quinta-feira, 30 de abril de 2015

Primeiro de Maio: a hora de conter o avanço conservador é agora

O site da Rede Brasil atual mostra quem é quem nesta disputa pela manutenção ou destruição dos direitos trabalhistas. Primeiro de maio é dia de refletir sobre o momento grave que a classe trabalhadora vivencia. No 1.º de maio, é hora de unir forças contra os coveiros da CLT e da democracia social. Uma semana antes deste 1.º de maio de 2015, 79% da bancada do PSDB na Câmara e uma proporção exatamente igual do PMDB votaram pelo desmonte dos direitos trabalhistas no Brasil. À petulância conservadora o PT respondeu com 100% dos votos em defesa da CLT, assim como o PSOL e a bancada dos representantes do PCdoB. O cálculo do cientista André Singer encerra grave advertência e uma incontornável convocação. O conservadorismo considera que é hora e há 'clima' para esfolar os assalariados brasileiros, sangrar a esquerda e colocar de joelhos os sindicatos. Um pouco como fez Margareth Thatcher contra os mineiros na emblemática greve de 1984. Aécio, Cunha, Skaf, Paulinho 'Boca' e assemelhados sabem o que estão fazendo. Rompido o lacre da regulação do trabalho, a ganância dos mercados reinará absoluta na dinâmica do desenvolvimento brasileiro, como aconteceu na ascensão do neoliberalismo com a derrota sindical inglesa de 1984. A ordem unida da mídia, dos patrões, tucanos e pelegos em torno da agenda da terceirização condensa assim um divisor de época. Só há uma resposta à altura para isso na História: a construção de uma frente ampla progressista, que comece por ocupar as ruas do Brasil nesta sexta-feira, para devolver ao 1.º de Maio o seu sentido e aos democratas um instrumento capaz de reverter o golpe branco que tomou de assalto o país. Muito do que acontecerá no Brasil nos próximos dias, meses e anos refletirá a abrangência dessa mobilização. Inclua-se aí a rejeição da PL 4330, mas também o desfecho da espiral golpista travestida de faxina política de seletividade autoexplicativa. Nada é mais importante do que agigantar a força das manifestações contra os coveiros da CLT e da democracia social neste 1.º de Maio. O tempo é de dar respostas – nas ruas.

Banditismo fardado
Numa nota intitulada “Banditismo Fardado”, a jornalista Vina Guedes mostra como as coisas vêm se dando no Estado do Paraná, governado pelo PSDB. O governo Beto “Rincha” é um governo “PARANÁzista”. A nota de Vina Guedes, está na Foto-legenda. O artigo acima e a foto-legenda baixo, mostram como o partido de Aécio Neves trata os trabalhadores. Com uma mão busca tirar os direitos históricos e com a outra, manda dar porrada em professores que estão lutando por seus direitos profissionais e por uma educação melhor. E anteontem ainda vi em Natal, um imbecil no Fiat Uno, com um adesivo, que diz: “Não tenho culpa, eu votei em Aécio”.

Realmente
Realmente... O cara não tem culpa de ser imbecil. Imbecil é imbecil e pronto.

FotoLegenda
Existe um histórico dentro da corporação militar que quando a Tropa de Choque vai entrar em cena para “arrepiar”, os policiais retiram imediatamente o velcro com a identificação pessoal. Os crimes que sucedem após a retirada do velcro denotam a premeditação e a predisposição à violência por parte do Estado. Armados e não identificados, os agentes de segurança pública ganham carta branca para fazer o que bem entenderem, com a certeza de que serão recompensados pela missão cumprida. Uniformizados, encapuzados, sem identificação pessoal e totalmente despersonificados, a instituição militar transforma os seus soldados em máquinas de violência, sem qualquer possibilidade de responsabilidade dos seus agentes.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Canindé Queiroz, o inimitável

Mário Gerson surpreendeu-me hoje no facebook com um texto antigo que fiz sobre Canindé Queiroz, dizendo que ele, depois de 12 anos de silêncio falará hoje em entrevista à Gazeta do Oeste, aniversariante do dia, que comemora hoje seus 40 anos. Canindé Queiroz está afastado da lide diária do jornalismo. Como a cidade inteira sabe, seu problema é de saúde. Vários colegas e pseudocolegas tentam recriar os tempos áureos do estilo arrasa-quarteirão que Canindé implantou na imprensa mossoroense, o que lhe rendeu muito prestígio e força, apesar de algumas intrigas e antipatias que pouco lhe incomodavam, visto que, nesta terra da hipocrisia, suas maiores vítimas quase voltavam à sua sala, de rastro. Presentes ou representadas. O que está faltando a essa gente é o entendimento que os tempos são outros e os “canindés” também são outros. Todas as estripulias que Canindé fez eram respaldadas em uma estratégia e uma tática, medidas, como ele próprio dizia, à régua e compasso. Para repetir Canindé, precisaria fazer a máquina do tempo voltar pelo menos vinte anos, além disso, precisaria que o novo “Canindé” tivesse a coragem de Canindé, o talento de Canindé, o prestígio de Canindé e a capacidade de se autoqueimar antes que outros o queimassem. Outra coisa difícil de imitar em Canindé é que, apesar de temerário, ele nunca perdeu a noção do perigo. Na hora de um recuo tático, ele sabia passar por cima do grande emocional que era. E, apesar de todas as práticas criticáveis que possa ter exercido, Canindé não tinha por onde ser agarrado na munheca. Ele tinha ainda dois aspectos que o tornam inimitável. É que, apesar de ter sido inoportuno muitas vezes, na maioria dos casos era um defensor intransigente de Mossoró, colocando, na maioria absoluta das vezes, os interesses da cidade acima dos seus. O outro é que, mesmo tendo ficado conhecido pelas muitas maldades que fez com pessoas e famílias, tinha um lado extremamente humano e não media esforços para ajudar a muita gente. Ainda teve um lado estoico, meio despojado que fazia com que Canindé, mesmo sendo vaidoso e doido por dinheiro para seu whisky e seu cigarro, não temer jamais o liseu, a falência, o Serasa, o Cadin e outros valores importantes para gente que ele tratava a coice. Além disso, reitor e presidente de uma instituição universitária deficitária, onde se ensinava por sacerdócio e vice-prefeito que nunca teve o direito de esquentar a cadeira, Canindé não tinha do que ser denunciado, investigado e condenado. Portanto, querer clonar Canindé é uma tarefa muito acima da capacidade de uma reca de abestados que tenta desesperadamente herdar-lhe o cetro em vida. Falta a essas pessoas entender que a história só se repete como farsa ou tragédia. E que, quando forçarmos a barra da história para que ela se repita, aí vira farsa e tragédia ao mesmo tempo.

Primeiro de maio
Vem aí mais um Dia do Trabalho. O trabalhador tem muito pouco a comemorar por parte do governo nestes tempos de crise aguda, mas tem muito o que lamentar por parte da oposição e da banda podre da base aliada, que está empurrando goela abaixo a precarização do mundo do trabalho, com a emenda da terceirização.

Inverno
Problemático. Se arrastando. A conta-gotas.

Oposição
Continua perdida. O governo deixou de gerar fatos que lhe permitia a profecia do caos. A mídia esgotou o repertório. Esquentam as turbinas para saber o que pode ser inventado, já que a crise está em crise...

terça-feira, 28 de abril de 2015

Crise. Que crise?

Não há como negar que existe uma crise no Brasil. Crise, aliás, que se abateu sobre o chamado primeiro mundo em 2008 e que Lula menosprezou chamando de marolinha. Mas se passaram oito anos e o modelo criado pelo PT e que resistiu com sucesso à quebradeira internacional, finalmente foi atingido. Mas não, como pensam e desejam os brasileiros que sofrem de complexo de vira-latas. A crise está aí, mas a reação a ela também. O crescimento fenomenal das ações da Petrobras que o diga. E das ações da Vale do Rio Doce, idem. Com dois gigantes desses em crescimento, não há como pensar que a economia atrofiou. A sensação que se tem é que os inimigos do governo trataram uma gripe como se fosse uma tuberculose. A reação se dá em quase todos os setores da economia. Já não bastam os exemplos das filas em geral. Aeroportos, rodoviárias, hotéis, mesas de restaurantes, caixas de bancos, caixas de supermercados, etc. Agora outros setores também mostram vitalidade em números reais... Em reais. O faturamento real do setor atacadista cresceu 14,19% em março na comparação com o mês anterior, depois de registrar quedas em janeiro, da ordem de -13,93% e em fevereiro, -8,15%. A Apple anunciou os resultados do primeiro trimestre de 2015. Vendeu 61.200 mil iPhones e 12.600 mil iPads. Faturou US$ 58 bilhões. Deu US$ 2,33 de lucro por ação, enquanto os  “analistas do mercado” previam US$ 2,16. Depois de oito meses perdendo vagas, a indústria da transformação voltou a contratar no mês de janeiro, com a abertura de 27.417 postos de trabalho no mês. Entre os destaques estão a indústria calçadista, com 7554 novos empregos, mecânica, com 3968, a têxtil, com 3451 e a de borracha, com 3292 empregos. Até a indústria de celulose, que perdeu 483 vagas, teve o melhor desempenho em três meses. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), que será divulgado nesta sexta-feira (27), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O Brasil está recuperando mercados como o do Iraque e da Rússia para a carne bovina. A soja além de ter a maior safra de todo os tempos, tem previsão de plantio de mais de 7% acima da safra passada. Todos os segmentos exportadores estão melhorando o desempenho. Tem crise? Tem. Mas não tem caos à vista... Nem a prazo. Os pessimistas de plantão e os arautos do caos estão com muitas dificuldades de continuar disseminando o pânico.

Mais médicos
Pesquisa feita com 14 mil pessoas confirma que a assistência à saúde depois do programa Mais Médicos melhorou para 85% da população brasileira. Neste ano, o programa chegará a um total de 18.247 médicos em mais de quatro mil municípios, 72% de todas as cidades do Brasil.

Lava Jato
Advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, que defende o ex-tesoureiro do PT, diz estranhar o fato de a nova denúncia, apresentada ontem pelo MPF ao juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, não ter aditado a denúncia anterior, uma vez que se tratava do mesmo depoimento; "Nenhuma prova foi apresentada quanto à participação do senhor Vaccari, que nega, veementemente, ter orientado o delator Augusto Mendonça a fazer qualquer depósito, a qualquer título, na conta dessa Editora Gráfica Atitude", diz nota; a defesa assegura que João Vaccari não negociou doações ao PT antes de assumir a tesouraria do partido, o que ocorreu em 2010, e ressalta que ele continua confiando na Justiça, "no firme propósito de colaborar para que a verdade prevaleça e sua inocência possa ser confirmada judicialmente".

