não deu a notícia, é claro. A grande mídia prefere transformar um dos menores índices de desemprego do mundo, que é o caso do Brasil, numa suposta tragédia assustando e gerando incerteza e insegurança no povo. 

E os aviões passam
Depois de Dilma visitar a Itália, aquele país quer comprar aviões fabricados no Brasil. Fica difícil acreditar que a Itália queira comprar aviões de um país falido. Quando se quer saber o grau de confiança em alguém, se pergunta: Você compraria um carro de fulano? Imagine a pergunta: Você compraria aviões de alguém que está quebrado? Quem vende avião, há tempos superou a classificação que Fernando Collor deu aos nossos carros fabricados no início do seu governo: carroças. Carroças não voam.

Pra que pressa?
Eduardo Cunha fez um estardalhaço para jogar de qualquer jeito, em regime de votação o projeto da regulamentação da terceirização que, todos os de bom senso chamam de “precarização dos direitos trabalhistas” e que se encontrava tramitando há onze anos. Paulo Paim, relator do projeto de lei no Senado, disse anteontem em Natal, que no Senado não adianta pressão, pois não há pressa. O senador gaúcho prevê pelo menos seis anos de caminhada e a certeza de que nenhum direito hoje previsto na CLT será abiscoitado do trabalhador de empresas terceirizadas. Falou e disse.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Morte em vida Severina

Previ neste canto de página, a “Morte Severina” de Eduardo Cunha. Lembrava com a expressão poética de João Cabral de Melo Neto, o pernambucano Severino Cavalcanti, um inexpressivo soba pernambucano que, por erros da articulação política do Planalto, chegou à Presidência da Câmara Federal e começou a dar trabalho ao ver Lula fragilizado com o estouro do escândalo do “mensalão”, passando até a sonhar com a cadeira que o povo deu ao líder petista. Cunha entrou no mesmo “8”. Com dinheiro de propina saindo, literalmente, pelo ladrão, depois de financiar 260 campanhas de deputados eleitos e de ter a sua própria eleição de presidente da casa, garantida por esta articulação e pela inabilidade de Mercadante, Rosseto e Pepe Vargas, começou a “se achar”, entendendo que mandava nos 260 patrocinados e que, por ser comandante deste “Exército de Brancaleone” teria a faca na garganta da presidenta da República. A queda do ministro da Educação, Cid Gomes, completou o que lhe faltava para se achar dotado de superpoderes. Esqueceu a lição de que só se pode “bater de frente com o soberano quando se tem a certeza de poder derrubá-lo”. Acho, porém que, como todo psicopata, achou que podia. Animou-se muito cedo, por não entender que a crise que Dilma enfrenta, é infinitamente menor que a mídia diz, porque a mídia é golpista e superdimensiona os efeitos das suas jogadas, praticando aquilo que o saudoso Nilo Santos chamava de “Jornalismo desejoso”. Por estar com o ego tão inflado, não entendeu que no sistema político brasileiro não há líder forte no parlamento que não tenha acesso de despachante com o Executivo. O parlamentar, com raras exceções tem uma forte tendência ao governismo, pois é nas secretarias e ministérios que ele consegue o que seus eleitores querem. Daí porque, um prefeito ou governador por mais fraco que seja, constrói com  muita facilidade uma maioria do parlamento. Por isso Cunha precisa manter o discurso do impeachment vivo. Sem isso, já não tinha tanta coisa a oferecer para a sua base parlamentar. Mas agora que se tornou um investigado, sua base sabe que ele não tem condição alguma de levar esse processo em frente. E muito menos de ser alguém para forçar o governo a fazer o que quer que seja. O resultado de tudo isso é que Cunha já foi avisado por seus aliados que vai ter de sair de fininho. Que tem direito de espernear, mas não poderá contar com ninguém para solidarizar-se com um romântico abraço de afogados. Como disse o grande articulista Renato Rovai: Esse discurso de que vai explodir o governo é conversa para boi dormir.

Robinson e PT
Apesar de ter alguns insanos mal agradecidos cutucando nos seus ouvidos para abandonar o PT em 2016, o governador Robinson Faria tem se mantido correto na postura de reconhecer a importância do partido para sua candidatura, para sua campanha, para sua eleição e para o seu governo. Já foi peitado com o oferecimento de maravilhas, caso resolva deixar o PT falando só, mas tem se mostrado firme. Anteontem falou no programa radiofônico Panorama 95, em Natal, que a tendência é repetir a aliança vitoriosa com o PT nos municípios onde houver condições em 2016. Declarou sem meias palavras: “O PT é um aliado nosso, partido amigo, me ajuda a governar aqui e em Brasília, e não há porque ter outra opção, é logico que outros partidos estão caminhando para se unir ao nosso bloco. Política se faz agregando, mas jamais sem perder a coerência”.

Dimenstein
Além de Ricardo Rovai, outro grande jornalista brasileiro, Gilberto Dimenstein, este, por sinal nem um pouco simpático ao PT também escreve o epitáfio prévio de Eduardo Cunha: “Se fôssemos um país civilizado, apenas o que Eduardo Cunha fez ontem seria o suficiente para acabar com sua vida política: para se defender de uma acusação judicial, usa o cargo para retaliações, como se ele tivesse esse direito. Isso não é postura de chefe de um poder. Mas de chefe de gangue. E ainda existem irresponsáveis crônicos, como Paulinho da Força, por exemplo, que chamam isso de política. Para completar, o chefe de outro poder, Renan Calheiros, endossa a atitude. Sinceramente, nunca vi tantos irresponsáveis com tanto poder no Brasil.

