quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

A vida pelo avesso: Veja classifica Aécio como o pior e põe petistas entre os melhores

A revista Veja inventou um tal Ranking do progresso e ali classificou parlamentares federais do Senado e da Câmara Federal. Acostumados às borodadas semanais os petistas ficaram de queixo caído ao verem o senador Aécio Neves, queridinho da revista até o dia da eleição do segundo turno e nos primeiros momentos de tentativa do terceiro turno com as lutas inglórias pelo imepachemente pela não aprovsação das contas de Dilma e ainda a tentativa estapafúrdia de uma “intervenção” militar. Fazia somente uma semaninha que a Veja, aquela mesma que antecipou a eduição da semana da eleição para ser usada como panfleto, disribuido por “militontos” tucanos em quase todas as capitais brasileiras, havia pedido, talvez pela milionésima vez, através do colunista José Roberto Guzzo, “a morte do PT”. E eis que a grande surpresa foi exatamente o último colocado, como o pior senador do Brasil, como um contundente nota “Zero”, algo massacrante para quem passoua  vida brandidno o discurso da meritocracia. Não bastasse o insperado “zero” ao namoradinho da revista, eis que ela revela entre os dez melhores, nada menos que cinco petistas: Gabriel Guimarães, Ângelo Vanhoni, Alessandro Molon, Claudio Puty e Amaury Teixeira para Gabriel Guimarães (PT-MG); entre os top ten do Senado, três são do PT, como Lindbergh Farias (PT-RJ) e Aníbal Diniz (PT-AC). Quanto à desculpa de que Aécio tirou nota “Zero” por ser candidato majoritário, soou mais que falsa, porque Lindenberg e outros dois senadores do PT que estavam disputando cargos majoritários estão entre os dez melhores senadores.

Despedida
Última coluna do ano. A mesma luta de sempre. “Lutar com palavras é a luta vã, no entanto lutamos mal rompe a manhã”. Assim continuaremos nossa batalha ininterrupta. Algumas vezes dominaremos as palavras, noutras, seremos por elas dominados. É a vida. É a luta.

Crise
Produção da Petrobras no Brasil cresce 9% e bate recorde em outubro. A produção de petróleo da Petrobras no Brasil, no 3º trimestre de 2014, atingiu a média de 90 mil barris por dia (bpd), 9% acima do mesmo período de 2013. O volume representa recorde histórico, acima do recorde anterior, registrado em dezembro de 2010. A inflação está dentro da meta; A produção de grãos e de carne é a melhor de todos os tempos. Mas a ideia que continua sendo vendida na mídia é que estamos no rumo do abismo econômico.

Fogo amigo
A nota zero atribuída a Aécio neves pela sua amiga revista Veja deixa a impressão de que ela continua amiga do PSDB, mas o príncipe encantado já não Aécio e que em 2018, tudo indica que a Veja vai de Geraldo Alckmin. Quem sabe, em vez de príncipe a volta do sapo José Serra...

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Patrus no Desenvolvimento Agrário, ponto de equilíbrio

Patrus Ananias será o ministro do Desenvolvimento Agrário. Um nome de peso para um lugar importantíssimo. Sua escolha encerra a discussão sobre a nomeação da ruralista Kátia Abreu para o Ministério da Agricultura. Como já dissemos neste espaço, o ministério que ficou a cargo de Kátia Abreu cuida do agronegócio, nomenclatura pela qual se designa a produção das grandes commodities como soja, milho, trigo, café e também da carne. É o ministério que representa os interesses dos grandes produtores. Gente que possui milhares de hectares de terra e que possuem “roçados” de cinquenta, cem, duzentos mil hectares produzindo com alta tecnologia; gente que cria até mais de cem mil cabeças de boi ou milhões de suínos e frangos. É um ministério de grande importância econômica, pois na maioria dos anos agrícolas, é o campo quem salva a balança de pagamentos do Brasil e a economia recebe do chão, grandes aportes econômicos que acabam salvando o PIB. A agricultura familiar, que é de suma importância social e também tem um peso incontestável na economia, é objeto de cuidados do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que vai para as mãos de um petista da gema, testado e aprovado. Portanto, argumentos, como o de que Kátia Abreu não dará atenção à agricultura familiar, são absolutamente inócuos, pois, como ministra da Agricultura, não lhe caberá mesmo esta responsabilidade. Dilma jogou bem ao nomear Kátia Abreu, presidenta da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), pois desta forma trouxe para perto de si a principal liderança de um setor que, mesmo tendo recebido significativos apoios dos governos petistas sempre foi hostil ao PT e ao governo por questões estritamente ideológicas. Como se não bastasse, ganhou, de quebra, um senador petista na alta câmara, visto que o suplente de Kátia é do PT. E ainda ganhou um importante contraponto ao discurso de Ronaldo Caiado, o goiano que foi presidente da UDR e que irá representar no Senado a direita mais raivosa, ao lado de José Agripino e Aluysio Nunes Ferreira. Como se não bastasse, a presidenta conseguiu dar, sem dar, mais um ministério ao PMDB. Não do jeito que o PMDB queria, pois Kátia Abreu está peemedebista, não o é, em sua plenitude. Patrus Ananias foi ministro do Desenvolvimento Social de Lula por sete anos e foi o criador do mais famoso programa social do PT, o Bolsa Família nos moldes como ele ficou, sob a batuta de Lula, já que aquilo que chamam de Bolsa Família no governo FHC não passa de um rascunho mal feito do programa de sucesso em que ele se tornou.

Matar ou morrer
A profissão do policial no Brasil tornou-se extremamente perigosa. Ao cerca de 450 policiais assassinados no País em 2014. As polícias brasileiras carregam nas costas duas terríveis estatísticas. É neste País onde mais policiais morrem. É neste País onde policiais mais matam. Não dá para ser assim.

Maria do Sindicato
Foi cassada ontem pela Câmara Municipal de Pureza a prefeita do PT, Maria do Sindicato. Sua gestão não deixa saudades ao partido. Um dos principais vereadores a votar pela sua cassação foi um dos representantes da sigla naquele município. Maria ficou famosa nacionalmente quando decretou feriado municipal do dia do seu próprio aniversário, em 5 de dezembro do ano passado.

Difícil
Muito difícil se comunicar com pessoas ligadas à administração municipal de Mossoró.