Cunhada
Depois da lambança do juiz Moro com a cunhada de Vaccari, não como achar que ele ainda tem moral para continuar como magistrado dessa operação.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

PT: quanto mais batem, mais cresce

Para quem está pregando o fim do PT pela milésima vez, está para chegar a milésima primeira decepção. Ao contrário do que pensam os seus carrascos, o PT está vivo e se bulindo. No último sábado, um evento de grande porte aconteceu no Brasil inteiro. Foram as etapas locais do 5.º Congresso do partido. Em Mossoró, foi na sede do Secom – Sindicato dos Comerciários. Além de uma discussão muito rica sobre as diversas teses em disputa, um fato chamou à atenção. A apresentação de novos filiados. Foram mais de cem. E que se saiba, nenhum pedido de desfiliação. Quer dizer, está em voga o velho ditado: “O PT é como massa de bolo, quanto mais batem, mais cresce”. Internamente ao partido existem duas certezas. Primeiro a de que há erros e que estes erros precisam ser corrigidos. Nada dramático, pois além do milenar ditado “errar é humano”, é mais que natural que um corpo coletivo vivo composto de cerca de dois milhões de pessoas, tenha erros a corrigir. Aliás, sempre foi uma tradição na história das esquerdas no mundo inteiro a prática da “crítica e autocrítica”. Mas outra certeza também está incrustada nos corações petistas. É a de que existe muita injustiça contra o partido que mudou a face do País. E que isto é fruto do desespero das elites acostumadas a mamar nas tetas do Estado brasileiro. Não erraria em dizer que há uma terceira. A de que tudo será superado e que o partido, diante de tão impactante crise, há de reencontrar seu velho caminho. O caminho da mudança e da ruptura com o sistema, se não no tom que se pregava antigamente, mas com certeza, com a busca de propostas que rompam com o domínio capitalista sem freios. Com certeza, o PT sairá melhor e mais forte desta, que, como todas as outras, nos pareceu ser a maior de todas as crises do partido.

Sem golpe
A análise pedida pelo PSDB ao jurista Miguel Reale Júnior sobre a admissibilidade de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff não atendeu ás expectativas dos que sonhavam com o golpe. Reale disse o que todos já sabiam: fatos ocorridos no mandato anterior não podem servir como pretexto para a derrubada de um governo. Igualzinha  à opinião já explicitada pelo procurador Rodrigo Janot. E até mesmo o presidente da Câmara Eduardo Cunha já deixou claro.

Sem golpe II
Portanto, Aécio deve começar a se preparar para enfrentar as urnas em 2018. Mas tem dois problemas, primeiro saber se o PSDB quer mesmo ele como candidato. Isso não está muito claro. O segundo é que deverá enfrentar Lula.

Fervendo
A política de Mossoró está fervendo. Não vê quem não quer.

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SEM COMENTÁRIOS...

sábado, 25 de abril de 2015

Por quem as panelas batem

SwissLeaks. A mídia golpista está toda na lista do HSBC e continua falando contra a corrupção, como que querendo fazer valer aquele cartaz debiloide dos protestos de 12 de abril, que dizia: “Sonegação não é corrupção”. Uma nova versão do “rouba, mas faz”, que já não é para políticos, mas para os abastados que sonegam impostos descaradamente. Vamos ao artigo de Renato Rovai, com título de Tadeu Alves, pois é muito esclarecedor:
Fica cada vez mais evidente por que nos últimos dias se aprofundaram os ataques da mídia tupiniquim ao Governo e ao PT. A Corja Máfio-Midiática esta envolvida até o pescoço no Mega Escândalo do HSBC. Ao atacar a Petrobras, Dilma e o PT, acusando-os de corrupção, tentam esconder a sua própria, que monta aos 80 bilhões de Dólares ou mais, segundo a imprensa internacional noticia e a daqui esconde descaradamente. Não dá pra entender que o Governo, responsável pela ordem pública, tolere estes bandidos sonegadores da máfia midiática continuem mentindo e tentando gerar o caos no Brasil. Vai o Artigo do Rovai. Começam a aparecer os indícios que levaram o jornalista Fernando Rodrigues a tratar a lista do HSBC como algo a ser investigado e a não revelar de imediato, como fazem com qualquer investigação onde apareça um nome de petista, os nomes dos 8.667 brasileiros que, entre 2006 e 2007, tinham contas numeradas no HSBC da Suíça. Evidente que manter uma conta no exterior não é crime, mas é absolutamente suspeito fazê-lo num banco da Suíça que operava como um bunker do dinheiro sujo do planeta. Nos documentos, revelados hoje pelo O Globo, mas que já estavam para ser vazados por pessoas que trabalharam na investigação internacional se Fernando Rodrigues não os divulgassem, constam os nomes de proprietários do Grupo Folha/UOL, a quem Fernando Rodrigues que dormiu com a lista é vinculado. Octavio Frias de Oliveira e Carlos Caldeira Filho, ambos falecidos, tiveram conta conjunta na instituição. Luiz Frias aparece atualmente como beneficiário da mesma conta, que foi criada em 1990 e oficialmente encerrada em 1998. Em 2006/2007, os arquivos do banco ainda mantinham os registros, mas, no período, segundo o jornal, ela estava inativa. Lily de Carvalho, viúva de Roberto Marinho, aparece na lista. Mas como ela também foi casada com Horácio de Carvalho, proprietário do extinto “Diário Carioca”, a reportagem “esclarece” que o nome de Lily surge nos documentos com o sobrenome de Horácio, seu primeiro marido, e que o representante legal da conta junto ao HSBC é a Fundação Horácio de Carvalho Jr. O saldo registrado em 2006/2007 era de US$ 750,2 mil. Lily morreu em 2011.
Continuemos nas Notas Curtas:

Bandeirantes
Quatro integrantes da família Saad, dona da Rede Bandeirantes, também estão na lista do HSBC. Constam entre os correntistas os nomes do fundador da Bandeirantes, João Jorge Saad, da empresária Maria Helena Saad Barros e de Ricardo Saad e Silvia Saad Jafet, filho e sobrinha de João Jorge.

Vedes Mares
Do Grupo Edson Queiroz, dono da TV Verdes Mares e do “Diário do Nordeste”, estão Lenise Queiroz Rocha, Yolanda Vidal Queiroz e Paula Frota Queiroz (membros do conselho de administração. Elas tinham a módica quantia de US$ 83,9 milhões em 2006/2007. Edson Queiroz Filho também surge como beneficiário da conta. Ele morreu em 2008.

Gazeta Mercantil
Luiz Fernando Ferreira Levy (1911-2002), que foi proprietário do jornal “Gazeta Mercantil”, que não existe mais e que deixou quase todos seus ex-empregando sem receber quando faliu, teve conta no HSBC em Genebra entre os anos de 1992 a 1995.

Rede CBS
Dorival Masci de Abreu, morto em 2004, que era proprietário da Rede CBS de rádios: Scalla, Tupi, Kiss e outras), foi correntista da instituição financeira na Suíça entre 1990 a 1998. João Lydio Seiler Bettega, dono das rádios Curitiba e Ouro Verde FM, no Paraná, tinha conta ativa em 2006/2007. O saldo era de US$ 167,1 mil.

Grupo João Santos
Fernando João Pereira dos Santos, do Grupo João Santos, que tem a TV e a rádio Tribuna (no Espírito Santo e em Pernambuco) e o jornal “A Tribuna” tinha duas contas no período a que se refere os documentos. O saldo delas era de US$ 4,4 milhões e US$ 5,6 milhões.

Bloch
Anna Bentes, que foi casada com Adolpho Bloch (1908-1995), fundador do antigo Grupo Manchete, fechou sua conta no ano 2000.

Ratinho
O apresentador de TV Carlos Roberto Massa, conhecido como Ratinho e dono da “Rede Massa”, afiliada ao SBT no Paraná, tinha uma conta com sua mulher, Solange Martinez Massa, em 2006/2007. O saldo era de US$ 12,5 milhões.

Guzzo sem guizo
Aloysio de Andrade Faria, do Grupo Alfa, Rede Transamérica, tinha US$ 120,6 milhões. Há ainda sete jornalistas que aparecem nos registros do HSBC são Arnaldo Bloch, “O Globo”, José Roberto Guzzo, da Editora Abril.

Dorf sem DARF
Mona Dorf, apresentadora da rádio Jovem Pan, Arnaldo Dines, Alexandre Dines, Debora Dines e Liana Dines, filhos de Alberto Dines. Fernando Luiz Vieira de Mello (1929-2001), ex-rádio Jovem Pan, teve uma conta, que foi encerrada em 1999. As contas de Bloch e Guzzo estavam encerradas. Mona tinha US$ 310,6 mil. Os quatro jornalistas da família Dines guardavam US$ 1,395 milhão. A quem interessar possa, não foi divulgado o nome de nenhum blogueiro ou jornalista do campo progressista.

Faltaram os blogueiros sujos
São os que gritam contra a corrupção e que pedem moralidade no país que depositam dinheiro num banco com sede na suíça e especializado em lavagem de dinheiro sujo. Mas os sujos somos nós…

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Juíza do Trabalho adverte: terceirização vai criar “carcaça de empresas”

A confusão está instalada dentro do próprio PMDB. Eduardo Cunha empurra de qualquer jeito o projeto de terceirização sem limites. Mas Renan Calheiros, do mesmo PMDB, já disse que no Senado não será  assim e o projeto vai andar em ritmo normal, e no ritmo normal a votação pode se arrastar por meses, chegando a 2017. É uma queda de braço dentro do próprio PMDB, o partido que está operando a inviabilização do governo do PT. Aliado falso, que age como inimigo. Cunha, enfronhado com alguns avanços do seu projeto arrogante de poder pessoal, já disse que vai peitar o Senado e, no caso de Renan demorar com as coisas do seu interesse, ele vai boicotar também leis que forem de interesse do Senado. Tivesse uma imprensa digna neste País e esse Eduardo Cunha, homem cheio de nós pelas costas, seria tratado a porrete de jucá. Na Folha de S.Paulo da terça-feira que passou, a juíza do trabalho Patrícia Almeida Ramos, presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho de São Paulo, mostra que este projeto que autoriza a terceirização em qualquer atividade de uma empresa representa “um retrocesso na discussão sobre direitos trabalhistas feitas nas últimas décadas” no Brasil. A juíza discorda frontalmente dos que defendem a terceirização com o argumento de que ela reduzirá o desemprego e trará segurança jurídica. Para Patrícia, a lei simplesmente criará “carcaças de empresas, empresas que são meras fachadas, mas que não respondem por nada porque até sua essência já foi terceirizada”. A magistrada do Trabalho sustenta sua argumentação com a pergunta: “O que significa ter uma empresa se a marca é apenas uma controladora de empresas terceirizadas?” E fulmina: “A aprovação do projeto 4.330 aumentará o índice de desemprego, pois os empregados terceirizados terão de aumentar sua carga de trabalho para receber um salário significativo, o que reduzirá o número de vagas”. Os trabalhadores, por sua vez, através das suas centrais sindicais mais combativas, estão preparando uma greve geral. Enquanto isso, os dois presidentes das Casas parlamentares estão medindo forças numa queda de braço de caráter absolutamente pessoal.

Recuperando
A Petrobras está se recuperando. Depois da divulgação do balanço, mesmo com todos os problemas, as ações da companhia petrolífera dispararam no mercado. E, o que é melhor, os setores que estão em torno dela estão todos se recuperando, exceto as empresas implicadas com o Lava Jato que, por força das irresponsabilidades do juiz Sérgio Moro, estão travando.

Trapalhadas
 O juiz Sérgio Moro teve que retroceder na decisão de mandar prender arbitrariamente a cunhada de João Vacari Neto, tesoureiro do PT. O mesmo tinha acontecido com Carlos Cozensa, diretor da Petrobras, contra nada foi provado, nem mesmo como simples acusação. Ao final, quando tudo for história, saberemos quantas “pedaladas jurídicas” o juiz Sérgio Moro, a exemplo de Joaquim Barbosa, deu para prejudicar o PT. 