Crise
Só se fala em crise. Às vezes tenho a impressão de que a seca vai se transformar num Tsunami e vamos ser arrastados por ondas de duzentos metros de altura. A realidade, entretanto, não bate com o alarmismo. No plano nacional, representante da empresa Oracle veio dos states e tapou a boca dos urubólogos dizendo que os números do faturamento da empresa não batem com os números tão falados da crise. Para as bandas de cá, a Extinchamas, empresa de Mossoró, recebeu na semana passada 800 extintores modernos, do tipo que o Detran exige. E eis que em apenas 48 horas o estoque esgotou.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Eduardo Cunha no rumo de Severino Cavalcanti

Já fiz aqui neste espaço este paralelo. O fim de Eduardo Cunha será o mesmo de Severino Cavalcanti, “Biu dos Relógios”, que conseguiu a expulsão do padre Vito Miracapillo do interior de Pernambuco, por ter se recusado a celebrar missa no 7 de setembro, em louvor a uma independência que de fato não houve. Ao conseguir este feito reacionário, Cavalcanti se achou uma expressão nacional e chegando a deputado federal articulou o baixo clero da Câmara e conseguiu ser o presidente da Casa, cargo que corresponde também a uma espécie de 2.º vice-presidente da República. Diante do Mensalão, em 2006, “Biu dos Relógios” se viu em condições de assumir a Presidência da República, pois bastava cassar Lula e Zé Alencar e ele seria a bola da vez. Simples assim. Como muitos idiotas, ele considera Lula um “pato morto”, assim como muitos agora consideram Dilma Rousseff. E Passou a agir da mesma forma cretina que agora age Eduardo Cunha. Mas logo foi abatido por uma denúncia de propina da ordem de dez mil reais mensais para “facilitar” o aluguel de um restaurante da Câmara Federal. Agora é Eduardo Cunha que, depois do seu primeiro semestre de celebridade, começa a entrar em um pântano de 22 processos onde sofre acusações as mais diversas, todas, porém ligadas à corrupção desbragada. A propina de Cunha denunciada na Lava Jato é simplesmente mil vezes maior que aquela que levou Severino Cavalcanti a perder o cargo de presidente e o mandato de deputado federal. De 10 mil reais de Severino pulou para 10 milhões de reais de Cunha. Por fim, um delator da Lava Jato o denuncia concretamente, sem meias palavras. É Júlio Camargo, da Toyo Setal. Disse ao juiz Sérgio Moro, e o vídeo vazou, que Eduardo Cunha teria sido responsável pela cobrança de 10 milhões de dólares de propinas referentes a dois contratos de US$ 1,2 bilhão de navios-sonda, assinados pela Petrobras entre 2006 e 2007. Segundo Renato Rovai, “esta é a tampa do caixão político do presidente da Câmara Federal que já vinha perdendo força no Congresso, apesar de todo seu comportamento de dono da Casa”. Rovai aponta Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), como termômetro do clima desfavorável que já rola nas altas rodas políticas, contra o presidente da Câmara. Já começam a tratá-lo como um defunto em início de decomposição. Quem viver, verá. Como dizia minha avó: “Quem mexe com muitas pedras, uma lhe cai na cabeça”.

Achacadores
Eduardo Cunha na hora de negociar propina teria declarado que tem domínio sobre 260 deputados federais. Resta agora saber quem são os outros 39 achacadores de Cid Gomes falou na tribuna da Câmara Federal

Desconfiança
O blogueiro Miguel do Rosário desconfia desses dois vazamentos de repente, não mais que de repente, contra Eduardo Cunha, na Operação Lava Jato. Não desconfia de que possa ser falsa alguma acusação a Eduardo Cunha, mas que tudo isso pode fazer parte do jogo do golpe. Botar Renan e Cunha no canto da parede promovendo o golpe contra Dilma.

Quanto vale?
A Vale foi vendida em 1997 pelo FHC por US$ 3,558 bilhões, a mesma quantia que atualmente costuma lucrar em apenas um único trimestre. Quanto vale a Vale?

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Jornalista da Folha de S.Paulo, demitido, fez seu último desabafo, ao compor um texto cujas iniciais de todos os parágrafos juntas, formam a frase “Chupa Folha”. A resposta ao autoritarismo e ao ódio da mídia brasileira está começando a aparecer de todos os recantos.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

A importância dos BRICs e a marca de Dilma na história

Izabel Lisboa, em seu blog, defende que Dilma já tem seu papel na História pelo fato de governar democraticamente em meio a um tiroteio como só se viu quando levaram Getúlio ao suicídio, Jânio à renúncia, e Jango à deposição por golpe militar. Ontem, li um comentário numa rede social de alguém desejando que Dilma morresse nessa viagem à Rússia para a VII Cúpula do Brics. Apesar de ver a todo o momento essas manifestações de ódio se espalhar nas redes sociais, eu me espanto com cada uma delas como se fosse a primeira vez que estivesse vendo. Acho hediondo! Com certeza, quem deseja a morte dela, está profundamente perturbado e mal informado e não sabe a importância dessa viagem, não sabe o quanto a proposta de criação desse novo Banco pelo Brics irá ser benéfico para reduzir o domínio e monopólio do FMI e do Banco Mundial sobre o sistema financeiro global. É a democracia se estendendo para além das fronteiras que dividem as nações globais. Dilma está escrevendo seu nome na história da forma mais digna possível: 1) Enfrentando uma oposição golpista, que recebe apoio de uma mídia tendenciosa e vil; 2) Sem poder contar com setores da denominada "extrema esquerda" que não a apoiam, pois se encontram no palanque para 2018; 3) Combatendo questões sérias dentro de seu próprio partido, inclusive recebendo críticas do próprio ex-presidente Lula. Mesmo assim, ela não abre mão de governar democraticamente. Não toma atitudes ditatoriais. Opta por governar junto com a base aliada mesmo sem concordar com as posições políticas dessa base, porque sabe que não é pela via da Ditadura que uma nação deve caminhar. As Ditaduras são para os ditadores. 

Corrupção tucana
A cobrança por exames do SUS em Dois Vizinhos era comandada pelo estão secretário de Saúde, Carlinhos Turatto (PP) que atualmente é vereador, à esquerda na foto; outro vereador condenado é José Carlos Ventura (PSDB) no centro; à direita, aparece o apresentador da TV Taroba, Val Santos, que veiculou as denúncias que deram início às investigações. A juíza Susan Nataly Dayse Perez da Silva, da comarca de Dois Vizinhos, na região Sudoeste, proferiu sentença condenatória contra uma quadrilha liderada por vereadores que fraudava o Sistema Único de Saúde (SUS) no município. 

