sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Aumentar os impostos dos ricos para investir em educação pública

Crítico-sensação do capitalismo, Thomas Piketty é autor do polêmico best-seller O Capital no Século XXI, pela Editora Intrínseca em que defende, a partir da análise de dados inéditos de 20 países, que a desigualdade de renda estaria voltando a aumentar no mundo após décadas em queda. Ele diz que o próximo passo de seu projeto é estudar países emergentes, entre eles o Brasil, e defende que a desigualdade é um dos fatores que inibe o crescimento brasileiro. "Se o Brasil quiser crescer no século 21 precisa garantir que amplos grupos da população tenham acesso à educação de qualidade, qualificação e trabalhos que pagam bem". Acrescente que há uma série de políticas que contribuem para isso. Investir em educação e em instituições sociais, implementar um sistema de impostos progressivo, em que os ricos pagam mais que os pobres, criar boas políticas para o mercado de trabalho e aumentar o salário mínimo – algo que no Brasil foi importante nos últimos 10, 15 anos. Todas essas políticas são complementares. Não dá para escolher. Se você só aumenta o salário mínimo, mas não aumenta a qualificação do trabalhador e sua produtividade terá problemas para sustentar isso com o tempo. O investimento em educação, e, em especial na educação pública, é absolutamente essencial para se reduzir a desigualdade. E a taxação progressiva de rendas altas e grandes heranças pode ser uma forma de obter recursos para investir no sistema de educação pública. É claro que é mais fácil taxar os pobres que os ricos. Talvez por isso em muitos países você tenha esse monte de impostos indiretos – como é o caso do Brasil. Mas provavelmente, a falta de progressividade no sistema de impostos é uma das razões pelas quais a desigualdade é tão grande no Brasil. A alíquota máxima do imposto de renda – algo em torno de 27%, 30% - é pequena para padrões internacionais. E é aplicada a partir de salários muito baixos. Seria possível ter impostos mais altos para quem ganha R$500 mil, R$1 milhão, R$5 milhões e por aí vai.

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Os gastos dos turistas estrangeiros no Brasil batem recorde em 2014. Os visitantes deixaram aqui US$ 6,9 bilhões, segundo o Banco Central.

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