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quinta-feira, 23 de abril de 2015

Fátima Bezerra e Rafael Motta: dobradinha potiguar na Frente Parlamentar do Livro

Asenadora Fátima Bezerra, vice-presidente da Comissão de Educação e Cultura do Senado, está liderando o movimento que criou ontem a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Livro, da Leitura e da Biblioteca. Ela lidera no Senado e na Câmara, é o deputado. O deputado federal Rafael Motta (PROS) foi indicado nesta quarta-feira (23) para ser o vice. A Frente, que é composta por deputados federais e senadores, é presidida pela senadora Fátima Bezerra (PT), e foi lançada oficialmente na manhã de ontem, na Câmara dos Deputados. Rafael Motta e Fátima Bezerra vão comandar os trabalhos da Frente e colocam em destaque no Congresso Nacional a atuação da bancada potiguar em prol da educação do Brasil. “A educação é uma das principais bandeiras do nosso mandato. Já sou relator do projeto que cria o Fundo Nacional Pró-Leitura, e agora como vice-presidente da Frente, a nossa missão é implantar mais políticas públicas de incentivo à leitura, pois os índices revelam que a prática da leitura entre os brasileiros ainda é considerada muita baixa. O nosso objetivo é mudar essa realidade”, afirmou o deputado. A senadora Fátima Bezerra garantiu que a finalidade dos parlamentares é trabalhar para a aprovação de  políticas públicas que garantam à população o acesso aos livros e a bibliotecas, o que possibilitará tornar o Brasil um país de leitores. Entre as prioridades da Frente, que teve a adesão de mais de 200 parlamentares, estão acompanhar a política governamental, os projetos e programas direcionados à preservação, promoção e incentivo da produção literária, de natureza material e imaterial;  promover e fomentar mecanismos de incentivo à prática da leitura; discutir o papel estratégico da biblioteca no acesso à leitura e no processo de desenvolvimento do cidadão; e defender a aprovação de medidas legislativas de interesse das populações, direta ou indiretamente ligadas à área de leitura e à produção de obras literárias.

FotoLegenda
Durante a solenidade de lançamento da Bancada Mista do Livro, da lei-tura e da Biblioteca, no anexo IV da Câmara Federal, este colunista recitou o poema “Bancada Mista do Livro, Leitura e Biblioteca”, que fizemos a pedido da senadora Fátima Bezerra. Na foto, momento em que o deputado potiguar Rafael Mota discursava. Na mesa, entre outras autoridades representativas da Cadeia Produtiva do Livro e da Leitura, a editora Lucinda Marques, presidente da Câmara Cearense do Livro e diretora da Editora IMEPH, que realiza em Mossoró, em parceria com a Secretaria Municipal de educação, o “Projeto Nas Ondas da Leitura”. Eis o poema:

I
O Congresso Nacional,
Em Defesa da cultura
Está lançando a BANCADA
DO LIVRO E LITERATURA,
BIBLIOTECA e também
Dos programas que contém
O INCENTIVO À LEITURA.

II
Pois já são mais de duzentos
Deputados, senadores,
Lutando com foco e garra
De grandes legisladores
Pra fazer com que o Brasil,
Gigante, bom, varonil,
Seja UM PAÍS DE LEITORES.

III
Apesar de toda a crise
O Brasil está crescendo.
Tem gente sendo incluída,
Os direitos exercendo,
Mas pra nação ser feliz
Precisa encher o País
De muito mais gente lendo.

IV
Esta BANCADA DO LIVRO
É importante por que
Não é de um só segmento,
À nação toda ela vê.
E nasce determinada
A virar a página borrada
De um Brasil que não lê.

V
Esta bancada que nasce
Tem uma missão bonita:
Tornar acessível a todos
A nossa cultura escrita,
Botar a nação pra ler
Que essa é a forma de ter
Nossa história reescrita.

VI
Ela vai acompanhar
A política e a ação
Do governo como um todo:
Cultura e Educação
Pra ver cada ministério
De modo concreto e sério
Fazendo a própria lição.

VII
A luta é pra criar leis,
Rubricas, verbas, postura
Que permitam à União,
Ao Estado, à Prefeitura,
Além da biblioteca,
O despertar, o “Eureka”
De um PROGRAMA DE LEITURA.

VIII
INCENTIVO À BIBLIOTECA
Implantada em toda área
No município, na escola,
Na sala comunitária,
Praça, fábrica e construção,
Terreiro, aldeia e prisão,
Metrô e rodoviária.

IX
A Frente tem a missão
De construir com afã
Uma PÁTRIA DE LEITORES
Que componha, no amanhã,
Pela força da cultura,
Da escrita e da leitura,
Uma PÁTRIA CIDADÃ.

X
Além das bibliotecas
Municipais e escolares
A Frente quer que as crianças
Dos mais distantes lugares
Tenham KITS DE LEITURA
Fazendo a semeadura
De BIBLIOTECAS NOS LARES

XI
Pois se “UMA CASA SEM LIVROS
É COMO UM CORPO SEM ALMA”,
A santa luz do saber
Tem que incorporar, com calma,
Numa política sabida
Nas casas, soprando vida,
Luz, saber, espírito e palma!

XII
Por isto a FRENTE DO LIVRO
Quer que o Brasil enfrente
E vença todo obstáculo
Que de maneira frequente
Impede o nosso País
De ser culto e ser feliz
Mais rico e ir mais PRA FRENTE.

XIII
A FRENTE PARLAMENTAR
Tem a missão bela e pura
De apoiar toda a CADEIA
DO LIVRO E LITERATURA,
Do escrever, do ilustrar,
Do editar e do surfar
Sobre as ondas da leitura!


XIV
Esta frente vai lutar
Ano, mês, semana e dia
Para que a BIBLIOTECA,
O livro e a livraria,
De maneira cristalina
Sejam máquinas da oficina
De forjar cidadania.

XV
Vai trabalhar no Congresso
Numa luta colossal,
Por projetos e emendas
Em âmbito nacional
Garantindo resultados
Pra livros e equiparados,
Seja físico ou digital

XVI
Ministério da Cultura,
Parceiro privilegiado
E o da Educação
Com os outros, articulado...
Na Câmara, STÉDILE lutando
E FÁTIMA BEZERRA puxando
Este cordão no Senado!!!

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Esses doutores da lei...

Está no Diário do Nordeste de anteontem o afastamento de uma juíza da vizinha comarca de Aracati (CE) por ter, provavelmente, favorecido um rico carcinicultor em detrimento de pequenos pescadores pobres. Nesta briga do rico contra o pobre a imensa maioria dos julgamentos acaba, quase sempre, com um happy end para o lado mais forte. Foi na Justiça do Trabalho que tivemos um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil envolvendo pelo menos um juiz, o famoso Nicolau dos Santos Neto, que chegou a roubar cerca de R$ 100 milhões da construção de um fórum. O escândalo carimbou-lhe o apelido nada lisonjeiro de “Nicolau Lalau”. Um juiz de longos cabelos brancos, que agora me falha o nome, também ocupou as capas das revistas semanais por ter desviado R$ 140 milhões. Já faz um tempinho, mas ainda está em nossas lembranças um juiz de nome Percival não sei das quantas, que matou um jardineiro, apenas para exercitar a sua prepotência e estupidez desumana. E mais recentemente tivemos um juiz que acionou uma funcionária do Detran do Rio de Janeiro a pagar uma multa de R$ 5 mil porque lhe multou, quando ele estava ferindo a lei. E os coleguinhas deram-lhe, de presente, a sentença condenatória contra a moça. Um dia desses vimos o espetáculo deprimente de um juiz a desfilar, bossista, vidro fumê abaixado para dar na vista mesmo, em um carro sequestrado de Eike Batista, além de ter roubado dinheiro recolhido de quem tinha ferido a lei. Será que o “marginal”, desculpem, “o magistrado”, achou por bem seguir o adágio “ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”? Aqui no nosso Estado, tivemos os exemplos nada exemplares dos desembargadores, presidentes do Tribunal de Justiça, Rafael Godeiro e Oswaldo Cruz formando quadrilha com uma tal Carla Ubarana para surrupiar a grana dos precatórios, sem a menor precaução. Milhões... E, comenta-se, é porque resolveram não mexer na venda sentenças. E o que dizer de Joaquim Barbosa que, para além de ser conhecido como “juiz coiceiro”, ainda é acusado de ter comprado apartamento em Miami por dez dólares, em nome de empresa uma fantasma, com sede em prédio público de Brasília, de ter recebido auxílio-paletó onde não mais trabalhava, de ter auferido salários por meses onde não dava mais aulas, de ter empregado um filho na Rede Globo na base do “jeitinho” e de ter gastado 90 mil reais para reformar banheiros no prédio onde morava às nossas custas. E agora, o dr. Sérgio Moro que se apresenta como o mais novo paladino da Justiça. Mas o que se diz dele é suficiente para fazê-lo mudar da posição de juiz para a de réu. Afora as acusações de que a esposa trabalha para o PSDB e para a Shell, concorrentes do PT e da Petrobras, alvos da sua sanha demolidora. E ainda tem uma velha história sobre sua atuação no escândalo do Banestado ao lado do mesmo doleiro Yousseff com quem faz dobradinha numa cornucópia de acusações que só vazam quando são contra o PT. Aqui no nosso pedaço temos um exemplo muito triste. A eleição de 2012 para prefeito de Serra do Mel que foi tomada de Manuel Cândido, do PT, para entregar a um grupo que só de janeiro para cá, já torrou, sem que explique em que, nada menos que R$ 15 milhões. Como Martin Luther King, “Eu tenho um sonho”. Sonho com o dia em que meus netos possam ter a certeza de que os juízes existem para fazer cumprir a lei e não para desobedecê-la, para nos proteger dos bandidos e não para sê-los. Se bem que há muitos deles que praticam a Justiça. E creio que são maioria. A esses, fica o registro do elogio do colunista. Aos outros, o que posso desejar como cidadão que paga seus gordos salários e a conta da corrupção que praticam, desejo o lugar para onde eles mandam os poucos acusados que não lhes dão propinas.

A marcha da insensatez
Primeiro, as tantas manifestações raivosas, onde os que foram às ruas protestar erguiam bandeiras politicamente inescrupulosas, como: “Intervenção Militar”, “Ditadura”, “Tiro na cabeça do PT”, “Morte à presidenta Dilma e sua família”, “Intervenção dos Estados Unidos”, “Fora Paulo Freire” e, pasmem: “Sonegação não é corrupção”. Eis que de repente, mais que uma ducha de água fria, uma correnteza está passando pelo País inteiro e até lá fora, para esfriar os ânimos mais exaltados, pondo um freio na estupidez e na irresponsabilidade política de gente como José Agripino, o senador “Rabo de Palha”, Ronaldo Caiado, “O truculento”, Aloysio Nunes Ferreira, “O Boca Suja”, Mendonça Filho, “O Boquirroto”, Roberto Freire, “O Quinta Coluna” e outros desta laia, que agem à base do “não quero nem saber quem tocou fogo no mar, pois quero mesmo é comer peixe assado”.

O coro da sensatez
Começou com Geraldo Alckmin, que encontrou abrigo no Palácio do Planalto para sua luta contra a falta d’água em São Paulo. Dilma recebeu-o com postura republicana e pôs a solução do problema acima das questiúnculas partidárias. E em nome da certeza de que “água não tem cor”, concedeu-lhe verbas para resolver a parada. Ele deu declarações equilibradas sobre a necessidade de manter a estabilidade política e administrativa. Depois foi Marconi Perillo, em Goiás, que recebeu Dilma com tapete vermelho e mostrou a Ronaldo Sepulcro Caiado que política se faz com diplomacia e não com truculência. Agora dois próceres do PSDB, ícone da oposição e dois do PMDB, partido aliado e condômino do poder presidencial, deram suas declarações contra essa estultícia de “brincar de impeachment”. 