Corrupção tucana II
O vereador Carlinhos Turatto (PP), que na época dos delitos, em 2012, era secretário municipal de Saúde, foi condenado a 26 anos em regime fechado; o também vereador José Carlos Ventura (PSDB) foi apenado a 5 anos de reclusão. Além dos dois parlamentares, foram sentenciados servidores da Prefeitura de Dois Vizinhos e do Hospital Pró-Vida. São eles: Ademir Sbardelotto (10, 3 anos), Maria Mezalira (5, 6 anos), Lenir Maier Goetert (4 anos) e Tatiany Burgrever de Souza (7, 5 anos).

Corrupção tucana III
Na sentença, a magistrada apontou uma série de crimes que vão desde a cobrança por exames do SUS, passando pela venda de dentadura, chegando a tentativa de corrupção e coação de testemunhas do processo. 

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páginas do PIG e nas “bocas de chafurdo” da oposição, abriu os olhos e está abalando o Brasil. Fez a bolsa de valores subir sete vezes seguidas, vai abrir setenta poços na nossa região e atingiu 811 mil barris diários de produção somente no pré-sal.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Até o raivoso Aloysio Nunes pula fora: “Não vejo base para o impeachment”

Sente-se claramente que o tucanato paulista está com seu jogo feito. Não vai embarcar na de Aécio e o está deixando falar só sobre a delicada temática do impeachment. Serra, FHC, Alckmin e agora Aloysio Nunes Ferreira que foi vice de Aécio, todos já desmontaram os argumentos do impeachment. E fazendo coro com eles, o PIG, que sempre esteve ao lado da plutocracia paulista: Veja e Época, além da Globo ter flertado com Dilma ao autorizar Jô Soares a fazer aquela entrevista. Da coluna de Bernardo Mello Franco na Folha: Vice na chapa de Aécio Neves em 2014, o senador Aloysio Nunes pede cautela com a pregação pela derrubada de Dilma Rousseff. O tucano se diz preocupado com o acirramento dos ânimos e recomenda prudência aos colegas da oposição. “No momento, não vejo base para o impeachment. Não se pode brincar com isso”, afirma. Aloysio diz ver pouco em comum entre a presidente e Fernando Collor, afastado em 1992. “O que há de semelhante é a decepção do eleitorado com as mentiras da campanha. Mas as diferenças entre os dois são evidentes”, observa o senador. “Collor era um político sozinho, sem partido, e teve um comportamento pessoal chocante como presidente. Era um personagem burlesco no poder. Dilma tem respeitabilidade pessoal, tem um partido e tem o apoio de movimentos sociais.” Para o tucano, um pedido de impeachment pode jogar o país num ambiente de instabilidade. “Esses processos demoram, geram tensionamento. Pode haver um desdobramento dramático”, alerta. “O clima de radicalização é preocupante. O Lula vai tentar mobilizar esse pessoal, e a Dilma dá a impressão de que não vai se render facilmente. Ela vai brigar, vai lutar pelo mandato.” A paulistocracia está consciente de duas coisas. A primeira é que Aécio como candidato não contribuiu com nada. Só ganhou em São Paulo e na sua área de influência geopolítica. Minas não será melhor nem pior para os tucanos por voltarem a ter um candidato tucano; A segunda é que a luta pelo impeachment pode desembocar numa solução desesperada de “parlamentarismo de araque”, com Temer presidente que “reina mas não governa” dividindo o poder em triunvirato com Cunha e Renan, com o PSDB e São Paulo chupando o dedo...

Falta de foco
Henrique Eduardo Alves continua sendo ansioso e sem foco. No Ministério do Turismo, permanece no palanque do Rio Grande do Norte. Quando faz alguma coisa no âmbito da pasta é coisa miúda para atender prefeito do interior do RN. Um pórtico para uma cidade, uma coisinha daqui, outra dali. Pequenezas que não atraem nem turista regional montado em pau de arara.

Falta de foco
Como se não bastasse a absoluta falta de agenda no Turismo, o ministro continua naquele rojãozinho cansado de ir aos ministérios de pires na mão, sem foco na sua grande missão. Ontem foi ao Ministério da Agricultura com a bancada potiguar em busca de milho para o gado que sofre com a seca. O gado precisa do milho, mas o pleito não precisa de Henrique.

Falta de foco III
A ministra Kátia Abreu fez questão de deixar claro que há tempos vem lutando para renovar a portaria que garante a venda desse milho a preço subsidiado, atendendo a um pedido da senadora Fátima Bezerra.

Falta de foco IV
Alguém tem que dizer para Henrique que ou ele foca no turismo ou, ele mesmo sai do foco como liderança.

Pré-Sal na educação
Em 2014, o Brasil arrecadou R$ 1,524 bi para o MEC por meio de recursos do pré-sal. O projeto de Serra acaba com essa possibilidade de se ver o petróleo redimindo a educação.

terça-feira, 14 de julho de 2015

CNBB critica agenda hostil do Legislativo aos direitos humanos

Assim como aconteceu quando do referendo sobre a venda de armas, a Igreja Católica demorou a acordar. É compreensível, em certa medida, porque sabemos que grande parte dos católicos está declaradamente a favor da pauta da direita mais empedernida, especialmente quando se trata de temas de cunho moral. Mas, cabe à liderança da Igreja dizer a verdade, ainda que isso desagradar uma parte do seu rebanho. Ao longo dos últimos dois mil anos, já cometeram muitos pecados graves em nome de Deus e a igreja não quer mais isso. É impressionante como a pauta conservadora une, carne e unha, o que há de mais atrasado na Igreja Católica com o que há de pior entre as denominações evangélicas. Quando se trata de pauta conservadora, boa parte, mas não exatamente a parte boa, dos católicos escuta mais ao odioso Silas Malafaia que ao sorridente papa Francisco. O presidente da CNBB, dom Sérgio Rocha, ao falar sobre a atuação do Poder Legislativo, acusa o que chama de “aceleração da agenda política”, que deixaria o Executivo na defensiva. A entidade também acredita que esta iniciativa do Congresso faz propagar a tese de que se vive quase um “parlamentarismo” no Brasil. Para a CNBB, há um aumento da “politização da Justiça”, com atuação seletiva dos membros do Judiciário, que fariam uma “abstração do princípio fundamental da imparcialidade”. “Estabelece-se assim um rito sumário de condenação, agravando os direitos fundamentais da pessoa humana, seja ela quem for. Não se faz justiça com açodamento de decisões ou com uma lentidão que possa significar impunidade”, afirma o documento da CNBB. Na avaliação da entidade, há ruptura de princípios jurídicos fundamentais, como a presunção de inocência e o devido processo legal. A CNBB também acredita que a delação premiada tem sido utilizada como objeto de pressão sobre acusados e premiação. E que “Tais práticas, realizadas com os holofotes da grande mídia brasileira, transformam réus confessos em heróis”. Faltou ainda dizer que, desde Joaquim Barbosa, o “juiz Coiceiro”, até o atual “magistrado de picadeiro”, Sérgio Moro, passando pelo truculento Gilmar Mendes, acabou-se no Brasil, um princípio universal do Direito, que é o “Em dúvida, pró-réu”, que acabou-se também o princípio do “Direito inalienável de defesa” e a proibição do “Prejulgamento”, além do princípio de que “O ônus da prova cabe a quem acusa”. Enfim, a CNBB mesmo com palavras amenas, como é do seu estilo e da sua natureza, está dizendo o que faz uns dez anos que eu acho e digo: No Brasil, desde 2006 já não existe de fato, o Estado Democrático de Direito.

