sexta-feira, 31 de outubro de 2014

O Brasil atrasado dos Maias e dos Neves

José Agripino, em um dos seus mais irresponsáveis e “porraloucas” dos seus quase sempre inconseqüentes depoimentos, afirmou que Aécio ganhou no “Brasil moderno e que produz”. A afirmativa, ao positivar o Sul e São Paulo como o Brasil moderno e produtivo, traz em si uma negativa em relação ao Nordeste, Norte, Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde Dilma ganhou. Desqualifica estas regiões, quanto à modernidade e à capacidade produtiva, o que implica em capacidade e coragem de trabalho do nosso povo. Do dizer de Agripino depreende-se que estas regiões são atrasadas e improdutivas. Ou seja, o nordestino, além de atrasado, é preguiçoso e incompetente. Esse é o texto que Agripino, não falou, mas disse. Porém... Esqueceu-se Agripino que, além da região Norte, onde as vitórias de Dilma e Aécio foram divididas, com uns Estados para um e outros Estados para a outra, foi o Nordeste que fechou questão, dando vitória em todos os Estados a Dilma Rousseff, e, em Minas Gerais, dos 835 municípios do Estado, Aécio perdeu em 608, sendo que em vários deles por mais de 80%. Diga-se de passagem que na capital e no Triângulo Mineiro, regiões mais ricas do Estado, Aécio perdeu feio. O discurso de José Agripino exige também uma leitura sobre a competência dele, da família oligárquica a que pertence a ao próprio Aécio Neves. Comecemos por Minas Gerais, onde Aécio sofreu uma derrota acachapante. Trata-se de um Estado que sempre teve grande peso na economia e na política nacional. E que nas últimas décadas, desde o fim da ditadura, vem sendo governado por políticos apoiados por Aécio, como o seu avô Tancredo, Nilton Cardoso, Hélio Garcia, Itamar Franco, o próprio Aécio e o seu pimpolho, Anastasia. Portanto, se Minas é um atrasado, debite-se ao próprio aecismo. Na banda de cá, temos um Rio Grande do Norte que foi governado pelo próprio, por oito anos, pelo seu pai e seu primo Lavoisier por dez anos, por sua ex-parente Vilma por oito anos e por seu correligionário Garibaldi e Geraldo Melo por mais doze anos, a vizinha Paraíba vem da tradição de ser governada por seu tio João Agripino Maia e seus sucessores, com toda a força que ele tinha na ditadura como ministro por duas vezes. Quanto ao Rio de Janeiro, sofreu a liderança do seu primo de Catolé do Rocha, César Maia. E lá pelo Norte também tem uns Maias metidos na política, sem nada digno de nota que tenham feito em prol do modernismo político e econômico. 

Congresso em Foco
Não bastassem todas essas informações, ainda temos a afirmação de um cientista político dando conta de que Aécio Neves só perdeu a eleição por força da internet. Que eu saiba a interne é um símbolo da modernidade e da liberdade de expressão.

Regulação
A rainha Elizabeth II sancionou na quarta-feira, 29, um sistema de regulação da mídia, na Inglaterra. O próprio jornal O Globo noticiou, mas não se arriscou a dizer que a Inglaterra é uma “ditadura bolivariana”.

Cuba
A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Samantha Power, elogiou nesta sexta-feira (31) a contribuição feita por Cuba na luta contra o ebola na África Ocidental e assegurou que seu país está muito agradecido. “Embora não os tenha encontrado pessoalmente, tenho que elogiar Cuba por enviar 265 profissionais médicos”, declarou Power em um ato organizado em Nova York pela agência de notícias britânica Reuters. Bom... Quem sou eu para duvidar?

Robinson lá
O governador eleito vai ser recebido pela presidenta Dilma Rousseff na próxima quarta-feira (5)... E Henrique não vivia dizendo que só ele tinha acesso? Petulância tem pernas curtas.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O que é isso, senador? A eleição terminou, por que o ódio continua?

Segundo Caetano Scanavino, impressiona o discurso inconsequente do senador Aloysio Nunes no Congresso, se negando a dialogar, afirmando aos berros ser contra bater enquanto batia forte. Discurso para o MAU (sim, com “u”). Concordo que tivemos uma campanha feia, que reflete nossa atual cultura política. Mas não foi só o PT que bateu. Dilma apanhou bastante no ano do #NaoVaiTerCopa. O que o senador tem a dizer de golpes baixos como a propagação da falsa notícia da morte do Youssef em pleno dia de eleição? Enfim, assim como o PT, o PSDB deveria aproveitar o momento para fazer uma autocrítica. Perderam quatro eleições seguidas porque fizeram uma oposição ruim, só denuncista, até estourar algo do seu lado, sem propor nada além do “mudar por mudar”. Melhorá-la é bater ainda mais, como ouvi agora de Álvaro Dias? Postura vigilante é fundamental, mas não basta, se não for também propositiva. Se o Plano Nacional de Participação Social é ruim, qual então a proposta tucana para aprimorar os mecanismos de participação social, isso depois do que vimos nas ruas ano passado? Se a Reforma Política está na pauta, importante também para reduzir a corrupção sistêmica, e se o PSDB tem propostas, porque não lançá-las para enriquecer o debate ao invés de travá-lo? Se Dilma afirmou que pedirá divulgação da íntegra da delação, sem “vazamentos seletivos”, porque ser contra isso? A eleição acabou. FHC é melhor do que isso, espero que não compactue com a postura adotada pelo seu senador, que impede o encaminhamento de soluções negociadas ao mesmo tempo que incita mais ódio e violência, num momento delicado que demanda estadismo de todos os lados. Se Aluisio Nunes acha que assim levará o povo às ruas, é até provável, mas com certeza não será a favor dele, muito pelo contrário. Um tiro no pé. Para o cidadão que quer o melhor para o país, além dos Governos, bom cobrar também por uma oposição mais qualificada. Mais do que na hora!

Oposição melhor
A reflexão do Caetano Scanavino no artigo acima é fantástica. Porque só se pede que melhore o governo, mas não se pede que melhore a iniciativa privada e a própria oposição? Como combater a corrupção com o presidente do maior partido de oposição recebendo dez milhões de reais de propina para não à frente uma CPI?

Primeiro e segundo
Bom. Aos poucos afobadinhos que são meus amigos, e que abobalhadamente estão querendo manter o clima fascistoide de provocações e agressões da campanha, respondo:
Em primeiro lugar, a amizade; Em segundo lugar, Aécio Neves...

Choque de realidade
A campanha política terminou e com ela, o clima de insegurança que a mídia pregava. No campo do combate à corrupção, foi suspenso no dia seguinte ao das eleições, o depoimento do doleiro Yusseff. Na economia. Bom. O Brasil não quebrou. Muito pelo contrário. A Bolsa sobe e Dólar despenca... Cadê o "caos"?

Pergunta básica
Você leu o decreto de Dilma sobre a Participação social?
- Não. Mas sou contra...
É assim que se discute um assunto tão sério. E olha que quem se comporta assim é quem reclama que o PT quer transformar o Brasil numa “Nova Cuba” ou numa “ditadura bolivariana”.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