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Quando falávamos em nossas palestras, há mais de vinte anos, sobre o potencial do Rio Grande do Norte para a produção de energia eólica, a imagem que passávamos não era, nem de longe, a de profeta de uma realidade que não demoraria a se concretizar. O que ganhava cores fortes era a imagem de dom Quixote com que alguns biltres nos desenhavam. Hoje, vemos o Estado tendo suas belas cenas cinematográficas de céu azul cortadas pelas hélices que já geram cerca de MW de energia em 65 parques instalados e em funcionamento. Somos o primeiro estado brasileiro a ultrapassar a marca das mil turbinas em produção. Já são 1007. E temos no município de Areia Branca uma fábrica delas. Das mais potentes, com 120 metros de altura.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Viva Zé Valdir

No dia 7 de fevereiro deste ano de 2014 o Teatro Municipal Dix-huit Rosado foi palco de um grande espetáculo. Foi um show de solidariedade, em prol de José Valdir de Oliveira, que passava na ocasião por um delicado tratamento médico de alto custo. O evento contou com atrações como o Grupo Vina, a banda Radiola Clube e vários artistas convidados. O show intitulado “Viva Zé Valdir” foi idealizado por seus amigos. Entre os idealizadores estavam Aécio Cândido, Anadja Braz, João Liberalino, Otília Neta, Elza Brito, Fátima Araújo, Carlos Lima, Rogério Dias, Emanuel Braz e Herbert Mota. José Valdir era natural do município de Assu, José Valdir é engenheiro agrônomo, poeta, instrumentista, cantor e compositor. Nos anos 1980, estudou e concluiu o curso de Agronomia na antiga ESAM - Escola Superior de Agricultura de Mossoró, hoje Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA). Na primeira metade dos anos 80, José Valdir participou do grupo Sementes da Trupe, que, além dele, tinha como componentes Herbert Mota, Honorata (Nôra), Júlia Aires, Wilson Sabiá (percussionista) e Wilson Miguel. Segundo Herbert Mota, o grupo interpretava composições próprias, mas trazia para o cenário artistas excelentes, ainda que iniciantes e de pouca expressão em nível nacional, como é o caso de Tetê Espíndola, Almir Satter, Xangai, Vital Farias, entre outros. “Participamos do ‘Festival do Forte’ em Natal, em 1984, e fizemos apresentações em algumas universidades como em Campina Grande, João Pessoa e Natal. Temos várias composições daquela época que jamais foram gravadas. Não posso deixar de citar, para registro, as festas na famosa casa 14 da Vila Acadêmica da ESAM, onde rolava muita música de qualidade, bem assim os inesquecíveis Shows de 1º de Maio que eram realizados em Mossoró onde José Valdir sempre participou. Desfez-se o grupo e cada um seguiu seu caminho, sem, no entanto, perder o contato. Valdir fez por merecer o curso e o diploma de engenheiro-agrônomo e estabeleceu-se na atividade agrícola, permanecendo no Vale do Açu, executando a musicalidade, “nas horas vagas”.. Nos últimos dias de 2013, José Valdir foi acometido por problemas de saúde que demandaram um dispendioso e intensivo tratamento, que já está em curso para o combate a um tumor detectado na sua cabeça. O tratamento foi realizado em Natal, mas os últimos meses ele passou em casa, em Assu, sob os cuidados e dedicação total de sua companheira Maira Leilane, secretária de Ação Social de Assu e presidenta do Conselho Estadual de Assistência Social.

FotoLegenda
José Valdí, engenheiro-agrônomo, músico e amigo/irmão, despediu-se ontem no final da tarde dos amigos e familiares. Há um ano lutando contra um C.A no cérebro, Valdir deu provas incontestes de resistência. Mas, chegou ao limite, deixando imensa tristeza e uma lacuna impreenchível nos corações dos muitos amigos e parentes. Seu sepultamento será hoje às 16 horas. O velório está acontecendo no Centro de Velório Sempre, do Grupo Vila, em Assu. Sua partida cala um violão amado por todos nós, por isto e por tudo que ele representa e sua memória representará para todos nós que privamos da sua benéfica convivência, dedico o poema Canto Fúnebre sem Música, de Edna St. Vincent Millay, tradução de Lauro Machado Coelho:
Não me resigno a encerrar quem amei no chão duro.
Sempre foi, sempre será assim, desde que o mundo é mundo:
Lá vão eles nas trevas, os sábios, os bem-amados. Coroados
De lírios e louros eles se vão; mas não consigo me resignar.

Amantes, pensadores, vão para debaixo da terra,
Em união com o pó opaco e indiscriminado.
Um fragmento do que vocês sentiram ou souberam,
Uma fórmula, uma frase sempre fica – mas o melhor se perde.

As respostas prontas, o olhar honesto, o riso, o amor
Vão-se embora. Vão nutrir as rosas. Elegantes e sinuosas
Serão suas flores. Perfumadas elas serão, eu sei. Mas não aprovo.
A luz de teu olhar valia mais do que todas as rosas do mundo.

À escuridão do túmulo eles descem, descem,
Docemente eles descem, os belos, os ternos, os amáveis;
Lentamente eles descem, os astutos, os sábios, os bravos.
Eu sei. Mas não aprovo. E não consigo me resignar.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

PT e Lula: Quanto mais batem, mais crescem

Artigo de Luis Nassif, no blog Diário do Centro do Mundo, nos dá verdadeira dimensão do Febeapá jurídico em que está envolvido o PSDB contra Dilma Rousseff, sob a batuta de um fanático boçal, chamado Carlos Sampaio, coordenador jurídico do partido. Vejamos: Um antigo provérbio diz que, para quem só sabe usar martelo, todo problema é um prego. O deputado federal Carlos Sampaio, promotor, desponta no PSDB e no cenário nacional não pelas propostas inovadoras, pelas ideias, pela postura — nada disso, a não ser por sua capacidade incrível de recorrer à Justiça contra o governo Dilma seja por que motivos, especialmente os mais absurdos. Coordenador jurídico do partido, sua jogada mais recente foi entrar no TSE pedindo a diplomação de Aécio, o que virou motivo de piada mundial. Mas Sampaio já vem dando suas cacetadas há tempos. Ele já protocolou na Procuradoria Geral da República uma representação por improbidade administrativa contra Dilma por causa do envio de cartões de Natal aos servidores públicos. Fez o mesmo, desta vez na Comissão de Ética da presidência, por causa daquela escala da comitiva presidencial em Lisboa, na volta de Davos. Pediu explicações quando Padilha, então ministro, convocou uma cadeia de rádio e TV para falar da campanha nacional contra o HPV. Talvez Padilha devesse, na visão de Sampaio, mandar um SMS. Requisitou a apuração de uma possível lavagem de dinheiro no processo de arrecadação de fundos para pagar multas dos petistas condenados pelo mensalão. Questionou juridicamente se o PT não fazia apologia ao crime no ato de desagravo em Brasília durante um congresso nacional no ano passado. Ele é o autor do relatório paralelo sobre os trabalhos da CPMI da Petrobras, no qual citou o falecido ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, para provar sua “isenção”. Em outubro, acreditava-se que Sampaio já atingira o teto da esculhambação. Foi ele quem apresentou o pedido ao TSE para verificar a “lisura” da eleição. Segundo o texto protocolado, a apuração e a infalibilidade da urna eletrônica foram questionadas nas redes sociais. No próprio tribunal os juízes lembraram-se de outros questionamentos do Facebook, por exemplo, se Elvis está vivo. Carlos Sampaio faz o que faz porque sabe que suas chantagens darão notícia, por mais estapafúrdias. É ele quem alimenta os boçais em redes sociais, criando um ciclo vicioso conspiratório. Em seu site, ele se orgulha: “Amigos, a imprensa deu destaque ao nosso relatório paralelo na CPMI da Petrobras, muito mais abrangente do que o relatório oficial.” Na vida real, o deputado mais votado da região de Campinas recebeu 250 mil reais de uma empreiteira envolvida no Lava Jato, de acordo com o jornal O Globo. Sampaio não se manifestou sobre o caso. E nem vai. Sua campanha arrecadou, oficialmente, 3 milhões de reais. Em março, escreveu um artigo na Folha sobre a decisão de Aécio de tentar impedir o Google de mostrar resultados vinculando seu nome ao uso de cocaína. “Quem o conhece [Aécio] sabe que ele sempre defendeu a liberdade de imprensa, de opinião e de expressão”, diz Carlos Sampaio, a nova liderança do PSDB, um homem para não esquecer, um sicofanta com um longo caminho pela frente, isso se ele não processar a si mesmo em sua sanha de carimbador maluco.