Pau de arara
O Movimento Pau de Arara, que tem lutado com muita coerência pela volta do transporte de massas em Mossoró, está vivendo um momento delicado. A empresa de transporte coletivo que se instalou na cidade, está sofrendo duros prejuízos financeiros e tem imensas dificuldades de manter a conquista do Pau de Arara, que é a volta dos transportes coletivos depois de mais de uma década de arranjos e gambiarras no jeito de transportar pessoas dentro da cidade.

Pau de arara II
Não adianta fazer demagogia nem radicalizar, a ponto de inviabilizar essa conquista. Mossoró está reaprendendo a andar de ônibus. A empresa tem um bom serviço e, não sejamos hipócritas, precisa ganha dinheiro. O serviço é bom, mas o faturamento está muito abaixo das expectativas. O momento é de muita parcimônia. Não abrir mão do direito do povo, nem querer da empresa, o impossível.

Pau de arara
Não será fácil encontrar o ponto de equilíbrio, entre a manutenção da qualidade do serviço que já é constatada e o faturamento inadequado até o povo voltar a andar de ônibus. Necessário se faz neste momento de acomodações entre os interesses do povo e os da empresa, muita cautela. E é isso que se espera do movimento que representa os interesses da população neste cruel particular da mobilidade urbana.

FotoLegenda
 Leandro Fortes me fez lembrar uns versos que fiz no finalzinho da ditadura militar, no romance de Literatura de Cordel, intitulado “A Maldita Comédia – Encontro de Milton Tavares com Fleury no inferno”. No texto, o general de extrema direita, exatamente o que prendeu Lula, descrevia Jesus Cristo. Lá pras tantas, dizia: “É comunista profundo/ E trabalha contra o mundo/ Ocidental e Cristão”. É assim a visão distorcida da direita sobre quem quer que defenda os pobres. Dom Hélder Câmara dizia: “Quando dou um pão a um pobre, me chamam de santo; quando pergunto por que ele é pobre, me chamam de comunista”. O papa Francisco está fadado à pecha de comunista, desde que, como bom franciscano resolveu dizer algumas verdades sobre a mentira e a exploração.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Veja faz seu desembarque sutil do impeachment

O golpismo do senador Aécio Neves (PSDB-MG), derrotado nas últimas eleições presidenciais, começa a se isolar até entre os setores mais radicais da imprensa brasileira. Editorial publicado neste fim de semana pela revista Veja, assinado pelo jornalista André Petry, condena abertamente eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O texto aponta que "suspeitas e impopularidade não são razões para a anulação de um mandato presidencial". Citando o ex-presidente FHC, também argumenta que não existem razões para um eventual impeachment. E diz ainda que "a deposição presidencial não pode ser o alfa e o ômega da oposição" — é uma crítica direta ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), cuja única agenda tem sido a de defender o golpe. A guinada editorial de Veja também fica evidente em vários textos da edição deste fim de semana. Na Carta ao Leitor, Eurípedes Alcântara cria uma versão piegas do poema "Se", do inglês Rudyard Kipling, com versos dedicados a Dilma:  Se usar a passagem implacável do tempo de modo. Que consiga fazer o Brasil voltar à normalidade e progredir. Da senhora de novo será o poder que recebeu da urna. Em outro texto de opinião, o colunista Mailson da Nóbrega critica "a irresponsabilidade fiscal do Congresso", que tem como protagonista o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Numa entrevista recente, Aécio condenou o aumento do Judiciário, dizendo ser "impagável", mas disse que votou a favor para mostrar que "não há governo" . Por fim, até mesmo José Roberto Guzzo, no texto "Depois de Dilma", passou a apontar que o horizonte para o pós-Dilma é 2019. Aos poucos, Aécio começa a ser abandonado e a Abril passa a vocalizar os interesses de dois tucanos que se opõem ao golpe imediato: o governador Geraldo Alckmin e o senador José Serra (PSDB-SP).

Santa hipocrisia
“Agora tem gente fazendo passeata pela volta dos militares ao poder e uma elite escandalizada com os desvios da Petrobras. Santa hipocrisia. Onde estavam os envergonhados do País nas décadas em que houve evasão de R$ 1 trilhão, cem vezes mais que o caso Petrobras, pelos empresários?”. A frase é de Ricardo Semler, filiado ao PSDB, com ficha abonada por Fernando Henrique Cardoso. Com essa frase desmoraliza a hipocrisia coxinha com a Operação Lava Jato.

Medalhas
Nos Jogos Pan-Americanos, o Brasil é o quarto em medalhas, abaixo apenas do Canadá, Estados Unidos e Colômbia.

Contraditória
A ex-candidata presidencial Marina Silva é tão contraditória, que recentemente foi de carro para um evento que se chama “Dia Mundial Sem Carro”. Pois, pois.


sábado, 11 de julho de 2015

Lembra-se do tempo em que o Brasil não tinha crise?