PMDB dá tiro no pé: derrota na Câmara é vitória de Dilma junto ao povo

Oblog “Amigos do presidente Lula” traz um editorial que merece ser lido para uma reflexão amadurecida e inteligente sobre essa pretensa grande vitória de Henrique Eduardo que raciocinou com o fígado e agiu com o fim de impor uma derrota à presidenta Dilma, usando a presidência da Câmara que lhe foi dada pelo PT, como arma de vingança. Vejamos:  Tem uma genial frase de Darcy Ribeiro, dizendo que havia fracassado em muitas tentativas de superar a pobreza, as carências educacionais e o subdesenvolvimento nacional, mas detestaria estar no lugar dos que o venceram. A frase cai como uma luva na votação do projeto de autoria de dois deputados do DEM, Mendonça Filho e Ronaldo Caiado, para revogar o decreto da presidenta Dilma que criou o Plano Nacional de Participação Social. Quem perdeu a votação na Câmara, a presidenta Dilma, fica do lado dos anseios populares. Quem "venceu" a votação fica mal na fita, tirando direitos do cidadão ter mais voz. As “Vossas excelências” da Câmara que a derrotaram, só deram visibilidade a uma coisa extremamente positiva para a popularidade da presidenta: Dilma está do lado da participação popular, do lado do povo ter voz no governo. A Câmara dos Deputados é que ficou contra. O decreto apenas institucionalizava como política de estado a participação popular em caráter consultivo na formulação de políticas governamentais, sem tirar nenhum poder, nem invadir funções do Legislativo. Incluía inclusive a participação popular através da internet. É inconcebível em tempos de redes sociais que a política não se modernize e ouça mais o povo diretamente, dando mais cidadania e mais protagonismo popular. Foi resultado do diálogo da Presidência da República com amplos setores da sociedade, conduzido pelo ministro Gilberto Carvalho, e que se acelerou após as grandes manifestações de junho de 2013, que pediam principalmente mais participação popular para o povo ter mais voz nas decisões nacionais e haver maior representatividade dos governantes eleitos. A extrema direita, capitaneada pela revista Veja, demonizava o decreto, mentindo sobre seus efeitos como se levasse à uma "ditadura bolivariana", sabe-se lá o que significa isso nas cabeças ensandecidas dos leitores da Veja, substituindo o Congresso Nacional por conselhos. Óbvio que é uma mentira deslavada. O decreto nem toca em nenhuma atribuição do Legislativo, por onde tem que passar todas as leis. Não mexe em estruturas institucionais. Na prática, com ou sem decreto, o governo pode e deve consultar a sociedade para construir políticas públicas. Já Henrique, no afã de sentir o gostinho da vitória que lhe escapou pelos dedos aqui no RN, a meu ver, acaba de enterrar o seu sonho ministerial. Talvez tenha que ir fazer um curso no Pronatec... Ou tentar tirar a carteira da OAB.

Sábias palavras
Não podemos deixar de reconhecer a “meritocracia” como fazedor de frases. Esta, por exemplo, merece uma nota dez. Ele disse na Revista na Veja: “Se eu não vencer em minas, não mereço ser presidente”. No início do ano, numa conversa privada que tinha FHC como testemunha, Aécio Neves detalhou como seria sua campanha à Presidência – e mais especificamente sobre a torrente de votos que teria em Minas Gerais. Disse Aécio: - Se eu não vencer em Minas, não mereço ser presidente. Quem divulgou a frase célebre e profética, foi o aecista empedernido, Lauro Jardim.

Pizolatto
A tentativa da mídia brasileira de fazer crer que Pizolatto não vem para o Brasil só porque as prisões brasileiras não oferecem condições dignas a um cidadão italiano preso aqui, não bate com a realidade dos fatos. Não tivesse sido absolvido por inocente, Pizolatto teria ficado preso na Itália, onde as prisões são de primeiro mundo e respeitam os direitos humanos. Ele foi solto lá e a Justiça italiana não deixa ele vir para cá, extraditado por entender que ele é inocente e que a suprema corte brasileira procedeu a um julgamento errado e injusto.

Não se esqueçam
Não se pode tirar o mérito do Nordeste na vitória de Dilma Rousseff, mas o Sul e o Sudeste foram responsáveis por quase 50% dos votos de Dilma. Mais do que o Norte e o Nordeste juntos.

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Quando falo neste canto de página da possibilidade de terem tentado uma fraude ou, quem sabe, até terem conseguido fazê-la, mas numa proporção abaixo do que a decisão popular poderia cobrir, ainda tem quem me conteste. Pois continuem contestando que eu continuo com minha convicção. Vejam estas postagens de um sócio de um instituto de pesquisas:

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Mídia imparcial? Dilma 702 manchetes negativas, Aécio 56

Está na internet e eu assino embaixo: Ao longo da campanha, falamos algumas vezes sobre o Manchetômetro. A ferramenta criada pelo Lemep - Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública da Universidade Estadual do Rio de Janeiro veio para explicitar o quanto a mídia é parcial no Brasil: ao longo da corrida eleitoral, Dilma Rousseff foi criticada 12,5 vezes mais que Aécio Neves. Foram 702 manchetes negativas para a nossa presidenta reeleita, enquanto Aécio registrou apenas 56. Na última semana, antes da votação do segundo turno, quando a imprensa tentou a todo custo desestabilizar a candidatura de Dilma, publicando acusações mentirosas e mostrando nenhum compromisso com a verdade e com a democracia, foram em média três notícias negativas diárias para Dilma e menos de uma para Aécio. A média dos jornalões, em determinado momento da campanha, era de criticar Dilma 14 vezes antes de tecer um único comentário negativo dirigido a Aécio Neves. Ao longo de uma semana, o Jornal Nacional teve 16 reportagens negativas para Dilma e apenas uma para Aécio. Nem mesmo a falta de água em São Paulo, gerada pela má gestão tucana no estado, parece ser pauta para a mídia. Os escândalos ligados ao PSDB apareceram, durante a campanha do segundo turno, 50 vezes nos jornais; os ligados ao PT, 122 vezes, mais que o dobro. Tamanha parcialidade da mídia tradicional prejudica o processo democrático, ainda mais quando as grandes redes de comunicação se escondem sob um manto de imparcialidade. Agora, com todos esses números escancarados pelo Manchetômetro, a regulação dos meios de comunicação se coloca como uma pauta urgente para o segundo mandato de Dilma, em nome da defesa da democracia. Cá da minha banda, não abrigo a mínima dúvida de que as poucas manchetes e matérias contrárias a Aécio aconteceram única e exclusivamente para ludibriar a legislação eleitoral, fazendo de conta que estava respeitando a legislação.

Ciência e fé
Segundo o Papa Francisco: Deus não é mago e a Teoria da Evolução é verdadeira. Como já falei aqui outra vez, este papa, passo a passo, vai conquistando meu modesto respeito.

Lambança
Olha a lambança. A tal CPMI mista da Petrobras já suspendeu o depoimento do doleiro Yussef. Claro. Não tem terceiro turno. Era só marketing.

Maracutaia
O site Uol deixou escapar uma entrevista com Aécio Neves, já como presidente eleito, gravada antes da eleição; Carlos Montenegro, dono do Ibope, ligou para Fernando Henrique Cardoso dizendo que podia comemorar, pois Aécio estava eleito; Ele se largou para Minas Gerais. Sempre tivemos fusos horários diferentes entre Brasília e Acre, mas esta foi a primeira vez que deram um longo espaço de tempo de três horas para começar a anunciar os resultados das votações presidenciais; Estes e tantos outros sintomas de maracutaia inspiram e exigem uma leitura mais apurada.

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Alguém acredita na Justiça italiana. Parece que temos motivos para tanto. É a justiça que desmontou a máfia e pôs nas grades Silvio Berlusconi, um bilionário empresário e político, presidente do Conselho de Ministros da Itália, ou seja, autoridade máxima do País, por dez anos. Pois bem. Foi ela, a Justiça italiana que julgou um ítalo/brasileiro acusado de “mensaleiro” e o absolveu. E ainda negou o pedido de extradição. Bom... Não tenho dúvidas que algum idiota vai dizer que o PT comprou a Justiça italiana. Mas aí é caso “São Camilo”. Mas devido à política de desospitalização na Psiquiatria, aquele histórico está fechado. Só nos resta conviver com essa qualidade de gente que mesmo não sendo louca, tem muitos parafusos frouxos, principalmente os do caráter, porque os chamados loucos mesmo são gente da melhor qualidade.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Pobres coitados, ricos de ódio