Petrobras
Anteontem as ações da Petrobras subiram 5% de valor na Ibovespa. Para a mídia golpista, o aumento foi devido ao crescimento do PIB dos Estados Unidos. Engraçado é que quando as ações da Petrobras caem de valor, a culpa é do PT. Especialmente “da corrupção do PT”. Mas... o mesmo escândalo que “baixou as ações” continua no ar, e agora, que as ações subiram, o mérito é do crescimento do PIB americano. Lindo, né? E ainda tem quem ache que Papai Noel não existe.

Mariel
Já não encontro os biltres de dois meses atrás questionando como uma atitude irresponsável, estapafúrdia a parceria do Brasil com Cuba, com o BNDES emprestando recursos para a construção do Porto de Mariel em Cuba. Com a atitude de Barack Obama sob as bênçãos do Papa Francisco, retomando as negociações para o fim do embargo, restou provado que o Brasil estava certo. Afora os argumentos altamente consistentes em favor da parceria. Veja-se vídeo no yuotube onde diretor da CNI defende a atitude brasileira.

"Non passará"
Sente-se que a volta da ditadura é uma proposta idiota que não passará. A derrubada do busto do ditador Costa e Silva, numa praça, e a estridente vaia em Jair Bolsonaro que evitou de emitir seus relinchos numa palestra na faculdade de Direito da Universidade federal Fluminense, demonstram que o Brasil tem jeito.

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 Imagem de uma loja em qualquer parte do Brasil, mostrando o aglomerado de gente nas compras de véspera de Natal. A imagem não condiz com a ideia de um país falido que Aécio Neves e seus asseclas da imprensa golpista divulgaram nos últimos meses sobre o Brasil governado pelo PT nos últimos doze anos. Seria bom que se pudesse comparar com alguma foto do comércio nas vésperas dos últimos natais do governo Fernando Henrique Caviloso...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

O que não estão contando para você Sobre a crise mundial do petróleo

Ojornalista Paulo Nogueira, fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo publicou artigo imperdível sobre a crise do petróleo, que a mídia tupiniquim pretende mostrar como um problema brasileiro e exclusivamente petista. Vejamos:
Em sua eterna luta para jogar mais sombras onde já não existe luz, a imprensa brasileira está ignorando o fato mais importante do ano na economia mundial: a dramática queda do preço do petróleo. É um fato que terá impactos brutais no mundo globalizado, mas a mídia nacional prefere centrar seus holofotes na Petrobras, como se se tratasse de um caso único de depressão num ambiente de extrema alegria. Desde junho, quando atingiu o pico de 115 dólares o barril, o preço do petróleo caiu pela metade. Nesta semana, o barril está sendo vendido na casa dos 60 dólares. Vários fatores se somaram para que isso acontecesse, mas você pode resumir a explicação na tradicional lei da demanda e da oferta. A produção de petróleo, hoje, supera amplamente o consumo. Isso está ligado à crise econômica mundial. Com sua economia se desacelerando, a China consome hoje muito menos petróleo do que fazia. O mesmo ocorre com outra potência, a Alemanha. Os Estados Unidos, tradicionalmente os maiores importadores, está quase auto-suficiente, graças ao “shale oil” —  saudado como uma revolução no campo energético. Trata-se, essencialmente, da extração de gás e petróleo do xisto, um tipo de rocha. Reduzida a demanda, era esperado que a OPEP, a organização que congrega os maiores exportadores, baixasse sua produção, para defender o preço. Mas não. Para surpresa generalizada, a OPEP, numa reunião em novembro, decidiu manter a produção nos mesmos níveis. Foi quando o universo do petróleo entrou em convulsão. Mas por que os produtores tomaram essa decisão? Especialistas acham que o objetivo maior é matar o “shale oil” americano. A extração é muito mais cara. Caso o barril fique barato, a indústria do “shale oil” tende a se inviabilizar, e esta seria uma excelente notícia para os países da OPEP. Mas efeitos muito mais imediatos da baixa da cotação estão já sendo sentidos em países como a Rússia, o Irã e a Venezuela. Todos eles dependem visceralmente das exportações de petróleo. Para o orçamento russo se manter equilibrado, o barril deve estar na faixa dos 100 dólares. Economistas já preveem uma queda de 5% do PIB russo em 2015. O sofrimento russo deu margem a que fosse ventilada a teoria de que por trás de tudo estariam os Estados Unidos, empenhados em criar problemas para Putin. Faz sentido? Faz. Ou pode fazer. Mas o custo, para os americanos, é elevado. Sua florescente indústria de “shale oil” pode simplesmente se desintegrar. E o Brasil, no meio disso tudo? Vejamos nas Notas Curtas:

Controlando a inflação
O quadro ainda não é totalmente claro. Há alguns benefícios: apesar de produzir como nunca, o Brasil ainda é um grande consumidor de petróleo. Isso significa que as despesas de importação se reduzirão substancialmente. É, também, um alívio financeiro para a Petrobras, que subsidia os consumidores brasileiros. A Petrobras vende a gasolina no Brasil por um preço inferior àquele pelo qual ela compra. O subsídio se destina, primeiro e acima de tudo, a controlar a inflação.

Ruim para todo mundo
A ameaça mais séria, para o Brasil, vem do pré-sal. Como o “shale oil” americano, a extração do pré-sal é mais cara que a convencional. Alguns estudos sugerem que com o barril a 40 dólares o pré-sal se inviabilizaria. Mas antes disso a vítima seria a indústria americana de óleo alternativo. É razoável supor que o barril não descerá muito além dos 60 dólares.