Eu lembro. Na Rede Globo, na IstoÉ, na Veja, na Folha de São Paulo e no Estadão, raramente se falava em crise. Nas ruas não se via a classe média pedindo impeachment do Presidente da República, tampouco se pedia apuração dos gigantescos roubos e rombos da Petrobras. Ninguém batia panelas quando o Brasil quebrava e ia de pires na mão pedir socorro ao FMI. Um socorro que chegava em forma de cabresto, através de Ana Maria Jul, a chilena, quando não vinha pelas mãos e pelos dentes de Rodrigo Rato, o espanhol. Ninguém batia panelas nos apartamentos quando o ministro José Serra, da Saúde, anunciava mais uma campanha de vacinação contra a poliomielite, em cadeia nacional de rádio e TV. Não tinha adesivo nos carros, com o presidente da República com a cavidade anal coincidindo com a boca do tanque de combustível para o bombeiro enfiar a mangueira a cada final de mês, quando a gasolina invariavelmente era majorada... Até musiquinha tinha: “Vejam vocês, gasolina vai subir de preço”. Bons tempos, hein? O paraíso. Ruim mesmo era a militância de esquerda que fazia um debate político aprofundado sobre os motivos porque o Brasil rastejava e elaborava a mil por hora, propostas de superação, de como fazer o Brasil um dia ser uma pátria sem fome, com salário mínimo acima de cem dólares, sem crianças morrendo de subnutrição e respeitada no Concerto das Nações. Esses eram os capetas em pessoa. 25 milhões de crianças subnutridas só tinham direito a ser vistas no Natal quando se esmolava nas repartições públicas e através de órgãos da mídia, pedindo um quilo de alimentos para que se fizessem cestas básicas para que “os anjinhos” passassem uma noite sem fome na favela, em homenagem a Jesus, o menino da estrebaria. Mas nunca o Brasil se achou tão cristão. Era, sim, o País do futuro. 20 milhões de famílias não tinham teto. Moravam de favor ou nos barracos de papelão... Mas o Brasil era uma festa; Eram 50 os milhões de analfabetos, mas o tempo era bom para quem lia as poucas manchetes que falavam como se fosse próprio do destino do Brasil ser uma pátria de analfabrutos; Eram entre 40 e 50 os bilhões de dólares emprestados a mais, a cada ano, sem entrar um “cent” de dólar no País, pois rodava por lá mesmo de banco para banco a título de pagamento do serviço da eterna dívida externa. Tempos bons aqueles em que as empregadas domésticas não podiam perturbar uma “madama” por salário mínimo, por mais que o salário fosse mais mínimo que o de hoje, pelo menos umas seis vezes, em termos de poder de compra. Ruth Cardoso, digna esposa do então presidente Fernando Henrique, dizia que se o dinheiro destinado aos pobres fosse jogado de um avião, ainda chegaria muito mais nas mãos dos pobres que pela forma como era feita a distribuição naqueles tempos de “Brasil Solidário”. O tempo era bom. Ninguém reclamava de nada. Tudo parecia às mil maravilhas. O próprio FHC declarou na Europa que fome neste País, só havia quando, por acaso acontecia uma seca. E tinha quem acreditasse. Era exatamente o mesmo povo que hoje acha que a atual crise passageira com PIB cinco vezes maior, é o dilúvio. Há que se reconhecer que essa gente enfurecida que está indo às ruas “braba que só um siri”, “virada num pentelho”, evoluiu. Saiu da condição de idiota para a condição de imbecil. Imbecil com direito à própria mídia e a ter mídia própria, como definiu muito bem o genial Umberto Eco, falando do advento da internet

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Um anacrônico cronista social esteve em Mossoró falando de um mundo glamourizado que está perdendo referência. E, como se não bastasse o discurso mumificado, bandeou-se pelo mundo da política. E falou da sua imensa saudade dos tempos de glória em que o Brasil tinha como presidente o estadista Fernando Henrique Cardoso. E disse que nos países chiques por onde anda, o nome de Lula é associado ao alcoolismo e ao analfabetismo...

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O discurso não bate com os fatos: 47 títulos de Doutor Honoris em algumas das mais importantes universidades do mundo, a lembrança do nome para secretário Geral da ONU, dezenas de homenagens recebidas como estadista global e palestras com 300 mil dólares de cachê deixam uma vaga impressão de que Lula é, pelo menos, umas quinhentas vezes mais respeitado que Fernando Henrique Cardoso, o homem da “Boca Godê”, como diz um amigo meu da Paraíba.

Com ódio e sem projeto
Depois que uma senadora deixou o PSDB por entender que não se deve fazer oposição com ódio, agora é o ex-governador paulista, vice-presidente do partido, Alberto Goldman (SP), que em carta enviada à cúpula nacional do PSDB, afirma que o partido não tem um projeto de País e a legenda não é capaz de dizer o que faria se tivesse vencido as eleições do ano passado. "Nós não temos um projeto de país", reclamou, segundo informações da Folha de S. Paulo. Até que enfim vê-se um tucano com a cabeça no lugar e disposto a falar a verdade.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Direto da Cadeia

O presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, a quem Frei Leonardo Boff chama de “bandido político”, em ato absolutamente inusitado, ainda que legal, convocou cadeia de rádio e TV para falar sobre os trabalhos legislativos. Será que os coxinhas que vivem falando contra a corrupção, sabendo que ele tem nas costas, nada menos que 22 processos por improbidade administrativa irão às janelas dos apartamentos bater panelas? Se não vão, não são combatentes contra a corrupção. São apenas canalhas que querem tentar avacalhar, a serviço de alguém muito poderoso, a imagem da presidenta da República, Dilma Rousseff, contra quem, pessoalmente não consta nenhum processo por corrupção, por mais que se tenha denunciando, acusado, lambuzado e abusado, além de se ter investigado com uma forte indução aos delatores, com prêmios jurídicos e até financeiros para implicar Dilma e Lula, sem nada encontrar por um ano e meio, ininterruptamente. Com certeza não terá nenhum vagabundo da classe média alta, com a barriga cheia de comida e o coração cheio de ódio, a expor as fuças na janela, batendo as panelas que nunca usaram para cozinhar, até porque um dos motivos mais evidentes da enorme revolta que destilam contra Dilma é a aprovação dos direitos de empregada doméstica, aquela que verdadeiramente esquenta o pé da barriga naquelas panelas que enchem as panças destes mauricinhos e patricinhas, quando não comem em restaurantes de luxo. Eduardo Cunha vai falar em cadeia. De rádio e TV. Dia chegará, porém, em que o Brasil poderá passar por uma crise de vergonha e numa “veneta”, de repente, não mais que de repente, põe Eduardo Cunha, merecidamente, a falar direto... Da cadeia, onde há tempos ele deveria estar, a bem da disciplina.