Fernando Brito, um dos melhores jornalistas deste País, a cada comentário se supera. Hoje eu teria milhares de assuntos para pautar. Mas prefiro fazer minhas as suas sábias palavras: Será que alguma hora, certas pessoas vão se dar conta ao papel ridículo a que estão sendo levadas? Será que é possível que uma pessoa que vive numa das mais belas paisagens do mundo, num bairro onde não falta nada – nem mesmo segurança, porque dentro das precariedades do Brasil e do Rio de Janeiro, ela ali é das melhores – que tem escolas, empregadas, babás para seus filhos, que vive num padrão semelhante aos das melhores cidades dos EUA ou a Europa, se digam oprimidas, reprimidas, perseguidas? Sinceramente, não lhes tenho ódio, nem quero que se vão embora daqui. Tenho amigos queridos que votaram no Aécio e não deixam de ser queridos e amigos por isso, até porque aceitam os resultados e a vontade da maioria, que não os oprime. Em plena ditadura, éramos muito mais fraternos… O colega mais “bem-de-vida” dos tempos de faculdade, o saudoso Robertão, tinha um sobrenome aristocrático, um Puma e um barraco no Morro do Salgueiro, devidamente decorado com um escudo do Botafogo, sua paixão… Vivemos tempos de intolerância, agora e é direito do povo brasileiro saber que sentimentos se está provocando em alguns grupos que perderam completamente a capacidade de olharem para si mesmos e se considerarem seres humanos especiais, enquanto o resto do país é desprezível. Nem eles sabem, mas é um transtorno mental assim que serve de incubadora do ovo da serpente do totalitarismo. Infelizmente, a direita brasileira deu ao nosso país milhares e milhares de pessoas assim, incapazes de ver nos pobres não as vítimas de um modelo econômico, mas os culpados por se pretenderem tão seres humanos e tão cidadãos quanto eles. Imaginem se os mais pobres os odiassem assim como eles odeiam? É verdade que estes núcleos sempre existiram, mas se multiplicaram e desde junho passado, foram legitimados para xingar, agredir e serem intolerantes. Isso faz mal ao convívio humano e a única forma de reduzi-los aos grupinhos que sempre foram é não lhes responder com mais ódio. O ódio é tratar o diferente como inimigo e acabar com a capacidade de convívio. Peço, portanto, que leiam sem ódio a reportagem de Lucas Vetorazzo, na Folha. Sem ódio e com a piedade que merecem seres humanos transtornados. É isso o que precisamos desfazer, embora não reste muita esperança de que gente que chegou a este ponto venha a retomar a razão com rapidez. As calçadas e os bares do Leblon já foram frequentados por gente, como o Tom Jobim, que amava a paz, o mundo, as pessoas. Terão virado terra de selvagens?

Mudanças???
Esses estúpidos que falam tantas loucuras preconceituosas e bestiais não queriam mudar nada. Pelo contrário. Queriam evitar que continue mudando.

Abominável
O blog do Barbosa, de Natal repudia as atitudes de dois políticos potiguares: Eleika Bezerra, vereadora natalense, que publicou no seu facebook, uma postagem pregando a divisão do Brasil, com toda a área onde Dilma obteve maioria como sendo a Nova Cuba e a outra parte, o Brasil, com Aécio presidente. Uma atitude ridícula, especialmente por partir de uma educadora, nordestina e representante do povo.

Abominável II
O outro é o senador José Agripino, o eterno quinta-coluna, que ainda como coordenador da campanha de Aécio já sinalizava apoio a Marina e que agora diz que Aécio ganhou no Brasil moderno, o Brasil que produz. Chamou o Nordeste de atrasado e improdutivo. O mesmo Nordeste onde fica a Paraíba e o RN onde os Maias tiveram diversas chances de governar e nos deixaram no “atraso”. Difícil manter o respeito por um senador que fala assim da região que representa. Vê-se que o rabo de palha subiu-lhe à cabeça...

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Luiz Campos e Onésimo Maia, os dois maiores repentistas da história de Mossoró, estarão sendo homenageados hoje à noite numa programação literária do SESC/ Mossoró. Vale a pena conferir.

sábado, 25 de outubro de 2014

Onde Aécio se perdeu?

Euler de França Belém do Jornal Opção fez um dos artigos mais bem feitos que li nos últimos dias. Foi quando Dilma estava com apenas quatro pontos na frente de Aécio. Suas previsões vão se confirmando. Resta saber o que acontecerá hoje quando as urnas forem abertas. Vejamos alguns trechos:  Vamos à micropolítica, àquilo que não tem sido examinado com o devido cuidado, mas que talvez possa contribuir para o debate. A presidente Dilma Rousseff faz 67 anos em 14 de dezembro. É uma senhora, com dois ex-maridos, uma filha e um neto. Trata-se de uma mulher e política com imagem intocada de seriedade. Há corrupção em seu governo, como houve no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, até porque o PT apenas assenhorou-se, no poder, de uma base que havia sido construída pacientemente pelo tucanato ao longo de oito ou dez anos (contabilizado o período do presidente Itamar Franco, no qual FHC foi “primeiro-ministro”) e possivelmente houve no governo de Aécio Neves em Minas Gerais. Ocorre que, no caso de Dilma Rousseff, assim como no de FHC e Aécio Neves, fica-se com a impressão de que ela não conspurcou-se. Por mais que haja sujeira no governo petista, não  há nenhum indício de envolvimento pessoal da presidente. É provável que ela não combata a corrupção com veemência, dada a necessidade de garantir a governabilidade, parece óbvio que o PT “comprou” sua governabilidade, porque precisa de uma base política no Congresso nacional e, também, de uma base eleitoral nos Estados. Nos programas eleitorais e nos debates, Aécio Neves “bate”, com certa implacabilidade na presidente Dilma Rousseff. Chama-a de mentirosa, sugere que é ignorante. O eleitor está gostando da pancadaria? Há quem acredite que sim, que as pessoas gostam de ver os poderosos “apanhando” e “sangrando” em praça pública. Mas um jovem, bem-vestido, bem-nascido, bonito e saudável, dizer publicamente que uma senhora de quase 70 anos é mentirosa — uma mulher com histórico de seriedade — e que “não” sabe das coisas, quase uma analfabeta funcional, agrada mesmo os eleitores? Talvez Aécio Neves esteja pegando muito pesado. As críticas devem ser feitas, e podem ser duras na formulação, mas os eleitores podem estar entendendo que estão sendo feitas à mulher Dilma Rousseff, percebendo-as mais como ataques e, até, desrespeito. É provável que, indiretamente, as críticas de Aécio Neves estejam transformando a petista numa espécie de vítima. Vítima tanto do tucano quanto de aliados “malandros” do PMDB, do PP e do próprio PT. Dilma Rousseff também está batendo, e com crueza, mas mantém as aparências, por assim, diluindo, com habilidade, as críticas — envelopando-as com algumas ideias e propostas. A presidente faz a crítica direta parecer indireta, contextualizada, enquanto a crítica de Aécio Neves parece direta demais. Daí que a petista parece mais construtiva e o tucano mais destrutivo. Na verdade, os dois são construtivos e, ao mesmo tempo, destrutivos. Há outro aspecto sobre o qual os aecistas e seus marqueteiros deveriam repensar: por que Aécio Neves ri tanto? Não seria mais adequado, para um candidato a presidente da República, um pouco mais de sobriedade? Aécio Neves, que deixa a impressão de que está sempre debochando da adversária, é um político da linhagem de Tancredo Neves, seu avô, mas parece que está se esquecendo disso.

Quem combate a corrupção?
A Polícia Federal realizou durante os onze anos de Lula e Dilma, nada menos que 2.226 operações de investigação de corrupção no Brasil. Foram presos 24.881 corruptos e exonerados mais de quatro mil servidores públicos envolvidos com improbidade administrativa. Durante os oito nãos de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB de Aécio Neves, somente 48 operações da Polícia Federal foram feitas investigando corrupção.

Independência
Quanto à autonomia e independência da Polícia Federal para investigar nos dois governos, basta que se diga que no Governo Lula, até a residência do seu irmão Vavá foi invadida pela PF, enquanto que no governo FHC o diretor da PF era filiado ao PSDB.

Canal
A transposição de bacias do São Francisco foi projetada em 1853, no governo de Dom Pedro II. Aécio criticou o fato do Canal do São Francisco não estar pronto em sete anos de Lula e Dilma. O abestado esqueceu que em 163 anos de todos os governantes de elite, incluindo os oito de FHC/PSDB a obra sequer foi iniciada.