Não é só a Petrobras
A OPEP disse que ia esperar uns meses para ver o que ocorria. Um preço muito baixo, por um tempo longo, poderia ser fatal para a OPEP. Assim, é presumível que, em algum momento nos primeiros meses de 2015, a produção seja reduzida para que o preço se recomponha. Enquanto isso, as companhias petrolíferas são ferozmente castigadas. Nos últimos seis meses, as ações da Goodrich Petroleum caíram 86%. As da Oasis Petroleum, 75%. A Petrobras é um caso entre muitos, e não um caso único, ao contrário do que a imprensa brasileira noticia.

Principal fato
Nada na economia mundial, em 2014, foi tão importante quanto o colapso dos preços do petróleo – mas a mídia brasileira, no afã de bater na Petrobras e consequentemente no governo, parece que não percebeu.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

A crise da água e as perspectivas futuras

Muito pertinente o artigo de Marcelo Buzaglo Dantas, advogado, pós-doutor em Direito, consultor jurídico na área ambiental e membro da Comissão de Direito Ambiental da OAB/RJ e da Comissão Permanente de Direito Ambiental do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) e também membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza. Importante lê-lo e sobre o que é dito refletir para entender crises, como a que vive a população de São Paulo com falta d’água. Vejamos:  O ano de 2014 no Brasil foi marcado, dentre outras coisas, pela escassez de água. Fenômeno até então pouco conhecido fora dos limites do Norte e do Nordeste do País, a seca chegou ao Sudeste e região. Fruto da ausência de chuvas, possivelmente associada às mudanças climáticas, outros fatores também contribuíram para a terrível (e ainda não solucionada) situação a que chegamos. A falta de cuidado com a vegetação ciliar onde ela ainda existe é também apontada por especialistas como uma das causas do problema, na medida em que a devastação das áreas circundantes de rios, cursos d’água, lagos, lagoas, reservatórios e similares contribui para o assoreamento e, portanto, para as perdas qualitativas e quantitativas dos elementos hídricos e de suas funções ecológicas. Por isso, a contundente crítica dirigida ao Novo Código Florestal quando, no particular, reduz os limites de proteção da mata ciliar, já que a faixa de Área de Preservação Permanente (APP) passa a ter a metragem contada a partir da “borda da calha do leito regular” do rio – e não mais do seu “nível mais alto”, como outrora – deixando desguarnecidas áreas alagadiças que exercem importantes funções ambientais. De todo modo, mesmo no regime florestal anterior, as dificuldades de fazer implementar a legislação ambiental no Brasil sempre foram muitas, a ponto de ter se tornado lugar comum afirmar que o país possui um dos mais bem estruturados sistemas legais de proteção ao meio ambiente do mundo, o qual, contudo, carece de efetividade. A cultura que se desenvolveu no país nunca foi a da preservação. Por aqui, sempre se preferiu investir na reparação dos danos a propriamente prevenir para que aqueles não acontecessem. No caso dos recursos hídricos, jamais fizemos como os nova-iorquinos: preservar os mananciais para não ter que investir em saneamento. O resultado é conhecido: o povo daquele Estado americano altamente industrializado possui uma das águas de melhor qualidade do planeta. No Brasil, contudo, a preocupação com a água nunca foi a tônica dos setores público e privado. Exceção feita a poucas iniciativas aqui e acolá, a regra sempre foi a poluição dos elementos hídricos. Desnecessário citar exemplos, infelizmente. Por outro lado, é incontestável que os instrumentos de comando e controle, tão enaltecidos por muitos, não tiveram o condão de diminuir os efeitos da degradação do meio ambiente. Não fosse assim, o Código Florestal anterior, aliado a uma série de outras normas legais (Sistema Nacional de Unidades de Conservação, Lei da Mata Atlântica, etc.) teria sido responsável pela redução do desmatamento. Não foi, contudo, o que aconteceu. Logo, torna-se necessário partir-se para uma nova era. Um tempo em que se passe a investir intensamente na valorização e na recompensa daqueles que realizam serviços ambientais. A lógica é simples: em vez de simplesmente punir aquele que descumpre a legislação – o que, repita-se, revelou-se ineficaz – remunera-se quem preserva. É uma inversão total daquilo que sempre se praticou no Brasil. Em vez de “poluidor-pagador”, passa-se para a tônica do “protetor-recebedor”. Iniciativas como essas vão desde a remuneração financeira aos pequenos proprietários rurais que preservam a vegetação que protege as águas, passando por incentivos tributários à preservação ecológica (IPTU verde, ICMS ecológico, redução de IPI para produtos ambientalmente sustentáveis, etc.), maior incentivo financeiro à criação de reservas particulares do patrimônio natural (RPPNs), estímulo à comercialização de créditos de logística reversa e de cotas de reserva ambiental, entre outros. Ganham as pessoas, ganha o meio ambiente e ganha a sustentabilidade. Já está mais do que na hora de se reconhecer que a proteção do meio ambiente não é apenas uma fonte geradora de despesas, mas pode se tornar uma grande oportunidade para se obter recompensas financeiras efetivas, ao mesmo tempo em que se contribui para a melhoria da qualidade ambiental das presentes e futuras gerações.

Cargos
Amigos me perguntam sobre os cargos que o PT irá ocupar no Governo Robinson Faria e ainda sobre os nomes que estão sendo apontados. Respondo que de nada sei, visto que encontro-me totalmente fora desta discussão. A única certeza que tenho é quanto ao meu próprio nome, que não está disponibilizado para entrar na discussão. 

Grandeza
Aos que agridem pessoas de esquerda mandando ir para Cuba por entenderem ser o centro do inferno, devemos lembrar que Cuba está reatando as relações diplomáticas com os Estados Unidos e quem está intermediando é exatamente o papa Francisco, que, com sua grandeza neste episódio se revela diplomata e estadista.