Mais e Mais médicos
Dois anos do Programa Mais Médicos. Sucesso absoluto. Os cretinos que vaiaram os cubanos na sua chegada em Fortaleza devem estar com os rabos entre as pernas. Estive ontem com uma médica cubana, na zona rural de Viçosa do Ceará, a 10 quilômetros da zona urbana. Dá expediente todo dia da semana, exceto a sexta-feira, quando se dedica a fazer um curso de especia-lização em Saúde Pública do Brasil. Ela já tem esta pós-graduação em Cuba, mas está fazendo de novo, no Brasil. Não é por acaso que alguns países estão querendo copiar o programa.

Emoção
Vi uma farmácia municipal naquela comunidade como já tinha visto em outras. Perguntei sobre um medicamento que tinha lá, indaguei sobre a forma de distribuição. A encarregada me perguntou: O senhor está precisando? Retribuí o tom de indagação. E se eu estiver precisando, como devo fazer?  Ela disse: A médica está ali na outra sala... O senhor vai lá e se consulta. Pensei que não estava no Brasil. Me arrepiei e saí olhando o posto de saúde. Tinha uma enfermeira formada atendendo na outra sala. E na outra, que era um gabinete de saúde bucal,  tinha uma odontóloga atendendo um paciente. E não estava “arrancando” dente. Estava fazendo um procedimento corretivo.

Emoção II
Parei na calçada, meio com “cara de babaca” e o rapaz que me acompanhava chamou o motorista de uma doblô ca-racterizada como sendo da Secretaria Municipal de Saúde, com a cruz azul, do SUS. E eu perguntei o que ele estava fazendo ali parado? Respondeu-me que estava à disposição da diretora do posto de saúde daquela comunidade desde de manhã quando chegou com a equipe e que assim iria ficar até o final do expediente. Dali poderia fazer visitas domiciliares e qualquer outra tarefa que ela lhe mandasse fazer. Pensei: Meu Deus. Quer dizer que o SUS pode funcionar? Eu mesmo respondo. Pode, sim. Desde que não se roubem as verbas nem se permitam gastos desnecessários, nem se terceirize até um “corre-corre-cavaleiro” para tirar um argueiro do olho de uma criança.

FotoLegenda
Dilma é um osso duro de roer. Crise é crise. Caos é outra coisa. Quem enfrentou uma ditadura de dentro da cadeia e venceu um câncer não vai se dobrar A um bando de calças sujas, da corja de Aécio Neves, Cunha e outros tipos de troços e traças que querem corrOer o tecido social e econômico do Brasil.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Só faltava esta: Sardenberg acha que a culpa pela crise da Grécia é de Lula

Os cérebros dos comentaristas da Globo estão quase todos atrofiados. Só se salvou um: o que põe a culpa de tudo no PT. O frio, o calor, a tempestade, a seca, as enchentes, não precisa mais investigar. Qualquer fenômeno desses tem um culpado garantido: o PT. Só uma dúvida pode pairar sobre o assunto. Se o protagonista da desgraça foi Lula ou Dilma, ou ainda, o mais provável, os dois. Depois da esfregada que uma idiotinha levou de Barack Obama em entrevista coletiva, quando a reporterzinha da Globonews perguntou se o Brasil poderia ser considerado uma potência regional e ele rebateu que se trata de uma potência mundial, agora veio a crise grega com o presidente Tsipras dando uma unhada sem precedentes no bloco europeu, com especialidade a Alemanha da durona Ângela Merkel e levando a plebiscito a continuidade do arrocho que iria levar o povo grego à fome. O idiota do Sardenberg, contrariando análises de grandes economistas de renome mundial, que dizem estar a Grécia no caminho certo, disse que o governo grego e seu povo que o respaldou em plebiscito estão errados e que este erro se deve ao fato deste governante ter se encontrado com Lula em 2012. Arre, égua, Sardenberg. Como dizia meu sábio pai: “Bota essa boca debaixo de um poleiro...”

Aécio verdadeiro
Finalmente, Aécio Neves disse alguma em que se pode acreditar, sobre o seu partido entreguista: “O PSDB é o maior partido de oposição ao Brasil”. Lembrei-me de Severino Generino, um senhor de pequena estatura que ficava na calçada do bar do meu pai, lá em Santo Antonio do Salto da Onça e que concordava com tudo que os mais bem informados diziam, repetindo um jargão quinhentas vezes por noite: - Como de fato...

Matando a charada
Lula, mais uma vez, faz jus à sua sabedoria, dizendo: Essa operação Lava Jato ainda vai durar dois anos. Matou a charada. Não podem derrubar Dilma, mas podem usar a operação como discurso. Concordo em gênero, número e grau. Isso é coisa para palanque em 2018. Não se conformaram de perder com o circo do mensalão em 2010 e 2012. Vão perder em 2018 com essa palhaçada se estendendo até ás vésperas das eleições presidenciais.

Mortalidade infantil
No Estado do Piauí, em regiões onde a mortalidade infantil era das mais altas, depois da chegada dos cubanos do programa Mais Médicos, foi reduzida a zero. Nenhuma criança morreu mais por ali. Muito diferente da ideia de Ronaldo Caiado, o médico mau caráter que disse que os cubanos vinham fazer terrorismo e comer criancinhas.