Toalha
Sente-se claramente que o comando da campanha de Henrique Eduardo Alves já jogou a toalha diante de todas as evidências de uma derrota acachapante.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A jogada por trás do rebaixamento da nota de crédito da Petrobras

Oque seria da democracia, da verdade e da liberdade de opinião e de informação, não fossem as redes sociais com sua imensa capacidade de formiguinha desmanchando mentiras e remendando os retalhos da realidade puída pela força da desonestidade intelectual? Mais uma vez, a tentativa de um abala de prata às vésperas da eleição se faz ouvir seu disparo chocho, mas perigoso. E mais uma vez, o alvo é a excelentíssima senhora Petrobras, um orgulho nacional, do qual os tucanos sentem vergonha porque ainda não foi entregue à sanha da ganância imperialista. Em poucos dias, calaram sobre Pasadena visto que nada restou provado contra a honestidade da presidenta Dilma Rousseff, presidenta também do Conselho Gestor da Petrobras quando da compra daquela refinaria. Agora ficam catando, como quem busca agulha em palheiro, algo para manchar o nome da empresa que é orgulho nacional. E tentam, assim, matar dois coelhos com uma cajadada só. O primeiro, é ganhar as eleições contra a vontade da maioria dos brasileiros e o segundo coelho é desmoralizar a Petrobras para vendê-la na bacia das almas, como o fizeram com 120 outras empresas estatais que passadas no cobre por 80 bilhões de dólares, dinheiro sobre o qual “ninguém sabe, ninguém viu”. Pois bem... Desde anteontem, o grande destaque nas primeiras páginas da maioria dos grandes jornais, especialmente nas capas de seus cadernos de economia é o rebaixamento da nota de crédito da Petrobras feito pela agência de risco Moody’s. Os apoiadores de Dilma Rousseff contestam com forte argumentação. Dizem: primeiro é o caso de se perguntar: Moody’s de novo? Como e possível uma agência de ratting rebaixar a nota às vésperas da eleição de uma empresa que cumpre seu plano de investimentos aumenta a produção e tem hoje três vezes mais reservas do que tinha em tempos recentes, principalmente durante os 8 anos de tucanato do governo Fernando Henrique Cardoso? Continuemos nas Notas Curtas:

Por que rebaixa a nota?
Rebaixa pela  defasagem do preço  interno da gasolina? Mas o preço do óleo caiu nos mercados! A Petrobras cumpre todos os seus compromissos, dá garantias sólidas, sua produção aumenta junto com as reservas,  tem seu patrimônio e o apoio do governo soberano seu acionista majoritário e mesmo assim tem sua nota de crédito rebaixada?

No programa eleitoral
E alertam os defensores do governo: Quem viu o programa eleitoral tucano entendeu o rebaixamento, ou seja, descobriu o porquê disso, a conspiração lesa-pátria articulada entre o tucanato e os que conspiram permanentemente contra a Petrobras. Deve ser coisa, conluio do “ministro da Fazenda” dele,  Armínio Fraga e uma agência de risco estrangeira.

Tudo em dia
A Petrobras emitiu nota a respeito, lembrete ao mercado e a acionistas, destacando que a despeito do rebaixamento foi mantido seu grau de investimento, o certificado que atesta ser ela uma boa pagadora das suas dividas. A própria nota em que anuncia o rebaixamento da avaliação da petrolífera brasileira a Moody’s incluiu uma declaração da vice-presidente-sênior, Nymia Almeida, em que ela reconhece que “a Petrobras tem sido relativamente bem-sucedida na execução do seu programa de capitais ambicioso e cumpriu metas de produção agressivas”. Aliás, na mesma Folha de S.Paulo ontem, jornal que carnavaliza e dá uma página inteira para o rebaixamento há mais meia página para uma entrevista de David Goldwyn, consultor de negócios de petróleo ligado ao Partido Democrata americano.  A entrevista, e o espaço que lhe é concedido, é para Goldwyn criticar o novo modelo de partilha do petróleo brasileiro e o conteúdo nacional de 60% por ele estabelecido obrigatório para as empresas na exploração do petróleo da camada marítima.

De novo....
E a Moody’s de novo, a gente perguntou! É porque a agência tem se prestado a jogos, tramas e especulação do mercado e da oposição. Sempre que “convocada”, acena com rebaixamento do ratting do país mesmo quando não é o momento. Nessas situações ameaça, “na próxima vez que tivermos de ver a nota do Brasil...” Além do que a Moody’s é mais uma dessas agências de risco desmoralizadas, que cometeram erros de avaliação brutais e foram incapazes de prever em 2008 a eclosão da maior crise econômica global do último século.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Quem é mesmo leviano?

Aécio, de maneira deseducada, grosseira e leviana, chamou a presidenciável Luciana Genro e, no segundo turno, a presidenta Dilma Rousseff de levianas. Mas o que é mesmo “leviano”? Qual o perfil de uma pessoa “leviana”? Vejamos o dicionário que está disponível na internet logo que você busca o significado de leviano: Leviano significa imprudente, sem seriedade. É um adjetivo que qualifica o indivíduo que age precipitadamente, e que não tem consideração com o outro. Leviano é aquele que expressa opinião sem ter certeza do que está informando, e também não domina o assunto. Ser leviano é proceder sem bases verdadeiras, é ser hipócrita, maldoso e irresponsável, é aquele que tem comportamento volúvel, que age com insensatez. O indivíduo leviano é uma pessoa fútil, medíocre, não tem noção do que é prudência, sabedoria e ponderação, transmitindo a imagem de pessoa irresponsável. O perfil parece não se enquadrar de jeito nenhum na carapuça da presidenta Dilma Rousseff, conhecida como uma pessoa muito rígida, muito ligada a fundamentações técnicas, jurídicas e políticas de tudo que diz, propõe ou defende. Uma pessoa extremamente disciplinada, rígida e muito exigente com seus subordinados porque é muito exigente consigo mesma. A carapuça cai muito mais na cabeça de um senador que faltou 61 sessões em um ano, que não apresentou nenhum projeto de lei digno de nota em quatro anos de mandato na Câmara Alta do País, um senador de um estado que viaja mais para outro que para o seu, e ainda à custa do Senado, que é barrado numa blitz por estar dirigindo embriagado, ferindo frontalmente a legislação que ajudou a fazer e que tem a obrigação de respeitá-la como cidadão e mais ainda como legislador. Um cidadão que se diz economista, mas critica uma inflação por alta demais, quando ela está na metade do patamar dos tempos do governo do seu partido, que fala do desemprego, quando ele se encontra a ¼ do que era quando seu partido governava. Um cara que agride mulheres nas suas bebedeiras e, até mesmo em momentos de uso de drogas, conforme acusações da imprensa e das redes sociais e até das arquibancadas cheias do estádio do seu estado e ilícitas. Aécio Neves deveria pensar duas vezes antes de chamar qualquer pessoa de leviana... E ainda se cuidar de que vivemos em uma sociedade em que não se aceita agressão às mulheres. Ainda mais quando a mulher é mãe, avó e presidenta da República.

Mentiras
Ruy Penalva De Faria Neto escreveu e Lauro de Freitas comentou: Petrobras - FGTS - Prejuízo? - Porque Aécio mente. Em artigo do dia do último debate, diz: Aécio lançou a seguinte mentira no debate de hoje e Dilma não repeliu. Disse o falante e perfumado senador: Quem investiu 1 mil reais do FGTS na Petrobras em 2010 hoje está com apenas 600 reais, sic. Que mentira deslavada! Que falta de conhecimento! Que cara de pau! E se diz economista e entendedor. Vou explicar a matéria para que fique claro.

Fundo de Garantia
Em agosto do ano 2000, portanto durante o governo FHC, e apenas nesse ano, aos trabalhadores foi permitido aplicar até 50% do seu FGTS num fundo mútuo de privatização chamado FMP-FGTS em ações da Petrobras. Em 2002, esse mesmo fundo foi estendido para ações da Vale. Um milhão de trabalhadores aplicaram seus recursos nos dois fundos. A lucratividade que tiveram, apesar das perdas recentes com ações das duas companhias, é de cerca 800% acima da rentabilidade do FGTS!

Sem condição
Não houve nenhuma possibilidade de aplicar recursos do FGTS fora desses dois anos, 2000 Petrobras, 2002 Vale. E como poderia um trabalhador aplicar recurso do FGTS em 2010? Não sei. Fabulação. Mentira. Desinformação.

Informações do próprio FGTS
Vou colocar aqui as informações do próprio FGTS sobre a rentabilidade de quem aplicou em ações da Petrobras no ano 2000 até o presente: Rendimento das ações da Petrobras x Rendimento do FGTS no período de 10/08/2000 a 10/10/2014: Fonte: FGTS. Ações Petrobras: 371,04 %. FGTS: 93,63 %. Cerca de 400% acima da rentabilidade do FGTS.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

VAMOS CONVERSA SOBRE CORRUPÇÃO: 8 escândalos de corrupção envolvendo Aécio, o PSDB e aliados

Ocandidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, se apresenta como o candidato da ética e da moralidade, mas são muitos os escândalos de corrupção que lançam suspeitas não apenas sobre ele, mas também sobre seus colegas tucanos e aliados. Escândalos esses em torno dos quais o PSDB opera para que não tenham  destaque da mídia e não sejam investigados. Confira aqui 08 deles

1 – Escândalo da Petrobrás: valor ainda não contabilizado
O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, adora criticar a candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, pelo suposto envolvimento de petistas no escândalo da Petrobrás. As investigações, entretanto, apontam também para o possível envolvimento de lideranças tucanas. Em depoimento, o ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, afirmou ter pago propina ao ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, que morreu este ano, para ele ajudar a esvaziar uma CPI criada em 2009 para investigar a Petrobrás.