Mudança de perfil
Muda o perfil social dos futuros brasileiros com nível superior de escolaridade. Quatro vezes mais jovens entre os 20% mais pobres da população brasileira estavam na universidade pública em 2013 em comparação com 2004, segundo a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE. De acordo com a pesquisa, esses alunos representavam 1,7% do total em 2004 e passaram a ser 7,2% em 2013.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Fátima, a governadora em 2018. Isso não é mera especulação

Claro que sempre que termina uma campanha, começam não só as especulações, como também as próprias articulações para, pelo menos, as duas campanhas seguintes. No caso atual, a de prefeito em 2016 e a de governador e senador em 2018 já contam com seus balões de ensaio. Mas... em se tratando de previsões, articulações, ilações e outros babados em relação a 2018, surge nas esquinas potiguares uma pretensa candidatura da senadora Fátima Bezerra ao Governo do Estado, mesmo sabendo-se que Robinson Faria chegará àquele ano com direito à reeleição. Essa tal candidatura não tem a menor raiz nos planos do PT nem da senadora. Ela nasce dos laboratórios da maldade mantidos vivos pelos derrotados de 2014. Robinson tem chance de se projetar como um grande governador. Reúne até condições objetivas de ser o maior governador de todos os tempos, visto que não está sob as rédeas das oligarquias que historicamente tanto mal fizeram ao Estado. Mas, convenhamos, o sucesso do governo Robinson para além do seu desempenho pessoal como gestor também depende muito da aliança com partidos não viciados em retalhar, lotear e saquear a nossa capitania hereditária. O apoio de Brasília também lhe será fundamental. Como o PT é o principal partido aliado e, pelo que Robinson tem deixado claro, será bem aquinhoado na parceria do exercício do poder no Estado, além de ter reconhecida influência nos caminhos de Brasília, cabe aos derrotados e seus puxa-sacos da mídia cuidar de “botar gosto ruim” nessa relação que promete ser fértil e longa. Temem a repercussão desse trabalho já em 2016, com a disputa à Prefeitura da capital, quando o PT deverá apresentar como candidato Fernando Mineiro, que teve ótima performance na eleição passada, quando não contou sequer com o apoio da cúpula do PT. Agora, porém, Mineiro é visto com simpatia lá por cima e já tem o apoio explícito de Robinson Faria, que teve a maior de suas decepções com seu grande amigo de infância Carlos Eduardo, a quem houvera apoiado contra o próprio Mineiro e agora lhe deu “com os pés na cara”, apoiando o “Golias” Henrique. Atrapalhar o sucesso da colisão Robinson/PT/PCdoB é urgente para os derrotados. E a melhor maneira é tentar assustar o governador com o fantasma de uma candidatura ao posto que ele deverá, naturalmente, disputar em 2018. Mas... pelo jeito, Robinson não é de se assustar nem Fátima é de se deixar picar pela mosca-azul. Portanto, creio que a aliança tem vida longa, estendendo-se por 2016, 2018 e assim por diante, até que em 2022, Fátima possa, sem trauma, ir para a cadeira de Robinson e Robinson para a dela. Que fique claro que esse boato não é mera especulação. É um jogo sórdido dos derrotados para tentar afastar Robinson do PT. Mas me parece que se trata de uma aposta sem chance de sucesso.

Procissão
Em anos eleitorais, depois das procissões de Santa Luzia em Mossoró e Santos Reis em Natal, começa outra procissão em nada católica, muito menos apostólica. É a enxurrada de prefeitos apoiadores do candidato a governador derrotado, que em fila batem às portas da Governadoria, querendo vender a qualquer custo a sua “fidelidade” ao rei posto. Temem o crescimento do agrupamento que, em seus municípios, apoiou o governador eleito. E, na maioria dos casos, conseguem se aninhar nos gabinetes governamentais arrastados nas cordas de caranguejos dos deputados adesistas. Essa prática avacalhou a política potiguar, a ponto de termos uma política, sem cores, sem bandeiras, sem símbolos, sem coerência e, acima de tudo, sem caráter.

Não abandonar quem não abandonou
Em alguns casos, a lógica do dominó político, em que uma pedra que cai derruba outra, ou a do elevador que ao subir leva consigo algo ou alguém. É evidente que apoiadores de Robinson Faria nos municípios, especialmente naqueles municípios onde defender a candidatura Robinson era quase pregar no deserto, esperam dele solidariedade e respeito. Esperam que seu governo sirva para armá-los para a disputa de 2016. Para que apoiar um governador eleito, uma senadora e uma presidenta eleitas e depois ver quem os combateu aboletado nos sofás da Governadoria e dos ministérios, deixando no ostracismo quem ergueu a bandeira vitoriosa?

Agora todo mundo quer...
Em função do exagero de políticos tradicionais apoiando Henrique a troco de prestígio ou de dinheiro, além das apostas aparentemente sem risco, na “bolsa mercantil do futuro eleitoral”. Esses apoiadores esperam que Robinson não cometa os erros de Garibaldi e Vilma, que abandonaram correligionários de todas as horas a troco de qualquer prefeito de meia tigela que, por estarem investidos dos cargos executivos dos municípios, sendo, portanto portadores de canetas e cofres cheios de tinta e grana se achavam donos dos votos do povo. Foi assim que os dois governaram com avaliações superfavoráveis e perderam as eleições seguintes. Robinson tem todo o direito de não cometer a mesma estupidez.

Ter lado
Robinson, com certeza, já deve ter aprendido que política tem lado. E tanto tem, que o lado anti-Henrique, que parecia absolutamente inviável, ganhou. E ganhou bonito, enquanto o lado de Henrique, que parecia absolutamente invencível, perdeu. E perdeu feio.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

PT e Lula: Quanto mais batem, mais crescem

OPIG – Partido da Imprensa Golpista sempre que tem seus interesses escusos contrariados se enraivece e vai pra cima do PT. Não é difícil fazer um mapa dos grandes escândalos do PT para ver que, sejam eles fundamentados ou não, sempre coincidem com interesses contrariados do PIG ou da elite nacional e internacional associada às seis “famiglias” que controlam a imprensa brasileira. O povo, na sua santa vontade de combater a corrupção, quase sempre embarca na jogada. Quando tem fundamento vai mais longe, mas quando se trata de factóide logo despreza o PIG e vai para onde sopram os ventos da verdade. Mas tem outro momento em que o povo, mesmo com algum fundo de verdade nas denúncias, como é o caso deste escândalo da vez, fica filtrando as responsabilidades e quando descobre que a roubalheira é de petistas, mas é muito mais de tucanos, “demos” e outros oposicionistas, manda o PIG e seu bombardeio, às favas. É o caso do momento. O PT, sigla cuja preferência já havia chegado a 29% de preferência do eleitorado, caiu vertiginosamente após a grande onda de protestos de 2013 e diante do bombardeio das eleições passadas chegou a 16%. Pouco, mesmo que o segundo lugar, o aliado PMDB, não passe dos 9% de preferência. Mas... Eis que, mesmo sob fogo cerrado o cenário está mudando radicalmente. Em recente pesquisa do Instituto Datafolha, Lula foi considerado o melhor presidente do Brasil, por 64% dos entrevistados. A mesma pesquisa mostrou que o PT cresceu na preferência dos brasileiros para 22%. O reconhecimento pelas realizações do governo Lula é registrado em todos os segmentos e é maior entre os jovens, com 64%, e 46%, entre os mais velhos. Entre os mais escolarizados, o petista teve o reconhecimento de 41%. Até entre os mais ricos, Lula ganhou de FHC, ficando com 36% de aprovação contra 32% do tucano. Entre os entrevistados com ensino superior, o PT garantiu 16% de preferência, contra 14% do PSDB. E entre os que ganham mais de 10 salários mínimos, o PT levou 17%, contra 13% do PSDB. Até mesmo na região Sudeste, onde o PSDB conquista os melhores resultados nas urnas, a preferência pelo PT foi de 22%, à frente dos 9% para os tucanos. Ou seja, a votação de Aécio, o abominável homem das “Neves”, foi fruto de um momento específico, artificial e fugaz como nuvem passageira.