De fora para dentro
Para acabar de calar os “Coxinhas”, falou Barack Obama, presidente do país que eles querem que venha intervir com a IV Frota para apoiar mais um golpe militar no Brasil. Disse Obama que “O governo Dilma é um exemplo para o mundo, no combate à corrupção”. Foi tão incisivo que Dilma aceitou visitar seu País em junho próximo, coisa que vinha rejeitando desde que se descobriu a espionagem.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Os impolutos políticos pró-impeachment

Luís Nassif faz um levantamento da biografia dos grandes acusadores de Dilma. Vejamos que condutas ilibadas. A imprensa protege seus aliados e massacra seus adversários. Se puxassem a capivara dos protetores da moralidade, revelariam uma verdade inconveniente. O jogo político no Brasil funciona assim. Pelo modelo de financiamento político, todos – repito: todos – os partidos e políticos que compartilham alguma forma de poder entram no jogo. Não há nenhuma diferença entre PT e PSDB. A única diferença está na forma como a imprensa atua. Os aliados, ela protege; os adversários, ela massacra. Na quarta-feira passada, foi tirada uma foto histórica do encontro de lideranças da oposição com alguns dos agitadores dos protestos do dia 12 de abril (http://migre.me/pw5tJ). Aécio Neves (PSDB-MG) foi citado em delação do doleiro Alberto Yousseff, com riqueza de detalhes, como beneficiário de esquemas de caixa 2 de Furnas. Desde 2010, está na gaveta do procurador geral da república um inquérito em que ele é acusado de manter contas em Liechtenstein – paraíso fiscal. Agripino Maia (DEM) tem em seu currículo a acusação de receber R$ 1 milhão em propinas de um esquema que envolvia a inspeção veicular no Rio Grande do Norte. O caso está sendo analisado no STF. Ronaldo Caiado (DEM) foi acusado pelo ex-senador Demóstenes Torres de ter trabalhado para o bicheiro Carlinhos Cachoeira em um caso envolvendo um delegado aposentado. O ex-deputado federal Roberto Freire (PPS) é suspeito de envolvimento com o chamado “mensalão do DEM”. A diretora comercial da empresa Uni Repro Serviços Tecnológicos, Nerci Soares Bussamra, relatou que o PPS praticava chantagem e pedia propina para manter um contrato de R$ 19 milhões com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Freire teria sido beneficiado no esquema. O impoluto Paulinho da Força Sindical (SD) é acusado de ter participado de desvio de recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Foi indiciado também sob a acusação de comercializar cartas sindicais, a um preço de R$ 150 mil por carta. Continuemos nas Notas Curtas:

Mendoncinha
Mendonça Filho (DEM) aparece na Operação Castelo de Areia, suspeito de ter recebido R$ 100 mil de Camargo Correia. Ele admitiu ter recebido mais, R$ 300 mil, mas dentro da lei – o mesmo que alega o tesoureiro do PT.

Sampaio
O deputado Carlos Sampaio (PSDB), mais votado na região de Campinas, recebeu R$ 250 mil de uma empreiteira envolvida no esquema de corrupção da Petrobras investigado na Operação Lava Jato. Sua última campanha arrecadou, oficialmente, R$ 3 milhões.

Flexa
Flexa Ribeiro (PSDB) já foi preso pela Polícia Federal em 2004, na Operação Pororoca, por fraude em licitações de grandes obras realizadas no Amapá.

Imbassahy
Antonio Imbassahy (PSDB), quando prefeito em Salvador (BA), em 1999, assinou contratos suspeitos com as empreiteiras Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Siemens, que formavam o consórcio responsável pelo metrô da capital baiana. Estima-se um superfaturamento de R$ 166 milhões. Hoje, ele é o vice-presidente da CPI da Petrobras, que investiga desvios de verbas da estatal, onde diretores da Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa também aparecem como réus.

Varões de Plutarco
Escaparam da foto outros políticos impolutos, como José Serra e Aloyzio Nunes. São esses varões de Plutarco que, graças à parceria com o Ministério Público, assumem a vanguarda da cruzada moralista nacional.

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Alavantu... Na anarriê

sábado, 18 de abril de 2015

A verdade os trancafiará

Pois sim. Querem combater a corrupção no Brasil. Que bom. Quero crer que seja verdade, porém... Todo dia vejo compradores e vendedores de diplomas detonando com muita sapiência, um líder que não alisou bancos de faculdades, como se Cristo e Tiradentes não fossem dois “Sem diplomas”; Encontro a bater de varas, falsificadores de carteira de estudante para usufruir da meia-entrada ou de carteira de idoso para ter “catraca livre”, bem como invasores de vagas de estacionamento para idosos e deficientes e criadores de “gatos” de energia e água, puxadores de gambiarras de TV a Cabo e usurpadores de direitos autorais afirmando com a maior das convicções que tem que acabar com tanta desonestidade, neste “País vagabundo...” Trombo, nos poucos ambientes chiques que me são dados entrar pisando de lado, com sonegadores contumazes e diários de milhões em impostos, taxas, emolumentos e laudêmios; Dão-me notícias de fraudadores de merenda escolar, fabricantes de pílulas de farinha de trigo, vendedores de notas fiscais frias, adulteradores de gasolina e gente de roupa alvejada a Omo e alma suja de ódio e lama, que trabalha em dez PSFs, batendo ponto com dedo de silicone e que querem manter o branqueamento histórico, limpando a “classe” do negror de médicas estrangeiras que têm caras de empregadas domésticas... Que horror para estes que têm muito mais de hipócritas que de Hipócrates, alguém cuidar da saúde do povo sem pensar em enriquecimento. Ainda por cima, essas “terroristas” entendem de amor e dor, com especialidade essa dor da gente, que não sai no jornal. E, o que é mais grave, não ligam muito pra dinheiro, como se escravas fossem; Vejo vendedores de remédios de programas de gratuidade e até vendem órgãos humanos pré-datados para serem colhidos em cirurgias eletivas e reclamam dos órgãos públicos doentios de burocracia. E dou de cara com agiotas que prendem cartões de viúvas sem porvir, mas quando estão nas filas dos bancos sugando o sangue geriátrico, gritam a plenos pulmões que odeiam esse governo que encheu os bancos de gente fedida atrapalhando as filas... Cruzo nas ruas da vida com pedófilos e cafetãs que vivem "à sombra das raparigas em flor", mas exigem que a maioridade penal seja reduzida até acabar, por fim com a famigerada Lei do Ventre Livre; Escuto “glórias” e “aleluias”, às vezes em “línguas estranhas”, berrados por surrupiadores da "dracma perdida", vendendo Cristo à prestação, nos dízimos furtados de quem os dá, coitados, de boa-fé, na "bacia das almas penadas" em busca de comprar indulgências aos que vendem salvações, jurando em vão, o nome de Deus, como se tivessem papel timbrado nos mata-borrões das nuvens e procuração com firma reconhecida no cartório do céu; Vislumbro pelo rabo do olho, comerciantes que roubam nos pesos e nas medidas, além dos preços, empertigados empreendedores acima de qualquer suspeita, que colhem milhões em impostos na boca do caixa e não os recolhem à Receita Federal, traficantes de influências e de drogas que matam uma geração inteira à prestação, com a dose letal diária, em forma de fumaça ou pó, ou mandam matar à vista de todos, sabendo que nada hão de sofrer porque na grande cracolândia que se estende do Oiapoque ao Chuí, da Favela do Fio à Nova Betânia, alguns que recebem salários para combater esse tráfico o protegem a troco de um "bagulho" mais encorpado que a pecúnia da vergonha, transformando o soldos justos em saldos podres; Continuemos nas Notas Curtas:

Funcionários fantasmas
Escuto o grito de funcionários fantasmas que têm vencimentos reais expropriados ao povo em forma de falta de saúde e educação, salários da morte, tão injustos quanto gordos; E marajás, que já não aceitam propinas de 10% porque argumentam ser isso, mera gorjeta de garçom, e começam a espernear contra os 20% e dizem, sem sobroço de nada, aos corruptores que “se virem nos trinta...”;

Mensalões e mensalinhos
Constato políticos que recebem os mais diversos tipos de mensalões, contratantes de limpeza pública em cujos contratos a coisa mais limpa é o próprio lixo que se acumula nas ruas e superfaturadores de compras e vendas e subfaturadores de tributos negados diariamente, tanto a César quanto a Deus; Vejo em meio ao berreiro contra a corrupção, preenchedores de fichas falsas no Data-SUS, fazendo a triagem de usuários para consultórios privados; vendedores de fichas para cirurgias eletivas;

Escravidão
Encontro entre os que gritam contra a escravidão dos médicos cubanos, exploradores de trabalhadores em regime de semi-escravidão; estupradores de empregadas domésticas a quem não admitem pagar direitos elementares. Tenho visto gente desdentada, que não sabe ler uma carta nem escrever outra, que sabe comprar uma vaca branca e pintar-lhe manchas pretas com tinta de cabelo e vendê-la como “raciada” de holandesa.

Amigos do alheio
São muitos desses amigos do alheio, alheios aos sentimentos de ética e moral que estão nas ruas e nas redes sociais cobrando ética e moralização, enchendo a boca de "PT SÓ TEM BANDIDO". Tem até gente que vende a virgindade das filhas e a fidelidade das esposas em troca de um carguinho público, numa negociata que já se transformou na “putaria” das portarias... Essa cambada tem alguma moral para apontar alguém com os dedos sujos? Não vejo a hora de aparecerem esses nomes em operações as mais diversas, onde os seus "vacaris" hão de ir para o brejo e depois da riqueza inexplicável virá o próprio "delúbio", perdão, dilúvio e também há de exibir em fotos cabisbaixas, um par de pulseiras de prata para chamar "dirceu", digo, de seu.

Cachorros e seus rabos
Por mais que a mídia esconda os cachorros, seus rabos estão à mostra, às escâncaras. E chegará o dia em que aparecerão e serão execrados, em nome da verdade. Neste dia, de juízo e não apenas de juízes, pobres criaturas a quem resolveram chamar de "Coxinhas", conhecerão a verdade que a mídia esconde... E a verdade os trancafiará!!!

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Tesoureiros de partidos: A uns o 'Caixa 2' aos outros, a 'Caixa Prego'