Ajudar
O vice-presidente da República, Michel Temer, que é também articulador político do governo Dilma, disse o óbvio: “Oposição também existe para ajudar a governar”. O óbvio, sim. Mas no Brasil de Aécio Neves, com seu fascismo militante, essa regra não vale nada. Aécio é um porra-louca, para quem só funciona uma regra: a do quanto pior, melhor.

sábado, 4 de julho de 2015

Governador do Estado de Nova Iorque quer aumentar maioridade penal de 16 para 18 anos

Mais uma prova de que o Brasil, sob Cunha, Aécio, Bolsonaro e Malafaia, os quatro cavaleiros do Apocalipse, está marchando na contramão da História da civilização, vem agora dos Estados Unidos, País sempre citado por eles como argumento para suas teses furadas. Semana atrasada os Estados Unidos desmoralizaram as teses contrárias à união de pessoas do mesmo sexo. O império ianque comemorou com muita festa e pompa o aqui tão criticado “Casamento Gay”. Agora, outra pancada vem de lá contra a redução da maioridade penal aprovada através de manobra antirregimental na Câmara dos Deputados. É que o governador de Nova York, Andrew Cuomo, enviou projeto de lei ao legislativo visando aumentar, atentem bem “aumentar” a maioridade penal no Estado, de 16 para 18 anos. Como querem os Cunhas e Bolsonaros da vida, em Nova York, os menores que cometem delitos ficam detidos juntamente com adultos na cadeia enquanto aguardam julgamento e, se condenados, passam a fazer parte da população carcerária adulta. O governador de lá constatou que esse modelo é desastroso: “Cidadãos de 16 e 17 anos são encaminhados a cadeias estaduais e isso, acredito, é uma situação intolerável. Por ação executiva, vamos tirar cidadãos de 16 e 17 anos das cadeias estaduais e botá-los em casas de correção separadas que serão projetadas e gerenciadas pelo Departamento de Correções”, disse o governador na última segunda-feira. Ao contrário do que dizem os defensores da redução da maioridade Penal no Brasil, usando sempre os Estados Unidos como exemplo, apenas dois estados entre os 40 de lá, Nova Iorque e Carolina do Norte, processam jovens de 16 e 17 anos como adultos. Na projeto de Cuomo, a maioria dos delitos cometidos por menores, seria tratada como ofensa juvenil, e todos teriam acesso a serviços de reabilitação.

Sentindo na pele
A Rede Globo, cujo diretor, Ali Kamel, publicou um livro intitulado “Não somos Racistas” vem sentindo “na pele” uma forte carga de preconceito racista contra sua repórter que faz o quadro da previsão do tempo, Maria Júlia Coutinho, conhecida como Maju Coutinho. Isto faz parte do veneno que a própria Globo tem soltado no ar, nos últimos anos. Quem já viu negros em quantidade significativa, na plateia do Faustão?

Segurança
Parte das providências cabíveis no caso da agressão verbal à presidenta Dilma em uma universidade dos Estados Unidos estão sendo tomadas. É a parte que diz respeito à punição do gabinete responsável pela segurança pessoal da presidenta, que falhou e falhou de maneira vergonhosa. 

Segurança II
O vagabundo que chegou perto da presidenta para agredi-la em um país estrangeiro, alcançou uma distância de onde poderia ter arremessado um objeto capaz de feri-la. E, mais grave ainda, se estivesse portando arma de fogo, e isto seria plenamente possível, pois a segurança não observou o perigo que ele representava, poderia ter feito um disparo à queima-roupa e assassinado a presidenta da República do Brasil em solo estrangeiro. É o que esperam? Uma tragédia, para começar a tomar providências mais compatíveis com o grave fato acontecido? O general responsável pelo gabinete de segurança já está sendo exonerado. A outra providência é meter no xilindró o canalha que praticou o crime. Ou não, só porque ele não é pobre nem preto?

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A proximidade de 2016 já começa a assanhar as pretensões eleitorais de vários movimentos sociais, para além dos projetos individuais, que são muitos. No PT, nomes como Ugmar Nogueira, Isolda Dantas, Gilberto Diógenes, Assis da Fecam, Rogenildo, o próprio Luiz Carlos, no caso de não repetir a posição de vice, Rômulo Arnaud, Gilberto Pedro e Max Medeiros, além de outros, estão sendo lembrados nas conversas para candidaturas capazes de somar o suficiente para o PT sozinho, sem coligação na chapa proporcional, fazer votos suficientes para duas vagas dobrando o somatório de um coeficiente eleitoral ou fazendo um coeficiente mais uma sobra gorda capaz de garantir a segunda vaga. Pelo menos uns dez movimentos sociais defendem o nome de Max Medeiros, que lidera o vitorioso Movimento Pau de Arara pelos transportes coletivos. Max também tem diálogo e inserções no movimento estudantil, em vários setores do movimento artístico-cultural, nos vários movimentos de juventude e nas bandeiras mais avançadas da esquerda, no que se refere à luta contra a homofobia, o racismo, a violência contra jovens e contra a agressão aos Direitos Humanos em geral. Com todo o respeito que tenho pelos outros nomes, vejo em Max Medeiros uma boa oportunidade de oxigenação na nominata do PT, agregando sangue novo e dinamismo.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Nadando contra a maré

Sei que Joanna Maranhão está nadando contra a maré. Mas não há nada mais digno que discordar da maioria embrutecida e emburrecida. Não podemos nos esquecer que foi o povão, em consulta popular direta, que optou pela crucificação de Jesus Cristo; que foi o povo que linchou uma mulher há pouco mais de um ano, por bruxarias que ela não tinha feito, mas que se houvesse feito não poderia ser linchada, pois no nosso País não tem pena de morte nem julgamento sumário, sem tribunais e sem direito a defesa; que foi a massa ensandecida que pôs Hitler e Mussolini no poder para tentarem destruir a humanidade. Diariamente encontro leitores desta coluna que dizem que discordam de muito do que falo. Talvez se refiram a essas verdades absolutas que são incutidas diariamente nas cabeças na nação pela Globo e pela Veja. Não me estresso. Infeliz eu estaria se estivesse repetindo estas fontes de mentiras e bandidagens para, demagogicamente agradar a leitores que discordam de mim. A nadadora pernambucana Joanna Maranhão, que representará o Brasil nos Jogos Pan-americanos, de Toronto neste mês, desabafou em seu Facebook sobre a aprovação da redução da maioridade penal na Câmara dos Deputados e as manobras de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para passar a matéria. Em vídeo postado em seu perfil pessoal nesta quinta-feira (2), ela se diz contra a medida e afirma: “Vou defender o meu país, mas não vou estar representando essas pessoas que batem palma para Feliciano, Bolsonaro, Eduardo Cunha, Malafaia. Não são vocês que estou representando. A torcida de vocês não faço questão nenhuma de ter.” “Hoje acordei para trabalhar, para treinar, porque o Pan-americano está chegando aí e estou indo representar o Brasil pela quarta vez. Mas não consigo simplesmente dissociar a representatividade de eu estar vestindo a camisa e a bandeira do Brasil em um evento da América e a política do meu país. Acho que são coisas entrelaçadas. Já é a segunda vez que amanheço e tomo conhecimento dessas manobras criminosas que Eduardo Cunha tem feito no Congresso, e sinto um desgosto muito grande”, considerou Maranhão. A nadadora ainda questionou a efetividade da redução da maioridade penal. “Vou fazer outro vídeo daqui a uns dez, quinze anos, para perguntar a vocês se essa medida de hoje, de redução da maioridade penal, resolveu alguma coisa. Tenho certeza que não”, finalizou.