Mossoró com alegria
A força da religião em Mossoró continua sendo muito grande, em todas as expressões da fé. É indubitável o crescimento das igrejas evangélicas por aqui, como ocorre em todo o Brasil.  A força das denominações evangélicas que são muitas e se multiplicam a cada dia, como hidra. Mas quando acontecem eventos religiosos ligados aos santos, a pujança do catolicismo vem à tona. A procissão de Santa Luzia/2014 trouxe uma polêmica duplamente positiva para a Diocese que comemora 80 anos. Os organizadores avaliam em 150 mil fieis, enquanto a Polícia Militar, que tem muita experiência em calcular número de gente em aglomerações, avalia em 200 mil presentes.

Questão de ponto de vista
Outro aspecto que está causando uma polêmica intensa é a ideia de construir uma estátua de Santa Luzia, de porte gigantesco. Uns questionam o tamanho, se será mesmo a maior estátua religiosa do mundo, ou não; Outros questionam se é justo investir dinheiro público numa obra que tem um viés religioso, mesmo sendo o estado laico. Cá da minha banda, entendo como um investimento turístico e não religioso, em si. Discordaria frontalmente de ver o erário construindo um templo, ainda que ecumênico ou pagando salários a sacerdotes ou pastores. Que a estátua tem inspiração religiosa, isso tem. O Cristo redentor também tem, mas não se pode negar sua enorme força turística. 

É preciso ter visão
Estudei a fundo o Juazeiro do Padre Cícero e ninguém, em sã consciência se atreveria a me chamar de devoto, muito menos de fanático, mas posso dizer que a estátua do patriarca católico do Cariri, transformou-se num atrativo econômico de grande porte. Juazeiro não tem petróleo, nem agropecuária, nem cerâmica, nem calcário, nem sal, nem nada do que tem na privilegiada economia mossoroense, mas tem um PIB equivalente ao nosso e cresce a taxas superiores às chinesas. E não restam dúvidas de que o carro chefe da economia dali é a o turismo religioso, por mais que os devotos do padre Cícero não gostem do termo “turismo” para expressar a “peregrinação” que 2,5 milhões de pessoas fazem à cidade por ano, com cada um deles deixando em média mil reais no meio circulante local

Outros exemplos
Tenho observado o resultado da estátua de Santa Rita de Cássia, em Santa Cruz-RN, uma tradição construída em quatro ou cinco anos e analisei o turismo religioso no Brasil e no mundo para melhor entender Juazeiro do Norte. E posso dizer que a construção da estátua de Santa Luzia, padroeira de dezenas de cidades brasileiras, padroeira da Suécia e padroeira dos oftalmologistas e tendo como devotos todas as pessoas que têm problemas de visão ou têm pessoas assim na família, é uma grande sacada.Mossoró só tem a ganhar com este empreendimento. Lembrem-se de que o Turismo Religioso é o quarto principal segmento da indústria sem chaminés.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Suécia, um modelo para o mundo. Lá, o 1º ministro é chamado de ‘Lula do Norte’

Reproduzo neste espaço artigo de Abdias Duque de Abrantes, jornalista, servidor público, advogado e pós-graduado em Direito Processual do Trabalho pela UnP, sobre a Suécia, onde o primeiro ministro Stefan Löfven é apelidado de "Lula do Norte". Cabe uma reflexão sobre o motivo do apelido. Mas, importante mesmo é ler o artigo. Ei-lo: A Suécia é um país nórdico, localizado na península Escandinava, na Europa Setentrional. Possui uma população de cerca de 9,2 milhões de habitantes. A capital e maior cidade da Suécia é Estocolmo (com uma população de 1,3 milhão na área urbana e de 2 milhões na área metropolitana), centro do poder político e econômico do país. O sueco é desde julho de 2009 a língua oficial da Suécia, sendo falado pela maioria da população. Cerca de 75% da população sueca é ateia ou agnóstica, apesar de a religião ser absolutamente livre e de o ensino de religião (todas) nas escolas ser obrigatório. Os católicos representam cerca de 1,9% e os pentecostais, cerca de 1%. Outras religiões (islamismo, judaísmo, igreja ortodoxa e outras), somadas, dão cerca de 11%. A Suécia é uma monarquia constitucional com um sistema parlamentar de governo, com uma economia altamente desenvolvida e diversificada. O principal órgão legislativo da nação é o Riksdag (Parlamento da Suécia), com 349 membros que escolhem o primeiro-ministro do país. As eleições legislativas são realizadas a cada quatro anos. O país ocupa o quarto lugar do mundo no Índice de democracia, depois da Islândia, da Dinamarca e da Noruega, segundo a prestigiada revista inglesa "The Economist". O ex-metalúrgico e ex-sindicalista, Stefan Löfven do Partido Social Democrata, é o primeiro-ministro do país desde 3 de outubro de 2014, pondo fim a um período de preponderância de governos conservadores. Depois de ter trabalhado nos correios e numa serração, Stefan Löfven esteve empregado como soldador numa empresa de fabrico de material de guerra em Örnsköldsvik entre 1979 e 1995. A partir de então, foi muito ativo no poderoso Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos, um dos maiores sindicatos do país, e uma importante organização do movimento operário social-democrata na Suécia, tendo sido presidente no período 2006-2012. Stefan Löfven é normalmente apelidado de “Lula do Norte”, pela imprensa europeia. Alcunha, aliás, endossada por ele próprio: após várias visitas a São Bernardo do Campo - SP, berço do movimento sindical brasileiro, ele se transformou em admirador do ex-presidente brasileiro. Para não quebrar a estrutura da coluna, vamos dividir o restante do artigo em notas curtas.

Elogio
“Sou um grande admirador do presidente Lula e posso dizer que fico lisonjeado com essa comparação. Nós temos trajetórias parecidas: ambos viemos do movimento sindical e depois entramos para a política. Isso fica claro quando nós nos encontramos. Lula é sem dúvida uma das minhas maiores inspirações”, disse o primeiro-ministro da Suécia Stefan Löfven. O país é considerado um dos mais socialmente justos da atualidade, apresentando um dos mais baixos níveis de desigualdade de renda do mundo. 