Um tesoureiro do PT foi preso, execrado, teve os direitos cassados e foi para o ostracismo. Era Delúbio Soares. Tudo o que se provou contra ele, foi que ele fazia “Caixa 2”, um crime eleitoral que deveria mesmo ser punido, porque é crime. Mas esta mesma condição deveria valer também para os tesoureiros dos outros partidos. E não vale. É evidente a existência de um pacto de inimputabilidade de não petistas por mais bandidos que sejam. Leia-se a nora sobre o deputado gaúcho, Jorge Pozzobom, nesta mesma coluna. Todo mundo sabe que o Caixa 2 de campanha é uma prática comum, escrachada, feita nas barbas da Justiça Eleitoral e do Ministério Público Eleitoral. E nada se faz contra quando o criminoso não é petista. Agora outro tesoureiro do PT está preso, sem que reste nada provado, ao menos por enquanto; sem que tenha se negado a dar depoimentos onde quer que seja, sem que tenha ao menos insinuado fugir do País ou dificultar qualquer investigação. Uma prisão meramente espetaculosa, justo no dia em que a CUT foi às ruas lutar contra a avacalhação dos direitos trabalhistas conquistados ao longo de todo o século passado. Uma prisão tão pirotécnica quanto a de Delúbio, Genoino e José Dirceu, no Dia da Proclamação da República, de dois anos atrás. Por onde andarão os tesoureiros do PSDB de Aécio e FHC, do DEM de Agripino e Caiado, do PMDB de Cunha e Renan, do PPS de Roberto Freire, do SD de Paulinho da Força e da campanha de Eduardo Campos e Marina da Silva? Nenhum deles na cadeia, nenhum sendo investigado, mesmo que o do PSB não tenha explicado a origem do dinheiro do jatinho de Eduardo Campos que se acidentou e o vitimou dando lugar a Marina da Silva que, como candidata a vice, andava no mesmo avião. Mesmo que Paulinho da Força seja investigado por crimes vários... Do PSDB? Vejamos: Entre os nomes de políticos citados nas contas secretas do HSBC na Suíça consta o do empresário Márcio Fortes, primeiro vice-presidente do PSDB-RJ; ex-tesoureiro de FHC e José Serra, que nunca declarou ao TRE-RJ a existência de suas três contas internacionais; em 2000, ele foi a pessoa física que mais doou ao partido; durante a campanha de Serra à Presidência, em 2002, Fortes usou notas frias e o PSDB chegou a ser multado em R$ 7 milhões; o político tucano também foi capa da revista Exame, como o presidente do BNDES que incentivava as privatizações; além dele, também foram citados no caso o ex-prefeito de Niterói Jorge Roberto Silveira (PDT-RJ), o bilionário Lírio Parisotto, suplente de senador pelo PMDB-AM, duas irmãs do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) e os filhos do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB-MG). Quanto ao tesoureiro do DEM, será que não estava ligado à propina de um milhãozinho de reais que Agripino recebeu na Operação Judas, bem ali em Natal? O do PMDB não teria nada a ver com o dinheiro encontrado no carro de Henrique, que transitava em Brasília com uma mala preta recheada de notinhas azuis? Está registrado que das doações das empresas investigadas na Operação Lava Jato, o PMDB abocanhou 43%, o PSDB ficou com 36% e o PT com 35%. Quer dizer: Ou todos estavam certos e nenhum dos tesoureiros deveria estar preso ou todos cometeram crimes e pelo menos esses três tesoureiros deveriam estar nas garras do Dr. Moro. Mas... A cada dia fica mais claro que o combate à corrupção é uma mentira. Combate de verdade, existe ao PT. Só ao PT. Aos tesoureiros dos outros partidos, fica liberada a verdade do Caixa 2. Aos tesoureiros do PT, a metáfora da Caixa Prego...

O crime
O site 247 fez um excelente resumo da “ópera”. A direita partidária, composta por PSDB, DEM, PPS e SD e outros legendas de menor expressão, parece que decidiu partir para uma cartada final na ofensiva golpista iniciada logo após as eleições presidenciais de outubro passado. Derrotada pela quarta vez consecutiva nas urnas, ela já: 1. Pediu recontagem de votos e foi desmoralizada pelo TSE; 2. Questionou as contas da campanha vitoriosa e também foi derrotada pela Justiça; 3. Tentou impedir a posse de Dilma Rousseff e foi ridicularizada; 4. Ajudou a convocar e participou das marchas organizadas por agrupamentos fascistoides, mas as marchas mínguam em vez de crescer; 5. Diante do fracasso destas investidas, agora o consórcio PSDB-DEM-PPS-SD anuncia que pedirá formalmente o impeachment da presidenta reeleita pela maioria dos brasileiros e há até quem proponha a cassação do registro do PT, como fizeram com o PCB na década de 40. Procura-se desesperadamente “o crime” de Dilma e não se acha. Então... 

O Clima
Busca-se agora, a todo custo criar “o clima”. Pois foi com “o clima psicológico” que trocaram Cristo por Barrabás, que mandaram enforcar e esquartejar Tiradentes e amaldiçoar-lhe até a quinta geração, que “suicidaram” Getúlio Vargas, que “renunciaram” Jânio, que “ausentaram” Jango até poder-se declarar a vacância do cargo. O próximo passo deles, só depende do PT e dos movimentos sociais. Se estes fraquejarem, eles vão para cima; se endurecerem o cangote, eles se acovardam.

“Pouso” ótimo
O deputado estadual Jorge Pozzobom, do PSDB do Rio Grande do Sul, disse no Facebook, uma frase que poderia deixar revoltado o Poder Judiciário brasileiro. Infelizmente não deixa. Poderia matar de vergonha aquele poder. Infelizmente não mata. E deixa revoltado nem mata de vergonha o Judiciário, porque infelizmente é verdade o que ele disse: Vinícius me processa. “Eu entro no Judiciário e por não ser petista não vou preso”. Quer dizer, não precisa mais nem disfarçar.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Pesquisa da USP mostra a força da desinformação

Uma pesquisa realizada com os manifestantes que foram à Avenida Paulista no último domingo 12, protestar contra o governo e pedir a saída da presidente Dilma Rousseff, captou a insanidade das ruas e mostrou a força da desinformação de quem tem ido aos protestos. As respostas das 571 entrevistas com manifestantes maiores de 16 anos, feitas entre 13h30 e 17h30, mostram que 73% não confiam nos partidos, 70% não confiam nos políticos e 64% acreditam que o PT quer implantar um regime comunista no Brasil. Dos entrevistados, 71% acreditam também que Lulinha, o filho do ex-presidente, é sócio da Friboi e 53% que o PCC é um braço armado do PT.  Para 56%, o Foro de São Paulo quer criar uma ditadura bolivariana no Brasil. "O PT trouxe 50 mil haitianos para votar na Dilma nas últimas eleições" foi uma frase que recebeu a concordância de 42,6% dos manifestantes que responderam à pesquisa. A maioria também não aponta nenhuma liderança política como referência. Apenas 8% citaram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e 12%, o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Os políticos que mais receberam a confiança dos entrevistados foram Geraldo Alckmin (29%), José Serra (23,8%), Aécio (22,6%) e Jair Bolsonaro (19,4%). O levantamento foi coordenado pela professora de Relações Internacionais da Unifesp Esther Solano e pelo filósofo Pablo Ortellado, da Universidade de São Paulo. "Entre um público que se autodefine como de direita ou de centro-direita, 46%, segundo o Datafolha, políticos de oposição deveriam estar melhor colocados", comentou Esther Solano. Para ela, a "despolitização" é "impressionante".

Relinchos e coices
Tem coisas bem piores. Os quadrúpedes que foram às ruas contra Dilma, acreditam que a viúva de Che Guevara é aposentada no Brasil e recebe uma bolada da nossa previdência todo mês. Se estirar os pescoços, eles relincham. O problema é que vivem de dar coices.

Tucanaram as entrevistas
A Novilíngua, como forma de comunicação é a linguagem que George Orwell adotou como sendo o jeito de falar, ou seja, o “embromation” da ditadura do Big Brother, que é um misto de Stalin e Hitler. Fala-se sem, no entanto dizer nada. Os tucanos entraram nessa há muito tempo. A Justiça, a mídia e “os co-xinhas” que vão às ruas, agora, a adotaram definitivamente.

Tucanaram as entrevistas II
Duas expressões entraram na moda: “Intervenção cons-titucional das Forças Armadas”, e um eufemismo sem vergonha para falar de pedido aos quartéis para um golpe militar. O mais novo é “Condução coercitiva”, uma forma de dizer “prendam os petistas”.

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Para que não pairem dúvidas sobre a corrupção dos paladinos da Justiça que se escondem por trás da benevolência da mídia, tão corrupta quanto eles. Eis aí o modus operandi de Aécio Neves, o puro.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Como os líderes dos protestos estão enterrando seu próprio movimento

Rafael Bruza, em artigo muito oportuno, faz uma análise que nos deve servir para reflexão. Ao ler-lhe, senti-me como naquele momento histórico em que o PT era contra tudo e não dizia muito claramente a favor do que estava lutando, que outro Brasil pretendia construir e, no caso de tirar os poderosos da época dos tronos, o que faria, se neles subissem. Foi quando Lula criou o chamado “Governo Paralelo”, uma sofisticação típica dos países parlamentaristas onde a oposição tem que estar sempre preparada para assumir o governo em caso de queda de gabinete em que o governo perca a maioria no parlamento e a nova coalização mude completamente os atores governamentais. Ali o PT aprendeu muito, teve que estudar o que acontecia nos governos direitistas e formular novas propostas, não mais só de sonhos e de ideologia, mas de propostas palpáveis, exequíveis, o novo Brasil possível, portanto. Não é o que parece estar acontecendo com os movimentos organizados contra Dilma e seus líderes. Como bem perguntou Fernanda Torres: “Se Dilma quem vamos por no seu lugar?” Este é o grande problema. Esses rapazes que estão levando o povo para as ruas não estão preparados para ser governo. Muito menos o PSDB e o DEM, fracassados onde governam e carregando nas costas o peso da derrocada dos seus governos anteriores a Lula e Dilma, no plano nacional. E o PMDB? Partido que não tem proposta e que se apega a qualquer lado, conforme sopram os ventos do oportunismo, como o fez quando dos governos FHC e como vem fazendo com Lula e Dilma, sempre à troca de cargos e outras barganhas, sem pensar no Brasil nem por um minuto. Apesar da grande quantidade de pessoas nas ruas nesse domingo, admitamos que 25 mil pessoas ainda é sinal de grande força política, ficou claro que os protestos contra Dilma estão diminuindo e tendem a decair ainda mais. Bruza lembra a Espanha, onde os movimentos que foram às ruas, quando viram seus protestos esvaziando cuidaram de formular propostas concretas. Vejamos: “Trata-se de uma tendência normal nos movimentos que provém da Crise de Representatividade. O protesto espanhol dos Indignados de la Plaza del Sol, por exemplo, que também surgiu nessa crise política das democracias ocidentais, foi massivo no começo e caiu com o passar do tempo, até deixar totalmente as ruas. A diferença é que os principais organizadores dos protestos espanhóis souberam dar os passos seguintes e, no final das contas, chegaram a uma proposta que mudou o cenário político do país: o partido “Podemos”, um dos líderes nas pesquisas eleitorais no momento. O movimento espanhol realizou diversos debates abertos, coletou milhares de propostas, uniu cidadãos em torno de um projeto unificado e, dessa forma, conseguiu um respaldo popular que garantiu o posterior êxito do “Podemos”. Com isso, surgiu essa legenda política que já ameaça os dois principais partidos da Espanha, o governista conservador PP, e o oposicionista progressista PSOE. Mas os protestos brasileiros, encabeçados pelo “Movimento Brasil Livre”, o “Vem pra Rua”, entre outros, estão preocupados demais em criticar inflexivelmente e em exigir pautas que não serão atendidas no momento”. Pior que eles, somente os próprios líderes político-partidários, como é o caso de Aécio, conforme podemos ver na foto-legenda com os comentários que seus eleitores fizeram no Facebook.

Eduardo Galeano
Eduardo Galeano nos deixou. Mas a utopia continua viva. Caminharemos com ela: “A utopia está lá no horizonte. / Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. / Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. / Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. / Para que serve a utopia? / Serve para isso: Para isso eu não deixe e caminhar”.

Pesquisas
Todos os governantes vêm tendo, nesta quadra histórica, péssimos contatos com as pesquisas. Dilma, Robinson, Silveira. De Robinson só vi uma enquete feita por Jota Nobre na Rádio Difusora. Os números são ruis em todos os três casos. Dilma parece reagir bem e ao invés de brigar com os números tenta brigar com as dificuldades. E luta para reverter a tendência negativa, com uma paciência que dela ninguém esperava.