Recife
Voltando feliz de Recife, onde fiquei um dia inteiro fazendo visitas a escolas públicas que adotam livros de nossa autoria. Um excelente trabalho de encontro dos alunos com os autores, que acontece frequentemente através da Editora Imeph.

Maioridade x Responsabilidade
Somente os analfabetos jurídicos e os cretinos mais demagogos desconhecem ou fazem que desconhecem que existe uma diferença entre maioridade penal e responsabilidade criminal e que na lei brasileira existem as duas. A maioridade penal aos 18 anos e a responsabilidade criminal a partir dos doze anos. Mas não tem nada mais doloroso que discutir com quem não tem cultura nem caráter.

Poesia
Tempo de reflexão. Tempo de ouvir O Meu Guri, do mestre Chico Buarque:  “Quando, seu moço, nasceu meu rebento / Não era o momento dele rebentar / Já foi nascendo com cara de fome / E eu não tinha nem nome pra lhe dar / Como fui levando não sei lhe explicar / Fui assim levando ele a me levar / E na sua meninice, ele um dia me disse /Que chegava lá / Olha aí! Olha aí! / Olha aí! / Ai, o meu guri, olha aí! / Olha aí! /É o meu guri e ele chega / Chega suado e veloz do batente / Traz sempre um presente pra me encabular / Tanta corrente de ouro, seu moço / Que haja pescoço pra enfiar / Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro / Chave, caderneta, terço e patuá / Um lenço e uma penca de documentos / Pra finalmente eu me identificar / REFRÃO / Chega no morro com carregamento / Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador / Rezo até ele chegar cá no alto / Essa onda de assaltos está um horror / Eu consolo ele, ele me consola / Boto ele no colo pra ele me ninar / De repente acordo, olho pro lado / E o danado já foi trabalhar / Olha aí! / REFRÃO / Chega estampado, manchete, retrato / Com venda nos olhos, legenda e as iniciais / Eu não entendo essa gente, seu moço / Fazendo alvoroço demais / O guri no mato, acho que tá rindo / Acho que tá lindo de papo pro ar / Desde o começo eu não disse, seu moço! / Ele disse que chegava lá / Olha aí! Olha aí! / REFRÃO (Bis)”

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Mossoró é a 15ª cidade do País em assassinato de jovens

Mossoró tem discutido a paz, tem gritado contra a violência, com atos de rua e protestos na imprensa quanto à mortandade que vem acontecendo no município. São mais de mil assassinatos desde os últimos seis anos. Estupidamente, falam contra os jovens, como se fossem eles os responsáveis por toda a violência da cidade e do País, quando em verdade os números mostram que os jovens são responsáveis por pouco mais de 1% dos assassinatos do Brasil, enquanto mais de 40% dos assassinados são jovens. Em Mossoró, dos mil assassinados nos últimos seis anos, pelo menos uns setecentos eram jovens e adolescentes. As bocas de fumo estão por todos os lados. E todo mundo sabe onde elas estão, especialmente a polícia. Sabe-se também que os jovens e adolescentes são levados ao vício a partir de um processo planejado de envolvimento, que se transforma em dependência e acaba jogando estes jovens e adolescentes no crime, até que chega ao ponto de descambar para um dos dois caminhos naturais do crime, que são a cadeia e o cemitério. Agora, estamos aí ocupando o décimo quinto lugar do Brasil, em assassinatos de jovens. Enquanto isso, desconhecemos informações de algum traficante de drogas, preso. Se existe algum, deve ser a ponta do rabo do esquema. Algum aviãozinho que se descuidou ou que não pode pagar propina a quem oferece proteção aos senhores da morte. Enquanto o Brasil rejeita a redução da maioridade penal, por entender, com provas, que isso não serve à redução da violência e da criminalidade, Mossoró recebe uma taça de décimo quinto lugar em assassinato de jovens. Uma taça de sangue que todos nós somos obrigados a sorver

Contradições
Não é à toa que o Brasil é conhecido como a pátria das contradições. Temos uma das maiores cargas tributárias do mundo, ao mesmo tempo que temos a maior sonegação de impostos do planeta. Tem empresário que consegue ser, ao mesmo tempo, um dos maiores sonegadores e um dos maiores pagadores de impostos. Vá entender. 

Contradições II
Conhecido como o país da impunidade, o Brasil é também o país com maior população carcerária proporcional ao número de habitantes. Em números absolutos, temos a quarta população carcerária do planeta. 

Aids e sífilis
Cuba é o primeiro país a eliminar transmissão de HIV de mãe para filho. A Ilha comunista recebeu na última terça-feira, 30, a validação da Organização Mundial da Saúde (OMS), por ter eliminado a transmissão do vírus HIV e da sífilis de mãe para filho. Roberto Morales, ministro de Saúde Pública de Cuba, disse: "Tudo foi possível por nosso sistema social e pela vontade política desde o mais alto nível. Isso permitiu que um país com poucos recursos tenha feito estas conquistas." Ele atribuiu este marco ao sistema de saúde estabelecido após o triunfo da revolução cubana há mais de meio século, um sistema que definiu como "gratuito, acessível, regionalizado e integral".