Direitos iguais
Isso se reflete no fato da Suécia estar, desde que a ONU começou a calcular o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de seus membros na década de 1980, entre os mais bem colocados países do mundo de acordo com o indicador. Os direitos são iguais para homens e mulheres. E as conquistas sociais são uma realidade em todas as ilhas que formam a Suécia. Os suecos têm de graça tudo que é essencial: saúde, educação e conforto. E quando uma criança nasce, o pai e a mãe têm os mesmos direitos. Um ano e quatro meses em casa para cuidar do bebê. A família pode escolher a época de tirar a licença até a criança completar quatro anos. 

Políticas públicas
O sistema escolar é em grande parte financiado pelos impostos. O governo sueco trata escolas públicas e privadas igualmente. A merenda escolar é gratuita para todos os alunos. A Suécia oferece creches que funcionam durante a noite e finais de semana para atender pais que trabalham em turnos não convencionais. A Suécia tem um histórico de bom tratamento para pais que precisam de creches e regularmente está entre os países apontados entre os melhores do mundo para criar os filhos. 

Diferenças menores
As crianças têm todos os direitos garantidos: estudam de graça dos seis anos de idade até a universidade. Na Suécia, as diferenças entre os sexos são cada vez menores. Lá, homens e mulheres têm as mesmas oportunidades e dividem os mesmos espaços – em casa, na universidade e no trabalho. As leis são sempre aperfeiçoadas para proteger a mulher da violência doméstica e do tráfico sexual.

sábado, 6 de dezembro de 2014

A Lista dos Schindler pelo avesso

Uma das melhores descobertas da Comissão da Verdade é a confirmação de que a ditadura sofrida pelo Brasil não foi apenas uma ditadura militar, mas acima de tudo, uma ditadura civil-militar. Não é absolutamente uma novidade, pois um dos filmes, se não me engano, “O Que é isso, companheiro”, dirigido por Bruno Barreto foi criticado por querer mostrar que a ditadura não era apenas militar, mas também civil, com ampla participação da iniciativa privada no financiamento e apoio político do golpe que derrubou Jango e da consolidação da ditadura que durou vinte anos. O Jornal A Folha de São Paulo, é acusado até mesmo de emprestar suas kombis para transportar presos políticos a caminho das câmaras de tortura. Houve até usineiro que emprestou o forno de queimar o caldo da cana para fazer o açúcar que cedeu o equipamento para queimar militantes da esquerda, caso do grande deputado potiguar Luiz Maranhão. No Nazismo não foi diferente. O filme A Lista de Schindler mostra côo empresas estiveram diretamente ligadas aos interesses do III Reich. Schindler foi uma exceção ao aproveitar as facilidades que desfrutava junto ao regime para salvar uma boa quantidade de judeus. Sabe-se que a IBM, que Coco Chanel e milhares de empresários deram apoio fortíssimo ao carrasco da humanidade, em nome do combate ao comunismo e aos judeus. Como em 1964 e a exemplo do nazismo, há empresas de grande porte dando apoio às estripulias de Aécio neves, para botar idiotas nas ruas de São Paulo, com especialidade, mas também de outras cidades. Já foram identificados alguns dos pesos pesados do PIB, no financiamento à bandalheira que Aécio está tentando promover com o fim de criar um clima de deslegitimação das eleições vencidas por Dilma Rousseff. Foi constatado que o site que convoca os “militantes” é registrado em nome de uma tal Fundação Estudar, de CNPJ: 040.287.005/0001-61 e tendo como responsável um tal Fabio Tran. Estranho uma Fundação ser a dona do site de mobilização contra o Governo. Pois bem, uma pesquisa no Google mostra que os fundadores desta tal Estudar são Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles. Alguns dos empresários mais ricos do país. São donos de Ambev, do Burguer King e outras franquias. Não por acaso, os “bonzinhos” empresários financiadores de Aécio, ganham os tubos de dinheiro cada vez que as ações da Petrobrás caem de valor, diante das “manifestações em defesa da ética”.

Detonando
O velho ditado de que não se pode matar a vaca para atingir o carrapato, cabe muito bem na atitude mesquinha e cretina do senador eleito, José Serra. Acabou de declarar numa reunião com militantes tucanos que quando era governador de São Paulo, mancomunou-se com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, seu ex-colega de faculdade para de forma mal intencionada colocar Campinas no projeto do Trem Bala com o intuito, não de beneficiar campinas, mas sim, de retardar o projeto a ponto de inviabilizá-lo. E conseguiu. Um dia, porém São Paulo terá o Trem Bala, talvez com uns dez anos de atraso e verá o mal que José Serra lhe fez no afã de prejudicar o governo do PT.

Clima
Impossível abafar o clima de profunda insatisfação nos intramuros do PT de Mossoró. Uma boa limonada vem se transformando aceleradamente em limão muito azedo.

Robinson
A cúpula estadual do PT conversou anteontem com o governador eleito Robinson Faria. Este colunista teve a oportunidade de participar de uma reunião que antecedeu aquela conversa. A preocupação número 1 é a de que o PT não pode se deixar enganar como em parcerias anteriores em que o PT sempre entra com o pescoço enquanto os parceiros entram com a corda e administram o cadafalso. Há muita esperança de que “nada do que foi será...”

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

A história real da velhinha do Congresso que ‘poderia ser sua mãe’

O site Diário do Centro do Mundo traz um artigo de Paulo Nogueira bem esclarecedor sobre a “vovozinha” que se uniu com “lobão mau” para comerem juntos todos os que ousuam usar chapeuzinho vermelho. E eis que descobrimos que a pobre velhinha, aquela senhora que poderia ser a mãe ou a avó de qualquer um de nós, mataria todos os comunistas bolivarianos lulodilmistas do Brasil e do mundo se lhe dessem armas para isso. Durou pouco, bem ao estilo da Era Digital, a farsa montada em torno de Ruth Gomes de Sá depois que ela foi fotografada quando um segurança a continha no Congresso. A revista Fórum fez o que nenhum repórter das grandes companhias fez: foi checar a acurácia das declarações da idosa no Facebook. E então descobriu, primeiro, que a “aposentada” se apresentava como servidora pública. Depois, que é integrante de um grupo de extrema direita que prega não apenas o impeachment de Dilma, mas uma intervenção militar nos moldes da de 64. Rapidamente, ela retirou seu perfil no Facebook do ar. Não sem antes, é claro, ser objeto de simulada comoção entre direitistas como ela. Lobão, que caminha para ser igual a ela no futuro não tão remoto, retuitou uma frase que dizia o seguinte: “Podia ser sua mãe.” Bem, poderia, mas só se sua mãe quisesse ver esquerdistas pendurados no poste por todo o país. O Facebook da doce velhinha tinha uma foto reveladora, na qual ela aparecia ao lado de Aécio, não o de papelão, mas o real. Isso mostra o quanto o PSDB se misturou com a extrema direita. Também aí o PSDB repete a UDN: na proximidade com quem quer dar um golpe. Antes, era Jango o alvo. Agora, é Dilma. Mudaram os tempos e os nomes, mas não a estratégia. Falar obsessivamente em “mar de lama”, com a ajuda infinita dos barões da imprensa. No mundo fantasioso que se tenta criar, Dilma, Lula e o PT inventaram a corrupção no Brasil. Ou reinventaram, uma vez que Jango já tinha feito isso na década de 1960, e antes dele Getúlio. No caso Petrobras, por exemplo, não é um problema estrutural e velho, ainda que o delator diga que desde Sarney – incluído FHC, claro – cargos altos tinham origem política. Também não vale nada que o delator tenha afirmado que o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, já morto, tomou 10 milhões da Petrobras para evitar uma CPI. É em meio a isso tudo que surgem, abraçados ao PSDB, figuras como a pobre- senhora- que- poderia- ser- sua- mãe- se- sua- mãe- quisesse- matar- todos- os- bolivarianos. A imagem dela ao lado de Aécio, os dois num sorriso histérico, conta muito sobre ambos e o ambiente político que os cerca.