Pesquisas II
Robinson tem tempo. Dilma reage pelo caminho certo e vai recompondo sua base política e social. Já Silveira não tem o tempo de Robinson e precisa fazer o mesmo que Dilma depois que Lula entrou na luta de bastidores: Estabelecer um relacionamento de mais diálogo com a imprensa em geral, com o povão em geral e com as pessoas, em particular. Especialmente com as pessoas que querem o bem de Mossoró e do seu governo, mas não encontram canais de diálogo.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

O pior já passou

Ações da Petrobras com quase 10% de valorização em um mês e, ainda por cima, mais um recorde de produção no pré-sal comeu pelo pé o discurso de que o PT acabou a estatal. Soou sem graça o discurso de um “ruralista” sobre o fracasso da agricultura neste momento em que o Brasil comemora a maior safra de grãos de toda a história. Nunca antes, 200 milhões de toneladas... Dilma elogiada por Barack Obama na Cúpula das Américas. Um velado pedido de desculpas pela espionagem e “rasgação de seda” como exemplo mundial de combate à corrupção. PT votando a favor de direitos e a direita votando contra, ao aprovar a PEC 4.330 que permite a terceirização sem peia nem cabresto, assustando a classe média dos filhos concurseiros e dos pais amantes da estabilidade nos empregos de salários gordos. Escândalos de corrupção pipocando mais no campo da oposição que no do governo, com denúncias desmoralizando José Agripino, coveiro do DEM, que cometeu o desatino de pousar de “paladino da ética” nos protestos de 15 de março e contra Ronaldo Caiado que estava ao lado dele. Isto com as labaredas saindo pela boca “amiga” de um da própria laia, o finado Demóstenes Torres, que um dia, tal e qual os dois, foi herói da ira antipetista, até que se descobriu “batedor de carteira” a soldo de Carlinhos Cachoeira. De quebra, o próprio Aécio Neves atolado até as orelhas em escândalos velhos como a Lista de Furnas e novos como o próprio Petrolão que parecia ser uma infecção exclusivamente petista, mas que se revelou de risco igual para o pau e o machado, além do “SwissLeaks”, escândalo de proporções homéricas sem que nenhum dos seus quase oito mil nomes tenha saído das listas de filiados do PT. O depoimento do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, na CPI, se não melhorou também não agravou em nada, a ficha policial do PT. Ao contrário, conseguiu esfregar obviedades nos arrebitados narizes acusadores, como a de que no Petrolão, o PT recebeu não mais que os outros, com especialidade o PSDB de Aécio e o PMDB de Cunha e Renan, os dois urubus que andam “com raiva do boi...” A Rede Globo, principal mobilizadora dos movimentos de rua contra o governo, injetando ódio contra o PT 24 horas por dia, está perdendo audiência a passos largos. Campanha nacional acirrada para mudar de canal na hora da sua “Babel-Lônia”, por força de um beijo gay entre duas idosas, ganhou força descomunal, mesmo sem articulação petista, mas como fruto do próprio preconceito alimentado pela militância odiosa dos Cunhas e Malafaias, que envenenaram a aliada com seu próprio veneno... E ainda os botões apertados na hora do Jornal Nacional, desta vez por uma postura ideológica mesmo. Petista que preza não mais escuta a catilinária de William Bonner. Ao diabo, para que pagar para assistir filme de terror e ter azia? Enquanto a audiência da Rede Globo cai vertiginosamente, Eduardo Cunha acumula milhas no “programa de fidelidade” dos movimentos sociais que o acompanham do Oiapoque ao Chuí, para fazer-lhe um fundo musical de gritos e apitaços. Já está quase a ponto de  mudar um velho ditado sobre Roma, para “Quem tem boca vaia Cunha”. O dólar começa a se estabilizar, os preços dos combustíveis perdem pique de crescimento e o pacote de maldades de Joaquim Levy parece estar encerrando o repertório. Pois bem... Parece que, para o governo Dilma Rousseff, apesar da imensidade de pesares que ainda lhe restam, o pior já passou.

Descendo a ladeira
A direitona, incompetente quando governou, vem se revelando mais incompetente ainda, no papel de oposição. Nem com financiamento norte-americano e a Rede Globo, a Record, o SBT, a Veja, a Folha e o Estadão dando “uma mãozona” na mobilização, conseguiu fazer um ato de peso contra o governo.

Boato e fracasso
De “grande ato” o furdunço de domingo próximo passado transformou-se em “boato”. Aquilo que começou há alguns meses como um “twittaço”, foi decrescendo para “apitaço”, depois “panelaço” e para não perder a rima, anteontem se revelou um... “Fracasso”

Sem discurso
O retumbante fracasso de anteontem não foi por acaso. O fato é que já sobra pouco espaço para se pregar o golpe em nome – pasme – da “ameaça comunista” ou “bolivariana”, pois além de Obama cortar o discurso internacional dos insanos, ao fechar acordo com o Irã, mandar tirar a Venezuela da lista de ameaças aos Estados Unidos e começar o processo de reatamento de relações com Cuba, fulminou o discurso do “Eixo do Mal”, ainda elogia Dilma como exemplo mundial de combate à corrupção, depois de ter lançado, ainda que informalmente, o nome de Lula para secretário-geral da ONU, como que a dizer que a política externa do PT está certíssima. Pelas bandas de cá, a Globo, quem diria? Assume do discurso de que pedir “intervenção militar” é uma ilegalidade. Os Coxinhas balançam os rabichos, como cachorros que correm atrás de carros.

sábado, 11 de abril de 2015

Eduardo Cunha: rolando o lero e levando vaia

Que pode nascer do ódio, se não o próprio ódio returbinado? Fala-se, com muita sapiência, que “quem planta ventos, colhe tempestades”, frase elaborada que lembra outra máxima com o mesmo sentido: “A semeadura é opcional, mas a colheita é obrigatória”. E é isso que está acontecendo com Eduardo Cunha. Um político com uma biografia eivada de fatos de corrupção, desde a Telerj e a sua condição Office-boy de PC Farias, na Era Collor. Colheu, é bem verdade, a presidência da Câmara Federal, uma situação privilegiadíssima de presidente de um dos três poderes da República e de “segundo vice-presidente da República”,  que se pode comprar a partir da compra de uma mandato de deputado federal e da compra de alguns colegas, sempre disponíveis no mercado da barganha política e de tantos outros suscetíveis às mais retrógradas e antidemocráticas bandeiras políticas. Uma análise por mais superficial que seja, levará à conclusão “clara, lógica, evidente, óbvia, intuitiva e ululante” de que, Eduardo Cunha, a alternativa criada pela banda podre direita para a presidência, em caso de um golpe que viesse a derrubar a dupla Dilma/Temer, está completamente bichada. É que ódio gera ódio e Cunha é isso. Sua ascensão incendiaria o País. Estribado no mais pernóstico dos reacionarismos, tornou-se símbolo de agressor dos Direitos Humanos em geral, homofobia em particular, corrupção desbragada, retrocesso trabalhista, aviltamento do papel do parlamento, fundamentalismo religioso oportunista e agressividade atrabiliária, como se viu na forte repressão aos trabalhadores que protestaram durante a votação da PEC da terceirização. O Brasil não tem mais idade histórica para se submeter a um golpe de Estado. Nossa democracia não é tão madura, mas já é um bebê que engatinha e balbucia. Já anda e grita. E esperneia. As consequências de “enfincar-se uma cunha” na nossa marcha democrática de trinta anos, a maior de toda a nossa História,  só poderão ser drásticas, não poderão trazer nada de bom, visto que hoje são milhões os brasileiros que já sentiram no céu da boca um gostinho do doce bom da democracia, da justiça social, da inclusão. E esse pouquinho que foi ingerido, sorvido, saboreado, foi o suficiente para que esses milhões de brasileiros contemplados não queiram abrir mão do que a luta lhes deu por direito. Chegou a hora, é o que parece, da materialização da frase do líder estudantil Honestino Guimarães, assassinado pela ditadura militar:  “Ainda que nos prendam, ainda que nos matem, mesmo assim voltaremos e seremos milhões”. Não tenho dúvida de que Eduardo Cunha continuará sendo vaiado ponde quer que vá, com esse lero de “Câmara Itinerante”, uma campanha pouco disfarçada para se tornar um nome lembrado para “salvar o Brasil” do “desastre petista”. Enquanto estiver só falando rolando o lero, a vaia cobrirá o seu “sambarilove”. Mas, se partir para a ação golpista, teremos Guerra Civil. Não abrigo a menor dúvida disso.

Renovação
Quando falamos em renovação na política, logo pensamos em jovens aboletados em mandatos eletivos, em cargos públicos. Betinho Segundo e Waltinho Alves votaram na PEC 4330, contra os direitos dos trabalhadores. Não bastasse a estultícia do voto em prol da terceirização e em favor da redução da maioridade penal, Waltinho Alves ainda se deu ao desplante de ser o organizador, em Natal, desta aberração que é a andança, ou, como diria Dorian Jorge Freira, a “bangolagem” de Eduardo Cunha, o Crápula, com essa pantomima de “Câmara Itinerante”.

Renovação II
Seu avô Garibaldi Alves, Pai, foi muito mais moderno ao propor a lei que dobra a pena dos maiores de idade que usarem menores na prática de crimes. Que pena.

Renovação III
Salvou-se Rafael Mota, de quem, para ser sincero, nunca esperei grande coisa. Este, ao menos honrou, na votação da PEC da terceirização, a memória do avô Clóvis Mota, líder trabalhista do passado.

Poesia
A canção “Quem Planta Colhe”, de Carlos Santorelli, representa muito bem as vaias que Eduardo Cunha está levando Brasil a fora: “Quem planta vento colhe tempestade/Quem planta ódio colhe rancor/Quem planta intriga colhe maldade/Quem planta o mal colhe o desamor/Se você semear o bem/Vai colher o bem também/Se você semear amor/Vai colher amor/Quem planta a guerra não colhe a paz/Quem planta ira colhe ingratidão/Quem planta areia colhe deserto/Quem planta mágoa colhe solidão/Quem planta inveja colhe egoísmo/Quem planta raios colhe trovão/Quem planta lágrimas colhe tristezas/Que traz a dor para o coração.”

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Câmara aprova volta da escravidão

Altamiro Borges, no seu prestigiado Blog do Miro, traz artigo com esta contundente manchete. Parece exagero, mas em verdade tem tudo a ver. Teremos a legalização da terceirização desbragada. E alguém poderá dizer, mas vai ser tudo legalizado. Sim. Pois não. Mas a escravidão também era legalizada. Mossoró quando viveu cinco anos sem escravos antes da Lei Áurea, viveu à margem da lei imperial. Precisou muita união do povo da cidade para não admitir mais a existência de escravos em nossa terrinha. Mas se alguém quisesse ter escravos, seria protegido pela lei. E não foram poucos os capitães do mato e senhores de escravos que por aqui aportaram em busca de escravos fugidos para o chão de Santa Luzia. Portanto, vamos ter tudo legalizado, mas a classe média, os trabalhadores de categorias com melhor acúmulo de conquistas, se preparem para a concorrência de quem não tem direitos acumulados. A qualquer, algum dos manifestantes de 15 de março poderá estar perdendo seu bom emprego para alguém que vai ganhar metade. E quem, sabe? Vai correr às portas de um sindicato, de preferência de uma entidade dirigida por algum “petralha”, para pedir arreglo. Mas será tarde. O patrão que o houver demitido estará devidamente respaldado em lei. Vejamos o que diz o Blog do Miro:  Às 21h14 desta quarta-feira (8), a Agência Brasil deu uma trágica notícia: "A Câmara dos Deputados acaba de aprovar, por 324 votos a favor, 137 contra e duas abstenções, o texto principal do projeto de lei que trata da regulamentação do trabalho terceirizado. Os destaques e sugestões de alterações serão discutidos na próxima semana". Na prática, os deputados aprovaram a volta da escravidão ao Brasil. Com a terceirização das chamadas atividades-fim, o assalariado não terá mais os direitos garantidos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e terá ainda maiores dificuldades para se organizar em sindicatos na luta contra o desemprego, o arrocho salarial e a precarização. Já a sociedade como um todo sofrerá com os péssimos serviços prestados pelas terceirizadas. Durante todo o dia, os parlamentares de esquerda tentaram evitar a votação do projeto de lei (PL) de número 4330 que libera geral a terceirização no País. Mas o presidente da Câmara Federal, o lobista Eduardo Cunha, fez jus às doações privadas da sua campanha e abortou as obstruções, derrotando os dois requerimentos que pediam o adiamento da sessão. Diante da derrota histórica dos trabalhadores, as bancadas mais à esquerda pensam agora em ingressar com uma ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF). Há ainda a hipótese de a presidenta Dilma Rousseff vetar o projeto, comprando o debate de ideias na sociedade sobre o grave retrocesso deste projeto de lei. (...) O sindicalismo precisará intensificar ainda sua pressão para desmascarar este projeto e seus mentores. Já circula a proposta de organizar uma greve nacional contra a volta da escravidão ao Brasil.

