quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A criminosa manipulação da mídia

Quem não se lembra daquele episódio cruel em que uma mulher morreu em Belo Horizonte após tomar por duas vezes seguidas a vacina contra a Malária, depois que a mídia fez uma campanha terrível contra uma campanha de vacinação do Ministério da Saúde, dizendo que as vacinas não tinham capacidade de fazer efeito por ter uma dosagem abaixo da necessária? Mais recentemente tivemos uma campanha sórdida contra a competência e os objetivos dos médicos cubanos que aqui chegaram através da OMS - Organização Mundial de saúde para dar assistência nos grotões onde os médicos brasileiros não foram nem quiseram ir. Fôssemos puxar pela memória e teríamos milhares de exemplos em que a mídia inverteu as coisas. O líder negro Malcolm X já dizia: “A imprensa é tão poderosa no seu papel de construção de imagem que pode fazer um criminoso parecer que ele é a vítima e fazer a vítima parecer que ela é o criminoso. Esta é a imprensa, uma imprensa irresponsável. Se você não for cuidadoso, os jornais terão você odiando as pessoas que estão sendo oprimidas e amando as pessoas que estão fazendo a opressão”. Também é famosíssima a frase do ministro Josef Goebells, da propaganda, de Hitler, que dizia que “uma mentira repetida mil vezes por quem em poder se tornará verdade”. Haddad entrou querendo acertar e vem acertando, mas tem enfrentado uma trincheira pesada contra seu governo, na mídia paulistana e por que não dizer na mídia nacional, que é quase a mesma coisa. Lembramos perfeitamente deste debate, quando Haddad mandou para a Câmara Municipal um projeto de reformulação do jeito de cobrar IPTU em São Paulo, em que os prédios situados nos bairros privilegiados pelo valor de mercado e pela quantidade de serviços públicos ofertados pagariam mais e os prédios menos valorizados e com baixíssimo índice de serviços públicos pagariam menos, até chegarem à isenção. Isenção que também beneficia os aposentados com renda menor que três salários mínimos. E eis que finalmente o Tribunal de Justiça de São Paulo deu o veredicto. Haddad venceu e com ele venceram 3,1 milhões de proprietários de prédios com valor abaixo de 160 mil reais. Ou seja, serão muito poucos os favelados paulistanos que vão pagar IPTU daqui pra frente. Depois de mais de um ano ralando nas barras dos tribunais, o prefeito paulistano Fernando Haddad, do PT, conseguiu a liberação do reajuste do IPTU. A partir de agora, a taxa passa a ser cobrada de forma escalonada, com valores mais altos por imóveis em áreas nobres, e menores para a periferia. A nova regra isenta ainda 3,1 milhões de imóveis de baixo padrão, avaliados em até R$ 160 mil, e de aposentados que ganham até três salários mínimos. A alteração estava suspensa por duas ações propostas pelo PSDB e pela FIESP, ou seja, a nata paulistana quatrocentona que considerava a cobrança abusiva. O mais grave é que naquele momento, diante de um bombardeio terrível da mídia, Haddad passou a ser criticado até pelos mais pobres que no seu projeto de lei ficavam, como ficarão, isentos do pagamento do IPTU. É mole ou quer mais?

Tragédia
Uma escola em Mossoró paralisou suas atividades de ensino porque foi arrombada e dilapidada por vândalos e ainda por cima, os cretinos ameaçaram a diretora. A que ponto chegamos... Precisamos de algo parecido com as UPPs para aquilo que o secretário de segurança do Rio de Janeiro chama de reconquista do território.

PT reunido
Direção nacional do PT reunida em Fortaleza a partir de hoje discutindo os novos rumos do partido e do país que o PT governa e que está sendo tratado como se fosse uma republiqueta de bananas. Excelente oportunidade de rever importantes amigos e companheiros do partido.

MDA
Corre pelo Brasil um movimento em defesa do nome de João Pedro Stédille para Ministro do Desenvolvimento Agrário. É inegável que Kátia Abreu representa o Agronegócio, mesmo não representando os movimentos sociais e os petistas que elegeram Dilma. Mas tem seu papel reconhecido na grande produção agropecuária e até mesmo agroindustrial. Já João Pedro Stédille, além de ser um grande economista, representa os segmentos ligados à luta pela reforma agrária e à agricultura familiar.

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