Roubar ou roubar...
Tem gente protestando porque “estão” roubando
E tem muito mais gente protestando porque não “está” roubando. E mais ainda porque não vai roubar. E não vai roubar exatamente porque Aécio perdeu...

Sorteio
Parece até as “cartas dos leitores” de todos os veículos de comunicação do PIG. São escolhidas “por sorteio” mas só são sorteadas as cartas contra o governo e o PT... No TSE e no STF, todos os sorteios de ações que interessam direta ou indiretamente ao PT são inevitavelmente distribuídas “por sorteio” para Gilmar Mendes, o arquiinimigo do partido. Ate parece João Alves, o Anão do Orçamento, que “ganhou” mais de duzentas vezes na loteria...

FotoLegenda
 Olhem só como se comporta a doce velhinha que a mídia, tão cretina quanto ela, tenta vender como sendo uma coitadinha que foi agredida pela polícia legislativa. No momento tentava chutas os seguranças do Congresso até que um precisou contê-la com uma gravata, como ela queria para sair de vítima.  Na vida real ela é membro de uma organização de extrema direita que prega morte a todos os esquerdistas, bolivarianos, petistas e lulodilmistas. No seu face, cujo perfil foi logo retirado da internet, ela posa ao lado de Aécio Neves. Alguma dúvida de que se trata de uma figura encomendada para criar constrangimentos ao governismo????

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Quem combate a corrupção

Aécio Neves disse que não perdeu a eleição para Dilma Rousseff, mas para uma organização criminosa. É inegável que há petistas envolvidos em corrupção. Que o digam o escândalo da Petrobras e outros, sempre de muita repercussão, pois quando envolve petistas, a repercussão é certa. Mas quando se apura a lista de cada escândalo, o partido com menor índice de envolvidos é o PT. Os adversários que o criticam sempre aparecem com mais “premiados”. O Brasil tem visto como o PSDB não tem a mínima condição moral de criticar. Quanto ao combate à corrupção temos aí um páreo bastante desigual. Nos oito anos de governo de FHC, não se viu o combate efetivo à corrupção em nenhum aspecto. Pelo contrário, foi naquele tempo que a corrupção se tornou sistêmica, infeccionando todo o corpo do serviço público brasileiro. No Governo Lula, foram milhares de ações, com resultados palpáveis, como 2400 operações da Polícia federal e quase quatro mil servidores exonerados a bem da disciplina. No governo Dilma o combate aumentou, a ponto de Barack Obama citar o Brasil como um exemplo no combate à corrupção. Resolveu? Não. Até parece que quanto se combate mais o crime cresce. Mas não se pode dizer que o combate não existe. Em quase quatro anos deste seu primeiro governo, Dilma promoveu 10 mil ações de combate à corrupção, conforme consta num relatório da Advocacia-Geral da União (AGU). A fiscalização do Governo Federal promoveu, no período, uma economia e a arrecadação de R$ 3,1 trilhões, dos quais R$ 1 bilhão havia sido desviado em fraudes. O documento integra o balanço entregue pela AGU à equipe de transição. Os dados serão usados para análise e formatação de políticas setoriais para o segundo mandato da presidenta, entre os anos de 2015 e 2018. No último sábado, 29, em Fortaleza, o diretório nacional do PT aprovou um documento que prevê a expulsão de filiados com envolvimento comprovado em escândalos de corrupção. O presidente do partido, Rui Falcão, afirmou que a punição inclui petistas citados na operação Lava-Jato da Polícia Federal, sobre o esquema de pagamento de propinas na Petrobras. Sabemos do risco de expulsar um filiado antes de se chegar ao final do julgamento num tempo em que o denuncismo contra o PT virou um esporte nacional. Mas é preciso ser duro, porque um petista não tem o direito de se envolver em corrupção diante de tudo o que pregou a vida inteira.

Vida e morte
A taxa de mortalidade infantil no Brasil de FHC era de 33 crianças mortas para cada mil nascidas vivas. Já representava uma queda significativa porque em 1990 este índice era de 66. Um grande trabalho foi feito neste período pela Pastoral da Criança, com o advento da Multimistura e outras ações que tiveram o apoio do governo. Mesmo com milhões de famílias brasileiras passando fome, estas ações comandadas pela freira e médica Zilda Arns, diminuíram significativamente a morte de crianças. Da chegada de Lula ao poder, até agora, programas de transferência de renda e o crescimento da economia com distribuição de renda aos mais pobres, a situação melhorou significativamente. Agora são 15 crianças mortas em cada mil nascidas vivas. Ainda é um índice alto, mas é um avanço significativo.

Vida e morte II
Na outra ponta, a expectativa de vida aumentou diante de políticas que beneficiam os idosos. Quando Lula assumiu o poder, em 2003 a expectativa de vida do brasileiro era de 71 anos. Hoje é de 74,9 anos.

Sabor do Sertão
Para quem gosta de uma comida caseira de boa qualidade, existe agora uma opção pertinho de Mossoró. Pouco mais de dez quilômetros na estrada que liga Mossoró a Governador Dix-sept Rosado, à margem direita, está o Restaurante Sabor do Sertão. O forte mesmo é a galinha caipira, mas tem também buchada, peixe frito, carneiro cozido, tripa de porco, panelada e caldo de cana. Interessante é que toda a comida é feita sob o comando de uma nutricionista. Quem quiser informações mais detalhadas pode ligar para o TIM 9695-4500 ou para o OI 8791-4080 e falar com Sérgio.

Polêmica de novo
Governadores nordestinos eleitos pelo PT propõem a volta da CPMF. Como ela evita sonegação fiscal, o pau vai cantar.