Chora, concurseiro
Nos governos Lula e Dilma, tivemos mais de cem mil vagas de empregos públicos federais ou análogos, como é o caso das estatais, tipo Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco do Nordeste, Embraer, Petrobras e demais empresas do complexo petrolífero, além dos poderes paralelos e independentes, Judiciário e o Legislativo mais o Ministério Público que, mesmo gozando de autonomia só abrem vagas de concursos se dispuserem de verbas em seus orçamentos. 

Chora, concurseiro II
Da mesma forma se deu com os entes federados: Estados e municípios, que abriram ao longo desde doze anos de “inferno petista”. Abriram dezenas de milhares de concursos. Os filhos da classe média se especializaram em fazer concursos. Foi criado até um jargão para batizá-los: Concurseiros. Saibam, pois, bando de antas, que isso vai se acabar com essa lei que acaba ser aprovada na Câmara do grande Cunha, sob vossos aplausos. Corram, pois, atrás dos deputados e senadores do PT e do PC do B, tão amaldiçoados em vossas orações e bravatas. Rezem, mas rezem com muita convicção para a tão “amaldiçoada” Dilminha Rousseff, pois é muito provável que só a coragem dela, de fazer um veto a esta barbárie, possa salvar a “imensa competência” dos vossos filhos que ainda não estão aboletados em empregos de cinco, seis , oito, dez, quinze mil mangos por mês. 

Chora, concurseiro III
Quero ver a competência destes pimpolhos regados a toddynho, ser contemplada na análise de currículos, quando comparada com a de alguém que se dispõe a fazer a mesma coisa, em condições ainda mais puxadas e mais precárias de trabalho, por mil e quinhentos ou mil contos de reis. Aplaudam o aumentativo Cunha e sua corja, aplaudam nossos seis deputados federais potiguares que votaram nesse troço e se preparem para chorar escondidos, pois Dilminha talvez esteja fragilizada demais como vossos protestos e esgares de ódio, quando chegar a hora do veto.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Com Michel Temer, Dilma deu xeque-mate no PMDB

Quem tem um aliado como o PMDB não precisa de oposição para viver arrancando cabelos. Mas a guerra do PMDB não é só contra Dilma. Ela também é interna. Renan se junta com Cunha para sufocar a presidenta, mas briga com Cunha por ministérios e os dois juntos, com ajuda de Henrique vêm fazendo um claro trabalho de escanteamento do vice-presidente Michel Temer. Dilma demorou a entender isto. Mas agora que entendeu, entrou na queda de braço e chamou temer para perto de si. De uma tacada detonou parte do poder dos dois presidentes legislativos, prestigiou Michel Temer, ganhando nele um grande aliado para salvar os mandatos dos dois contra a luta dos que querem um golpe onde o vice jamais assumiria. Não bastasse esse gol, Dilma ainda jogou um osso no meio dos dois gulosos. Ofereceu o Ministério do Turismo a Henrique que é peixe de Eduardo Cunha, mas este Ministério está com um apadrinhado de Renan. De quebra, Dilma acabou um ministério, jogando suas atribuições para a vice-presidência, quebrando uma beirinha do discurso de enxugamento da máquina e ainda botou os dois defensores do fim de ministérios para brigarem por um... ministério. Tereza Cruvinel retrata bem a vitória de Dilma em meio a tantas derrotas: A presidente Dilma desta vez fez um gol, é o que dizem quase todos no Congresso neste momento, ainda sob o impacto da transferência das atribuições de coordenador político ao vice-presidente Michel Temer. Ele é habilidoso, tem liderança no PMDB e trânsito no Congresso. Poderia ter recusado com a desculpa das funções institucionais da vice-presidência. Aceitou em claro sinal de que não vai jogar contra o governo. Aceitando, terá que mostrar liderança no partido. Ou seja, passou a ser uma cunha entre o partido e o poderoso Eduardo Cunha. Por isso, ao invés de festejar, como seria natural em um partido normal, alguns peemedebistas fizeram cara feia. Agora, como poderão fazer carga contra o próprio Michel Temer. Ou a bancada e Cunha se compõem com Temer, ou vão disputar e até trombar com Temer. Dilma fez um gol, mas para dar certo, ela terá que dar caneta para Temer, diz um experiente congressista. Ela terá que ter poder para negociar, conceder e fechar acordos. E Dilma não poderá desautorizar seus acordos, como já fez com outros coordenadores.

O fechador
‘Eduardo Cunha é especialista em fechar portas’, diz a deputada Maria do Rosário. A deputada fe-deral Maria do Rosário, do PT do Rio Grande do Sul, acompanhou na tarde desta terça-feira (07/04), um dos trabalhadores que chegou desacordado no departamento médico da Câmara dos Deputados, vítima da violência policial durante o protesto contra o projeto de terceirização. 

Terceirização
O processo de legalização da terceirização que marcha em rota batida para uma aprovação no Congresso nacional é uma das piores derrotas da classe trabalhadora.  A classe média que foi às ruas contra Dilma em 15 de março também será altamente prejudicada vendo seus bons empregos serem tomados por trabalhadores de salários e direitos aviltados. E verá quem são seus inimigos. Exatamente os seus ídolos de 15 de março.

Trabalho escravo
Os que estão lutando pela regulamentação do trabalho terceirizado que supostamente beneficia 12 milhões de trabalhadores, além de prejudicar 45 milhões de trabalhadores formais, traz em si uma questão ideológica muito interessante. Quem são os deputados e senadores que estão defendendo esse projeto? Exatamente os que criticam as condições trabalhistas dos médicos cubanos acusando o governo brasileiro de fazer trabalho escravo. E são também os mesmos que odeiam Lula e Dilma porque deram direitos trabalhistas antes negados às empregadas domésticas.

Pêsames
Nossos pêsames a toda a família de Goretti Medeiros Diógenes, esposa do presidente municipal do PT, Gilberto Diógenes. Goretti foi uma heroína na luta pela vida. Que Deus a tenha no melhor dos ambientes celestes.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Crime é crime, mas para certa imprensa, depende do partido...

Fui surpreendido por uma matéria sobre uma vereadora de Salitre (CE), que, apaixonada por um bandido, a ele entregou-se e, levada de roldão pelo fogo amoroso, integrou-se à quadrilha por ele comandada, participando, não se sabe em que grau, de assaltos e assassinatos. Um gesto individual, de fraqueza, que poderia acontecer com qualquer mulher ou homem sob o impacto do fogo da paixão. Quem não se lembra de Nardoni, de São Paulo, que aceitou participar da morte da filhinha Isabelle para agradar a madastra? Loucura e fraqueza repetida pelo médio Boldrinni, que encobriu a morte do filho Bertolotto, para proteger a nova mulher? Filiada ao PT, logo os crimes da vereadorazinha de Salitre passaram a ser tratados pela imprensa, como se fossem do partido. Como se dois milhões de filiados, com especialidade, deputados, senadores, governadores, secretários, ministros, presidenta e ex-presidente da República estivessem “pedindo propina à mão armada”. Enfoque diametralmente oposto ao do primo do governador do Paraná, tucano de alta plumagem, por sinal, ex-assessor parlamentar do gestor. Primo legítimo, parente de pai, mãe e parteira, a imprensa tratou o criminoso tucano como “suposto primo”. Quer dizer, se um grau de parentesco tão próximo é tratado como suposição, imagine a relação política com o governador, a filiação ao seu partido e, de quebra os próprios crimes praticados. A Madre Tereza de Calcutá em pessoa. Ao contrário dos crimes citados e de outros em todo o Brasil, a imprensa não se interessou pela opção partidária dos culpados. No caso da vereadora, a manchete é: “Vereadora do PT...”. E os petistas sabem que é Assim. Portanto, devem evitar, por princípio e por cuidado, de se meter em qualquer coisa errada. Agora, cabe ao PT a expulsão da vereadora do quadro de filiados e à polícia metê-la na cadeia, que é o lugar de criminosos de qualquer partido ou sem partido. E vamos seguir na eterna e vã esperança de que um dia  isso possa acontecer com bandidos de outros partidos.

Desemprego
 A taxa de desemprego aumentou significativamente nos últimos meses. Foi lá, nos Estados Unidos, onde, para a mídia, tudo parece estar dando certo. Aqui o desemprego caiu. Mas é aqui que o mundo está desabando. Mídia cretina, que além de apoiar a sonegação de informações, pratica à farta a sonegação de impostos e a evasão de divisas. Está quebrando tudo quanto é jornalão, revistão e redes de TV. Chorar... Quem há de?

Bolsa família
Lá nos Estados Unidos, o programa Bolsa Família é bem parecido com o daqui. Só que se chama Snap. Seu número de beneficiários subiu agora para 47 milhões. Mas lá é “transferência de renda”, aqui, não. É Bolsa-esmola, coisa de petista demagogo, populista...

(des)regulamentação
Frase perfeita de Wagner Freitas no Twitter: O PL 4330 não regulamenta os 12 milhões de terceirizados. Ele desregulamenta os 45 milhões contratados.

FotoLegenda
Para os que dizem que o Brasil não investe em Educação, vai aqui um quadro da evolução dos investimentos no setor, durante os governos petistas. E a comparação dos números atuais de alguns países, inclusive alguns dos mais desenvolvidos do mundo.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Anão? Ah... não

Quando Lula pôs a mão amiga no ombro de Mahmoud Ahmadinejad e pediu-lhe que nunca mais dissesse que não tinha havido o holocausto, a fera iraniana aquiesceu. Viu que Lula estava com a razão e que para ser contrário ao sionismo não precisava ser favorável ao nazismo. Por essa e por inúmeras outras, Lula ganhou a confiança do líder iraniano, como já tinha ganhado a de Barack Obama e, antes, a de George Bush, da rainha Elizabeth, bem como a confiança dos líderes das mais pobres nações africanas. Mas... Esse era o problema. Lula estava pintando no cenário “das quatro pruvença do mundo” como potencial líder planetário. Até prêmios estava ganhando, como estadista global. A linha dura americana não iria admitir isto. E fez Obama engolir o seu “This is the man”, que por aqui traduzido como “Lula é o cara”. Pouco tempo depois, Lula conversou com Ahmadinejad e conseguiu um acordo quanto ao enriquecimento de urânio para fins pacíficos e a não produção da bomba atômica. E conseguiu uma proposta de acordo que surgia como uma luz no fim do tumultuado túnel da diplomacia com o país que tinha ficado na escória da diplomacia das grandes potências, depois do Irãgate. A mídia brasileira, com seu contundente “complexo de vira-latas”, mais uma vez deitou diatribes contra Lula e a “desastrosa política externa do PT”. Como querer negócio com o Irã, peça chave do “Eixo do mal”? Obama parecera gostar, mas levou, dos seus falcões, uma tremenda chave de roda. Lula foi jogado no escanteio e sua proposta, no lixo. Mas não no lixo da História, pois como dizia o próprio Lula, não se pode desdenhar de uma nação de 70 milhões de almas e cinco mil anos de História. Cinco anos depois, semana passada, numa reunião em Lausanne, na Suíça, as seis maiores potências mundiais sentaram com as autoridades iranianas e firmaram um acordo para acabar com as sanções ao Irã e permitir que o país continuasse a enriquecer urânio, coisa que ele nunca parou de fazer, já tendo acumulado um estoque de dez toneladas. Da mídia tupiniquim, somente o versado Clovis Rossi se dignou a escrever sobre. Talvez porque os demais, com especialidade aqueles que criticaram tanto, não têm noção do que Lula propôs nem do que Obama agora assinou e considerou um acordo histórico. Rossi disse que o acordo proposto por Lula era muito melhor que o atual e o mundo teria tido cinco anos de saldo se tivesse aceitado a proposta brasileira. Obama, talvez por desencargo de consciência e não por mera coincidência, lançou o nome de Lula para secretário-geral da ONU... A mídia brasileira não ficou envergonhada, porque vergonha não tem. É pau mandado das agências judeu-americanas que dominam 80% das notícias que saem na imprensa do mundo capitalista todo. Quem deve ter ficado com cara de tacho é o funcionariozinho da diplomacia israelense que disse que o Brasil não passava de um anão diplomático.