2 - Desvio das verbas da saúde mineira: R$ 7,6 bilhões
Na última terça (14), no debate da Band, a presidenta Dilma acusou Aécio Neves de desviar R$7,6 bilhões da saúde quando foi governador de MG. O tucano disse que ela estava mentindo e, então, Dilma convidou os eleitores a acessarem o site do Tribunal de Constas do Estado (TCE). Naquela noite, o site saiu do ar, segundo o TCE devido à grande quantidade de acessos. Nesta quarta (15), o site voltou, mas os documentos citados por Dilma desapareceram por cerca de 4 horas, até a imprensa denunciar a manobra. A presidenta do TCE, Adriane Andrade, foi indicada por Aécio e é casada com Clésio Andrade (PMDB), seu vice-governador no primeiro mandato.

3 – Aecioporto de Cláudio: R$ 14 milhões
Quando era governador de Minas Gerais (2003-2010), Aécio construiu cinco aeroportos em municípios pequenos, todos eles nas proximidades das terras de sua família. O caso mais escandaloso foi o de Cláudio, com cerca de 30 mil habitantes e que já fica próximo a outro aeroporto (o de Divinópolis, há apenas 50 Km). A pista, que foi construída a 6 Km da fazenda do presidenciável, fica nas terras do tio-avô de Aécio, desapropriadas e pagas com dinheiro público. Quem cuida das chaves do portão são os primos de Aécio. Custou R$ 14 milhões aos cofres mineiros.

4 – Relações com Yussef: R$ 4,3 milhões
O doleiro Alberto Yussef ficou conhecido nacionalmente devido ao seu envolvimento no escândalo da Petrobrás. Mas a Polícia Federal também investiga os serviços prestados palas empresas de fachada do doleiro para outra estatal, a mineira Cemig, controlada há anos pelo PSDB de Aécio Neves, principal líder do partido no Estado. As suspeitas é que a Cemig tenha sido usada para engrossar o caixa do grupo, através da parceria com a empresa Investminas, uma sociedade de propósito específico, criada para construir e operar pequenas hidrelétricas, cuja única operação comercial foi uma parceria firmada com a Cemig. Vendida à Light, a participação na sociedade rendeu à Investminas, em poucos meses, R$ 26,586 milhões,  um ágil surpreendente de 157%. Três semanas depois, R$ 4,3 milhões foram depositados pela Investminas na conta MO Consultoria, empresa de fachada usada por Yussef. As suspeitas é que tenham sido destinados a pagar os agentes públicos envolvidos na operação. O caso ainda está sob investigação.

5 - Favorecimento aos veículos da Família Neves: valor não contabilizado
Nem Aécio Neves e nem o governo de MG divulgam qual a fatia da publicidade oficial do estado foi parar nos meios de comunicação da família do presidenciável, de 2003 até agora. E a falta de transparência, claro, gera suspeitas. A família Neves controla a Rádio Arco Íris, retransmissora da Jovem Pan em Belo Horizonte, e as rádios São João e Colonial, de São João Del Rei, além do semanário Gazeta de São João Del Rei. Aécio é sócio da Arco Íris com a mãe e irmã mais velha, Andrea que, quando ele foi governador, era coordenadora voluntária do grupo de assessoramento do governo que tinha como atribuição estabelecer as políticas de comunicação do governo e aprovar os gastos em publicidade.

6 -Nepotismo em Minas
Aécio diz que é a favor da meritocracia, mas, além de receber pelo gabinete do pai, em Brasília, quando morava no Leblon, de 1980 a 1983, não deixou de empregar parentes quando governou Minas. A lista é longa. Oswaldo Borges da Costa Filho, genro do padrasto do governador, foi presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico e Minas Gerais. Fernando Quinto Rocha Tolentino, primo, assessor do diretor-geral do Departamento de Estradas e Rodagem (DER/MG). Guilherme Horta, outro primo, assessor especial do governador. Tânia Guimarães Campos, prima, secretária de agenda do governador. Frederico Pacheco de Medeiros, primo, era secretário-adjunto de estado de Governo. Ana Guimarães Campos e Júnia Guimarães Campos, primas, servidoras do Servas. Tancredo Augusto Tolentino Neves, tio, diretor da área de apoio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Andréia Neves da Cunha, irmã, diretora-presidente do Serviço de Assistência Social de Minas Gerais (Servas). Segundo Aécio, o trabalho da irmã era voluntário.

7 – Mensalão tucano: pelo menos R$ 4,4 milhões
Trata-se do esquema de desvio de verbas de empresas públicas armado em Minas Gerais, em 1998, para favorecer a reeleição do então governador tucano Eduardo Azeredo. Além dos políticos tucanos, os acusados são os mesmos responsabilizados pelo chamado “mensalão petista”: o publicitário Marcos Valério e os diretores do Banco Rural. Entretanto, embora tenha acontecido antes, o esquema tucano ainda não foi julgado. E mais, não o será pelo STF, mas pela justiça comum. O processo está engavetado há tanto tempo que vários envolvidos já se beneficiaram pela prescrição. Pela denúncia feita pelo Ministério Público, foram desviados pelo menos R$ 4,4 milhões. Mas os valores são discutíveis: como as operações de algumas empresas públicas, como a Cemig, ficaram de fora da denúncia, há quem defenda que possa ser bem maior.

8 - Mensalão tucano II: R$ 300 mil
As conexões dos tucanos com o esquema de Marcos Valério são profundas. O candidato derrotado ao governo de Minas Gerais pelo PSDB nas eleições deste ano, Pimenta da Veiga, é alvo de um inquérito da Polícia Federal que investiga porque ele recebeu, em 2003, um total de R$ 300 mil de agências de publicidade de Marcos Valério.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Paulo Henrique Amorim: José Agripino recebeu 2.350 milhões de Aécio Neves

Segundo o bem informadíssimo jornalista Paulo Henrique Amorim: O procurador federal de Minas Gerais, Eduardo Morato Fonseca, recebeu do Sindicato dos Auditores Fiscais de Minas Gerais (SINDIFISCO), um documento que mostra uma lista de políticos, partidos e empresas numa operação para, supostamente, financiar as campanhas eleitorais de 2012 para prefeitos e vereadores. O site Conversa Afiada tem a informação de que o promotor Morato Fonseca encaminhou a documentação à Procuradoria Geral da República, já que entre os suspeitos estão políticos com direito a foro privilegiado. No documento, onde se lê “consórcio” é possível entender que dele façam parte operações à margem da legislação eleitoral. O arquivo teria sido enviado ao candidato a presidente Aécio Neves (PSDB), em 4 de setembro de 2012, por Danilo de Castro, à época secretário de Estado de Governo de Minas e possível operador do esquema. Nessas eleições, Castro coordenou a campanha de Pimenta da Veiga (PSDB) ao Governo de Minas. Cartório autenticou assinatura de Danilo de Castro. A movimentação financeira teria beneficiado partidos e políticos, principalmente prefeitos e vereadores, nas eleições de 2012. Entre eles, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que faleceu neste ano em acidente de avião. Teriam sido destinados R$ 2 milhões e 500 mil a Campos, conforme teria determinado Aécio Neves, como mostra o documento, o que mostra uma suposta ligação entre ambos há, pelos menos, dois anos. Ao todo, 19 siglas teriam o caixa abastecido com o esquema, como PSDB, PSB, DEM, PPS, PSD, PV, PP, PRB. Entre os políticos citados, estão José Serra (PSDB), então candidato a prefeito em São Paulo, que teria recebido R$ 3 milhões e 600 mil, o prefeito de Belo Horizonte (MG), Marcio Lacerda (PSB), R$ 7 milhões, Arthur Virgílio (PSDB), prefeito de Manaus (AM), R$ 600 mil e o senador José Agripino Maia (DEM), R$ 2 milhões e 300 mil “por intermédio” do deputado Gustavo Correia (DEM-MG), de acordo com o documento. Continuemos nas Notas Curtas:

Paulo Roberto Costa
Os recursos podem ter saído de mais de 150 empresas dos mais diversos setores, como alimentação, construção civil, bancos, associações e sindicatos. Algumas foram citadas recentemente pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em seu depoimento à Justiça Federal: Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão e Camargo Correa.