Semana Santa sangrenta
Nunca. Eu, nem ninguém, em sã consciência, poderia esperar ouvir esta manchete. Mas Mossoró ouviu ontem: Semana Santa sangrenta. Mossoró e todas as regiões do Rio Grande do Norte e além fronteiras, onde quer que cheguem as ondas da Rádio Difusora, tiveram os ouvidos feridos pela força da manchete. Foi no programa de Zé Mendes, participação do repórter policial Zé Antônio.

Semana Santa sangrenta II
Quatro assassinatos, três tentativas de assassinato, diversos acidentes, 28 assaltos. Esta é a contabilidade sangrenta de uma semana santa, por mais que pareça a de uma guerra. Mas é uma guerra. Uma guerra que já não respeita princípios cristãos, sociais, familiares. Nada vale, nada conta. A reza na semana virou uma mentira para a maioria absoluta das pessoas, a ida à igreja uma mera tentativa de enganar a Deus, o vinho, bebida que Cristo sorveu, virou desculpa para se tomar porre. E porre de vinho não tem nada de católico. Porre é porre.

Semana Santa sangrenta III
A nossa sociedade vive o cenário descrito por Chico Buarque: Esse pileque homérico no mundo. E como dizia Gil: Olha lá... O corpo estendido no chão.
Voltando a Chico, que diz em “Cale-se”:
De que me serve ser filho da santa?
Melhor seria ser filho da outra.
Outra realidade menos morta.
Tanta mentira.
Tanta força bruta.
E olhe bem que Chico Buarque não é de errar rima. E “outra” não rima com “bruta”. Ele usou uma palavra não aceita pela censura da ditadura militar, pois falava de uma sociedade diferente da nossa, uma sociedade que era execrada e ainda o é, mas onde, apesar de todas as suas falhas, a violência é bem menor e a vida é tratada com muito mais respeito.

sábado, 4 de abril de 2015

Fernanda Torres: ‘Se Dilma não resistir, a quem estaremos entregues?’

Que tempos... Para dizer a verdade e repercutir, a atriz Fernanda Torres teve que ir à França. Parece os tempos em que Brizola para ser visto tinha que convocar entrevista coletiva com a imprensa internacional. Era o tempo da Ditadura Militar, quando a imprensa não podia dizer certas verdades. Agora é a ditadura da própria mídia que não aceita pautas que não sejam as suas. Vejamos Fernandinha: “Sou artista, burguesa, mas não defendo o impeachment de Dilma”. E arrematou: “caso ela saia, quem nos garantirá um futuro melhor?”, pergunta. A atriz, uma das mais destacadas humorista da sua geração, filha de Fernando Torres e Fernanda Montenegro, é uma exceção em seu meio. Não por pensar assim. Mas por defender seu ponto de vista. Claro que ela o fez na França – posto que no Brasil, a mídia corporativa a qual conhece, não lhe daria voz. Mas a mídia que ela desconhece fará por ela. Não pelo conteúdo do que disse – e com o qual concordamos. Mas pela sua coragem. E somos assim: essencialmente e elegantemente transgressores. No texto Fouché, ela traça um paralelo com a Revolução Francesa. “Sou artista e burguesa, mas não defendo o impeachment”, afirma. “Os franceses deceparam a cabeça de Luís 16, enfrentaram uma década de horror e acabaram nas mãos de um general que se autocoroou imperador. Quem nos garante um futuro melhor? Dilma está longe de ser Luís 16, mas a insatisfação popular, o isolamento, a corrupção, o revertério climático e a ruína de sua base partidária guardam paralelo com as desventuras que levaram o rei à guilhotina.” Ela alerta, ainda, para a onda antidemocrática que se forma no País. “A oposição estava lá, não há dúvida, e também uma direita saudosa da ditadura, cujo crescimento preocupa não apenas no Brasil”. E afirma que o maior adversário da presidente foi a propaganda usada na campanha eleitoral de 2014. “A campanha eleitoral que levou Dilma à reeleição é, hoje, seu maior inimigo. O feijão voando do prato dos menos favorecidos, a garantia de que não elevaria os juros e nem deixaria o trabalhador pagar pelo desajuste econômico vêm, agora, cobrar o preço da propaganda”, diz ela. “Existe, de fato, um erro de comunicação por parte do governo, mas ele não está no abandono da militância nas redes, como afirma estudo recente, mas, sim, no fato da reeleição ter obrigado o Planalto a adiar ajustes que deveriam ter sido feitos ao longo dos últimos anos.” Por fim, ela questiona: “Se Dilma não resistir a quem estaremos entregues?”

Quanto aos discursos
Fernandinha Torres foi quase perfeita. Em verdade, ninguém em sã consciência faria os ajustes necessários à economia em plena campanha. Para ser sincero, até mesmo agora, certas coisas, como aumento dos preços dos remédios parece fora do eixo. Não creio que seja isto que irá salvar a economia, mas acho que são essas pequenas coisas que aumentam, com força, o desgaste do governo.

Quanto aos discursos II
Faltou Fernandinha dizer que o discurso do adversário também tem muito a ver com o clima de desgaste que o governo Dilma sofre no momento. Discurso de ódio, discurso irracional, discurso preconceituoso, pé de guerra. Este discurso continua pelas gargantas sujas de Aécio Neves, o corrupto mor do Petrolão, da Lista de Furnas, do Aeroporto de Cláudio, das verbas gordas para as próprias emissoras de rádio, das vacinas em cavalos pagas pelo SUS, dos 3,4 bilhões da saúde... Pela boca podre de Mendoncinha, que de tão insignificante continua sem ninguém cascaviar seus podres pernambucanos, pela voz tonitruante de Álvaro Dias tão cheio de nós pelas costas, de Ronaldo Caiado, o sepulcro, de Agripino, o Judas do rabo de Palha. Da Rede Globo sonegadora, da Veja. Dilma continua, 24 horas por dia, sete dias da semana, debaixo de uma saraivada que vai além do tom de palanque. O que lhe atinge é uma campanha goebelliana de calúnia, injúria, difamação e até das ameaças de morte que só a impunidade pode permitir.

Irã
A antiga Pérsia de todas as glórias do passado não se rendeu à petulância dos americanos metidos a besta, que se querem xerifes do mundo. O Irã não dobrou a espinha às sanções e ameaças, continua disposto a enriquecer urânio para fins pacíficos. Ninguém pode lhe proibir o progresso, em nome de um terrorismo que não está na pauta. As potências se renderam, porque o Irã também tem seu jeito de ser potência.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Semana Santa. Santa crise!

Eis que não se vê a crise que se lê na imprensalona escrita, que se ouve na mídia televisiva. Petrobrás está recuperando o preço das suas ações e vem batendo recordes sucessivos na produção de petróleo e na descoberta de novas jazidas de petróleo e gás. As filas nos supermercados, nos caixas bancários, nas rodoviárias e aeroportos, nas lojas de departamentos, nos salões de beleza e nos restaurantes, onde se espera horas por mesas vagas, nos deixam a impressão de que o Brasil ainda não acabou. Segundo Mariana Tokarnia, repórter da Agência Brasil, esta Semana Santa vai movimentar em viagens internas, a bagatela de R$ 3,68 bilhões, com  as festas religiosas e as reuniões familiares que deverão impulsionar os gastos nesses dias.  O Ministério do Turismo estima a realização de 2,15 milhões de viagens internas, cada uma com custo médio de R$ 1.712,87, incluindo deslocamento, alimentação e turismo. Pelas estimativas da pasta, São Paulo concentrará o maior número de viagens, com 407.346. Também será o estado com o maior gasto, R$ 570,1 milhões. O Rio Grande do Sul aparece em segundo lugar em relação ao valor movimentado, calculado em R$ 489,4 milhões para 136.482 viagens. Em relação ao número de viagens, o Rio de Janeiro vem em segundo lugar, com 174.277 e gasto estimado de R$ 292 milhões. Estados do Nordeste, que, segundo “Apropino” Maia, é o Brasil improdutivo e no dizer da mídia, uma gente que só vota em troco do Bolsa Família, também têm peso significativo: juntos serão os responsáveis pela movimentação de aproximadamente R$ 1 bilhão. Somente a Bahia movimentará R$ 310,2 milhões em 163.778 viagens. Pelo visto, muitos fieis vão estar nas igrejas introduzindo em suas orações, o trecho: “Bendita louvada seja, a crise”.

Gilmau
Um aninho fez ontem, que o “sinistro Gilmau” sentou em cima do projeto da OAB contra o financiamento empresarial de campanhas políticas. A quem serve “Gilmau Mente”? O PT, o mais acusado dos partidos, é contra o financiamento das campanhas por empresas. Portanto, ao PT não serve o “sinistro”. PMDB, DEM, PSDB e seus comparsas são todos favoráveis a tal financiamento. Raciocine-se, portanto, a quem serve “Gilmau”...

Empresas
Passei a vida escutando o argumento de que o serviço público seria o câncer da sociedade brasileira, porque eivado de corrupção e incompetência. Da incompetência nem quero falar agora, mas sobre a corrupção não posso deixar de abordar. Os grandes escândalos com que estamos às turras, são todos de origem privada. Empresários acima de qualquer suspeita, finalmente estão usando pulseiras de prata. Eles, que são, na verdade, os grandes responsáveis pela corrupção, visto que são os corruptores. Longe de mim, a defesa dos políticos corruptos, inclusive do meu partido, o PT. Mas, convenhamos, ninguém se vende, se não há quem lhe compre. Pior, os empresários financiam o congresso que aí está. Como financiam os prefeitos, a maioria dos governadores, ministros e secretários, prefeitos também e vereadores, idem. A defesa da privatização se obriga a buscar novos argumentos, pois os três últimos grandes escândalos nacionais, o Tremsalão, o petrolão com as empreiteiras corruptoras e os zelotes têm um pouquinho de servidores públicos pelo meio, aqueles de perfil técnico também tão defendido pelos hipócritas e trazem nos planteis das suas quadrilhas, um muitão de empresários e executivos de empresas privadas. É o capitalismo, babacas.

Zelotes
A palavra está na moda, por força de uma operação da polícia federal que está encontrando técnicos e empresários envolvidos com o maior escândalo de corrupção da história do Brasil. Ao menos, enquanto não aparece um maior, como vem sendo com os já conhecidos. Zelote era Barrabás, aquele a quem o povo trocou por Jesus Cristo no julgamento sobre quem deveria ser crucificado. A maior prova de que nem sempre a opinião pública é sábia.

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