“Santas” entidades
Chamam a atenção supostas doações de grupos como Conselho Federal de Medicina, que se envolveu na polêmica do programa Mais Médicos, que teria cedido R$ 40 mil, Federação Mineira dos Hospitais, R$ 45 mil, Federação das Santas Casas de MG com R$ 100 mil, Associação Espírita o Consolador com R$ 160 mil, Associação dos cuidadores de idosos de MG, com R$ 200 mil, UGT - União Geral dos Trabalhadores, R$ 50 mil, e Sindicato dos ferroviários, R$ 55 mil. Além de bancos como o BMG, BGT Pactual, Santander, Itaú e Mercantil do Brasil.

Até estatais
Outras que aparecem são empresas ligadas a governos, como a CEMIG, companhia de energia de Minas, que teria doado R$ 6 milhões, a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (CODEMIG), R$ 3 milhões e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (FUNDEP), instituição que realiza a gestão de projetos de ensino, pesquisa e extensão da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Só filé...
Alguns dos doadores já são denunciados por participar de esquemas polêmicos. Um deles é o dono da Stillus Alimentação Ltda., Alvimar Perrela, ex-presidente do Cruzeiro e irmão do deputado Zezé Perrela. Segundo matéria de O Globo, “ele é acusado de liderar um esquema de fraudes que o fez vencedor em 32 licitações com o governo de Minas para o fornecimento de quentinhas para presídios do estado. No período de janeiro de 2009 a agosto de 2011, o grupo de empresas ligadas a Stillus Alimentação recebeu cerca R$ 80 milhões em contratos firmados com a Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas”.

Da ponte que caiu...
A Construtora Cowan, uma das responsáveis pela construção do viaduto que caiu em Belo Horizonte, de acordo com os documentos, teria cedido ao esquema R$ 650 mil. Consta ainda a quantia de R$ 36 milhões e 800 mil que teria vindo de “outras fontes”, não esclarecidas. O dinheiro arrecadado teria irrigado, principalmente, as campanhas de PSDB, DEM e PSB.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O ovo da serpente eclode...

Sinceramente, não vejo em Aécio Neves pendores nazistas. Nele, reconheço inúmeros outros defeitos que descredenciam seu perfil para galgar a presidência da República de um país que já se estabeleceu como sexta economia do mundo e que já goza de conceito internacional como nação que acertou o passo e segue para tornar presente sua eterna promessa de “País do Futuro”. Não vejo, portanto, Aécio, com o perfil de um Hitler, de um Mussolini ou, se queremos chafurdar na lama do “patropi”, de um Plínio Salgado ou coisa que o valha. Admito que ele tem um perfil democrata. Com desvios graves, mas tem. É o caso da censura ferrenha à imprensa que não lhe bajula em Minas, a mania coronelística de boicotar CPIs e fortes pendores e atos voltados para a corrupção, além de uma reconhecida irresponsabilidade que chega a ser incompatível com a liturgia do cargo. Enfim, não tem estofo para tanto. Como dizia o mestre Rui Pereira: Não tem dimensão para o cargo. Mas, chamá-lo de nazifascista pode ser uma dose exacerbada de crítica em véspera de eleição. Entretanto, o que se vê é a formação perigosa de um caldo de cultura nazifascista em torno da sua campanha. Até que ponto é do seu conhecimento ou está sob seu controle, não me perguntem. Acho que José Serra em 2010, mesmo não sendo também nazista ou fascista, tinha consciência de que estava despertando as forças das trevas a serviço do seu desejo incontido, da sua obsessão de chegar à Presidência da República. Vou falar aqui de seis casos emblemáticos, ou, como dizem os mais sabidos, prototípicos, de que a campanha de Aécio Neves neste segundo turno está tomando foros de caldeirão nazistoide: 1. Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, intelectual, reconhecidamente um homem educado e de tato fino abriu uma onda de ódio ao Nordeste ao chamar os eleitores nordestinos de desinformados; 2. Aecistas na internet pregam câmara de gás e bomba atômica no Nordeste para matar eleitores de Dilma; 3. Há poucos meses, um policial federal exibiu uma foto de um alvo feito de madeira com retrato de Dilma perfurado por mais de duzentas balas da sua prática de tiro ao alvo; 4. O ator e poeta Gregório Duvivier, desde que escreveu um artigo declarando voto em Dilma, tem sido agredido duramente na internet, chegando mesmo a ser agredido verbalmente num Restaurante do Leblon, onde Aécio praticamente mora; 5. O ator Dado Dolabella, que é reconhecidamente “dado” a bater em mulheres, mesmo sendo colega de Duvivier, comparou-o com um “marginal” ou com um “infectado de ebola” por votar em Dilma; 6. Em Natal, mulheres militantes do PT que iam fazer panfletagem tiveram carro trancado por caminhonete de luxo e foram agredidas verbalmente de forma extremamente grosseira por votarem em Dilma. E muitos outros poderiam ser listados, pois estão acontecendo a toda hora e por todo canto. No começo da formação do ambiente fascista que levou Mussolini ao poder na Itália maravilhosa e da ebulição nazista que arrebatou a Alemanha civilizada para o ódio e a guerra total, as coisas se davam desse jeito, ou como se costuma dizer: “Nesse nível”. Se isso prospera, o “Hitler” e o “Mussolini” serão construídos no processo de acirramento do ódio. Os “aécios” da vida vão para lata do lixo da História e os verdadeiros líderes dessa ideologia assumem o protagonismo...

Violência à mulher
Aécio foi acusado por Juca Kfouri de ter nocauteado com um soco a namorada Letícia Weber, modelo de 24 anos, durante uma balada da noite carioca, no Hotel Fasano durante evento de moda promovido pela Kelvin Klein. Agora recebe apoio agressivo do ator Dado Dolabella, acusado de agressões às ex-namoradas Luana Piovani, Eliza Joenck e Viviane Sarahyba. Ele também já foi indiciado por uso de drogas ilícitas. Outro que sempre posou com Aécio até mesmo em recebimento de medalhas pela Minas Gerais, é o ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa, que tem Boletim de ocorrência numa delegacia de Brasília por ter agredido fisicamente a ex-esposa.

Trairagem
Quem não deve estar muito feliz com o candidato Henrique Eduardo Alves é seu líder no PMDB, Michel temer, vice-presidente da República e candidato à reeleição na chapa liderada por Dilma Rousseff. Os amigos de Henrique no Rio Grande do Norte, com raras exceções abandonaram por completo a chapa Dilma/Temer. Ao tornar-se o espaço da campanha de Aécio no RN, a campanha de Henrique acaba sendo o suporte de onde se tenta derrotar Michel temer, pois o vice de Aécio se chama Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB e não Michel Temer, do PMDB.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

FHC ampliou ação social a quatro meses da eleição

Muito se fala que “o pouco que Lula fez de bom herdou de Fernando Henrique”. Entre essas “bondades”, incluem-se o Bolsa-Família e o Plano Real. Quanto ao Plano Real, a internet está cheia de uma foto da solenidade de lançamento das notas de Real, onde se pode tirar a dúvida de que o presidente que lançou o Real não foi ela, mas Itamar Franco e o ministro da Fazenda que lançou o Real não se chamava Fernando Henrique e sim Rubens Ricúpero. Mas nunca tentamos negar que ele tenha tido alguma influência nisso. Entretanto, não resta dúvidas de que o Real foi um presente de pai para filho que Itamar deu a FHC para derrotar Lula depois da frustração nacional com Fernando Collor que o havia derrotado na eleição anterior. A outra “bondade” é o Bolsa-Família que os tucanos e demos, mesmo espumando de ódio diante do programa, quando veem que o Brasil gosta dele, deixam de chamá-lo de Bolsa-Preguiça e Bolsa-Vagabundagem para dizer que ele é obra de Fernando Henrique e que, ganhando a eleição não vai acabá-lo, mas, ao contrário, ampliá-lo e ainda pagar um “décimo terceiro”. O blogueiro Eduardo Guimarães foi fundo e investigou de onde vem essa fantasia de que FHC criou o Bolsa-Família. E mostrou matéria de 2002, de Raymundo Costa, da sucursal brasiliense da antipetista Folha de S.Paulo: A pouco mais de quatro meses da eleição, o presidente Fernando Henrique Cardoso entrega na próxima semana o primeiro “Cartão Cidadão”, por meio do qual serão efetuados os pagamentos dos programas de transferência de renda direta para a população mais pobre. Em longo prazo, a intenção do governo é que todos os usuários de programas de renda mínima carreguem um “Cartão Cidadão” no bolso, algo em torno de 31,7 milhões de pessoas, porque o Planalto quer dar o cartão também para os 6,7 milhões de beneficiários de aposentadorias e pensões rurais. O “Cartão Cidadão” representa uma espécie de roupa nova para programas em curso. Trata-se de um cartão magnético, com a logomarca do Governo Federal, do tipo fornecido pelos bancos. Em longo prazo, vão substituir cartões já distribuídos à população, junto com o cadastramento das famílias beneficiadas. Em período pré-eleitoral, seu lançamento tem um beneficiário: o presidenciável tucano José Serra. Será uma cerimônia deliberadamente simples para não ser confundida com uma ação de campanha. “Potência social”. Coincidentemente, na última semana Serra disse que o país é uma “potência econômica” e precisa se transformar agora numa “potência social”. Ou seja, o novo mote de campanha do tucano faz eco ao lançamento do novo programa de FHC. De imediato, o “Cartão Cidadão” será entregue aos usuários de cinco dos 12 programas de transferência direta de renda do Governo Federal. Vamos continuar nas Notas Curtas:

Os programas
São eles: Bolsa-Alimentação, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), Bolsa-Escola, Brasil Jovem e Vale-Gás, por meio dos quais pretende atender a 12,6 milhões de pessoas carentes em 2002. Ano passado – excluído o Vale-Gás, criado neste ano -, o Governo gastou R$ 1,8 bilhão com esses programas. Para o atual exercício prevê R$ 3,7 bilhões – ou seja, duas vezes mais.

Bolsa-Alimentação
A meta estabelecida ainda está longe de ser atingida. Do total programado para a Bolsa-Alimentação, por exemplo, até agora só 2,23% foram efetivamente pagos. Dos R$ 411,3 milhões previstos para a erradicação do trabalho infantil, apenas R$ 108,4 milhões (26,35%) foram para o bolso das pessoas carentes. 

O Bolsa-Escola
O Bolsa-Escola, de longe o programa mais difundido, só liberou 25,84% dos gastos previstos. Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania, conclui que a ação de FHC foi uma farsa de véspera de eleição: O fato é que 2002 terminou sem sequer arranhar as metas estabelecidas. Enquanto hoje (final de 2012) o Bolsa Família paga benefícios no valor de R$ 20 bilhões, em 2002 o governo nem chegou a atingir a meta estimada em R$ 3,7 bilhões. Além disso, o cadastro único tampouco foi feito por FHC após 8 anos no poder. Havia apenas intenção, que igualmente não se materializou.

Fim de feira...
Os programas sociais de transferência de renda do governo Fernando Henrique Cardoso só começaram a funcionar precariamente e com orçamento irrisório no fim de 2001, penúltimo ano de seu mandato. De janeiro de 1995 até agosto de 2001, o “grande” programa social do governo do PSDB era distribuir algumas cestas básicas a um pequeno contingente de famílias.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Esgotaram-se todos os argumentos para enganar os evangélicos

D iziam, numa interpretação errônea e desonesta do Estatuto das Cidades, que se Lula ganhasse, em 2002, iria fechar as igrejas; diziam que ele iria obrigar os pastores a casar os gays; diziam que o PT iria impor a lei do aborto; diziam que o PT iria instituir impostos sobre o dízimo e outras coisas que nunca aconteceram, mesmo tendo Lula se sagrado vitorioso naquele ano e governado por oito anos e feito a sucessora que está completando mais quatro sem que nada disso aconteça. Na campanha de Garotinho, ainda em 2002, construíram o argumento da "necessidade de se ter o primeiro presidente evangélico do Brasil”. Outra mentira, pois Washington Luís, Café Filho e Ernesto Geisel eram evangélicos e não foram melhores nem piores presidentes por força da opção religiosa. Nas duas campanhas de Marina aprofundaram essa argumentação infundada da necessidade “do primeiro presidente evangélico”. Mesmo tendo tido Heloísa Helena que era evangélica, o tema beneficiou Marina. Marina cresceu e depois caiu. Agora, no segundo turno aparece um candidato que é acusado por setores da imprensa de ser viciado em cocaína, de ter batido publicamente numa das suas mulheres, é beberrão a ponto de ter a carteira de habilitação apreendida e de estarem rodando filmes com cenas de embriaguez na internet, é inepto para a função senatorial por estar mais no Rio que em Minas, por ter faltado 61 sessões no ano passado e nunca ter apresentando um projeto de relevância e é acusado de fortes esquemas de corrupção. Portanto, um perfil nada condizente com o apoio dos evangélicos. Alguns pastores da laia do Malafaia e outros reconhecidos mercadores de Cristo, estão mais uma vez buscando argumentos para enganar os incautos, "jurando o nome de Deus, em vão". Enquanto centenas de pastores sérios estão declarando apoio oficial a Dilma, os fariseus estão usando brandindo um argumento, absolutamente inconsistente e mentiroso. O argumento de que Dilma é contrária ao Estado de Israel. Sabe-se condenou o massacre do exército judeu aos palestinos, há poucos meses, especialmente à morte de crianças, mulheres e idosos aos milhares e de poucos guerrilheiros do Hamas e Hezbollah. Em seguida quase todos os países civilizados do mundo condenaram tal qual o Brasil tinha feito. A tese de Dilma foi aplaudida pelo mundo inteiro. Mas alguns biltres, como dizia Canindé Queiroz, querem distorcer as palavras da presidenta e colocam sua defesa da paz e do diálogo, como “apoio ao terrorismo”. Não podemos chamar isso de burrice, pois não é. É canalhice mesmo, molecagem de quem não tem argumentos políticos nem históricos. É por essas e tantas outras, que Aécio vem desmoronando tal qual Marina desmoronou. A inteligência e a honestidade dos eleitores evangélicos, bem como dos católicos de visão mais conservadora, mas que são do bem, estão falando mais alto. E os argumentos cada vez mais furados vão fazendo água, na velocidade que se passam os dias da curta campanha de segundo turno.

Cadê as provas?
Acusações do delator da BR não têm provas. Como não tinham provas as do 2.º turno de 2010 contra Erenice Guerra. Após eleição, foi absolvida.

Desespero
Sinto um tom de desespero embutido nas mensagens dos e-mails da candidatura de Henrique. Sempre oscilando entre a defensiva como quem está nas cordas de um ringue ou atacando atabalhoadamente, sem foco. Parecido com o cipó de aroeira que volta para o lombo de quem mandou dar.

Reações
Quando falei que a forma como alguns estudantes de Medicina estavam promovendo protestos agressivos e preconceituosos contra o governo e o PT, era algo que lembrava médicos de triste memória, como Josef Mengele e Harry Shibata, profissionais que desonraram a digna profissão, era apenas uma opinião minha. Agora diante das reações de alguns deles nas redes sociais e nas delegacias de Polícia, fico com a consciência tranquila de que meu comentário estava mais do que certo. A indigência mental dos seus comentários não dá pena, porque nazifascismo não é digno de dó nem piedade...

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Pesquisa Sensus privilegiou cidades aecistas

Facílimo de entender. Em Mossoró se costuma dizer que o bairro Santo Antonio é o mais rosalbista da cidade. Portanto, se uma pesquisa quiser beneficiar o rosalbismo, se proporcionalmente o Santo Antonio devesse ter 100 entrevistados, passa-se a aplicar duzentos entrevistados, tirando os outros cem de bairros onde o rosalbismo fosse menos forte. O rosalbismo aqui entre só como um exemplo técnico. Nas pesquisas do primeiro turno que se revelaram vergonhosamente furadas, Marina estava inflada. E nós denunciamos aqui, usando este mesmo raciocínio. Privilegiaram na aplicação dos questionários os estados onde Marina tinha se saído melhor em 2010 e os segmentos onde ela tinha mais aceitação, como jovens e evangélicos, por exemplo. Abertas as urnas restou provado que estávamos cobertos de razão. A entidade chamada “Olho Neles” foi à busca de informações precisas sobre a forma como a pesquisa Sensus-IstoÉ foi feita, ou seja, a sua metodologia. E assim provou que a pesquisa é uma tremenda fraude, tal qual aquelas que dava vantagem astronômica a Marina no primeiro turno. Pois é: Embora Dilma tenha vencido em 2 de cada 3 cidades brasileiras no primeiro turno, amostra escolheu municípios praticamente meio a meio. Depois de Ibope e Datafolha apontarem empate técnico entre Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) na disputa pelo segundo turno, com vantagem numérica para o tucano, pesquisa Sensus publicada pela revista “Isto É” no último dia 11 apontou uma vantagem de 17 pontos do tucano sobre a petista, animando a militância tucana e deixando apavorados os apoiadores da presidente Dilma Rousseff. Para tentar entender tamanha discrepância, o Olho Neles tentou analisar a base da pesquisa, com os únicos dados disponíveis no registro feito no Tribunal Superior Eleitoral (TSE): os municípios pesquisados. De acordo com as informações prestadas pelo instituto ao TSE, as entrevistas foram feitas em 136 municípios e a escolha das cidades a serem pesquisadas pode ajudar a explicar a divergência com os índices do Ibope e do Datafolha. O Olho Neles cruzou a votação dos municípios no primeiro turno com as cidades escolhidas pelo Sensus para sua pesquisa de segundo turno e chegou à conclusão de que, proporcionalmente, a base utilizada beneficiou cidades “aecistas”. Continuemos nas Notas Curtas:

De cabeça para baixo
No primeiro turno, Dilma venceu em 3.648 municípios, enquanto Aécio ficou à frente em 1.821 cidades, e Marina obteve melhor votação em 99 municípios. Ou seja: Dilma venceu em 65,51% dos municípios, enquanto Aécio venceu em 32,70% e, Marina, em 1,77%. No levantamento da Sensus, no entanto, das 136 cidades escolhidas, 66 deram vitória à presidente no primeiro turno, enquanto 61 deram vitória ao PSDB e 9 ao PSB. Portanto, na amostra do instituto, 48,52% das cidades foram “dilmistas” no primeiro turno, 44,85% foram aecistas e 6,61% preferiram Marina.

Invertendo em Minas
O caso fica nítido em Minas Gerais. No Estado, Dilma venceu em 640 cidades no primeiro turno, enquanto Aécio faturou em outras 213. Portanto, Dilma venceu em 75,02% das cidades, enquanto Aécio levou a melhor em 24,97%. O natural seria imaginar que a amostra, agora, contemplasse esse cenário. No entanto, entre as 15 cidades sorteadas pelo instituto para o levantamento do segundo turno, nove foram “aecistas” (60% do total) no primeiro turno, e apenas 6 foram “dilmistas” (40%).

Privilegiando o ninho tucano
Embora Minas tenha 853 municípios e São Paulo possua 565, foram ouvidos moradores de 15 cidades mineiras, e 23 cidades paulistas. Por lá, a vitória de Aécio foi bem maior. Os dados disponíveis não permitem saber a distribuição dos eleitores ouvidos em cada cidade, não sendo possível saber quantas pessoas foram entrevistadas em São Paulo (maior eleitorado do país) e quantos foram ouvidos em Minas (segundo maior colégio eleitoral). 

Fechando o firo
Só faltava dizer que o Instituto Sensus, pertence a Clésio Andrade, ex-vice-governador de Aécio Neves e que , de tão honesto está foragido da Justiça por condenação em processos por improbidade administrativa. Raciocine. Quem desvia milhões em dinheiro público, qual o prurido em desviar uns pontinhos, ainda que sejam uns quinze...

sábado, 11 de outubro de 2014

Dilma denuncia que estão dando um golpe

Por duas vezes na sexta-feira 10, Dilma Rousseff reagiu com indignação ao vazamento da gravação do depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa à Justiça Eleitoral, em Curitiba. Ela classificou a divulgação que ocupou boa parte da mídia como um "golpe". - Eles sempre querem dar um golpe, disse a presidente referindo-se aos adversários do PSDB. E estão mesmo dando um golpe eleitoral com essa divulgação. Quem começou essa investigação fomos nós, enquanto eles tinham um filiado ao PSDB na chefia da Polícia Federal e um procurador-geral que era o engavetador geral da República, reagiu a presidente. - Nós não concordamos com o uso eleitoreiro de processos de investigações que nós começamos. Nós desenvolvemos. Porque a Polícia Federal passou a ser um órgão de investigação a partir dos nossos governos, disse Dilma. Ela prosseguiu: Quem era nos últimos quatro anos do PSDB, quem era o diretor-geral da Polícia Federal? Era aparelhado, era um militante filiado do PSDB. Eles aparelharam a Polícia Federal. Por isso, a Polícia Federal investigou pouco, descobriu pouco, prendeu pouco, acrescentou ao final de uma caminha de campanha ao lado do candidato a governador gaúcho, Tarso Genro.Ela bateu duro nos adversários: Eles destilam ódio. Eles destilam mentiras. Nós temos que responder com a verdade e a esperança", disse Dilma

Punição
E Dilma disse mais: "Se o PT enquanto pessoas do PT errou, se qualquer outro partido tiver pessoas que erraram, elas têm que ser punidas. Aí é o seguinte, é o doa a quem doer. Você não condena uma instituição. No Brasil você condena pessoas. Se alguém errou, tem que pagar", 

Excluindo os aecistas
Costa e Youssef denunciaram na quarta-feira, em depoimento à Justiça Federal do Paraná que foi divulgado na imprensa, esquema de propina com contratos da Petrobras que favorecia, segundo eles, PT, PP e PMDB, além de envolver empreiteiras e executivos de grandes empresas. Dilma definiu como "muito estranho e muito estarrecedor" o fato de as denúncias virem à tona em período eleitoral. "Que haja de fato interesse legítimo, real e concreto de punir corruptos e corruptores, mas que não se use isso de forma leviana em períodos eleitorais e de forma incompleta, porque nós não temos acesso a todas as informações", disse Dilma.

Acesso negado
"Tive todo interesse em ter acesso a isso para tomar as medidas cabíveis. Sei, por informação do Ministério Público Federal e do Supremo Tribunal Federal, que essas informações ainda estão sob sigilo. Então, eu acho muito estranho e muito estarrecedor que, no meio de uma campanha eleitoral, façam esse tipo de divulgação", acrescentou a presidente. Ontem, o ministro do STF Teori Zavascki negou acesso aos depoimentos de Paulo Roberto Costa solicitado pela CPMI da Petrobras, pela presidente Dilma Rousseff, por meio do ministério da Justiça, e pelo governador do Ceará, Cid Gomes, que foi citado por Costa, segundo reportagem da revista IstoÉ.

Destilando ódio
Ao encerrar seu discurso, Dilma voltou a atacar o PSDB. "Eles destilam ódio. Eles destilam mentiras. Nós temos que responder com a verdade e a esperança", disse Dilma.

FotoLegenda
Solidarizo-me com a campanha que Rogério Dias e intelectuais da cidade estão fazendo pela salvação da Coleção Mossoroense, a maior do Brasil. O prefeito deve ter recebido o décimo ou centésimo ofício pedindo apoio. A Coleção Mossoroense pede socorro, pois as sobrinhas de Vingt-un deixaram-na anêmica. Que o prefeito Silveira Júnior não a deixe sucumbir

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O direito contra a direita: juristas lançam manifesto em apoio a Dilma

Advogados, membros do Ministério Público, professores universitários de Direito e estudantes de Direito de vários Estados do Brasil lançaram um manifesto nacional de apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT), anteontem (8). Foi uma iniciativa dos advogados Edésio Passos, André Passos, Tarso Cabral Violin e vários outros profissionais do Direito. Quem primeiro assina o manifesto é o professor-doutor Celso Antônio Bandeira de Mello, o maior administrativista do País. Juristas, professores e estudantes do Paraná, que inicialmente elaboraram o manifesto, fizeram o lançamento do documento, em Curitiba. Estavam presentes professores da Universidade Federal do Paraná, Universidade Positivo, UniCuritiba, UniBrasil e de várias outras instituições de ensino de Direito. O ato foi realizado pela advogada e vice-prefeita de Curitiba, Mirian Gonçalves, e pelo advogado e professor de Direito do Trabalho da UFPR, Wilson Ramos Filho (Xixo), que também teve o objetivo de organizar a campanha no Paraná. Você que é advogado, professor, bacharel ou estudante de Direito, pode assinar o manifesto e ver quem já assinou. Basta enviar nome completo e minicurrículo nos comentários do documento ou enviar e-mail paratarsocv@gmail.com.Veja o texto do manifesto: Agora é Dilma presidenta 13! Manifesto dos juristas. No governo Dilma, foram sancionadas a Lei de Acesso à Informação e o Marco Civil da Internet, Lei da Comissão Nacional da Verdade, Lei das Parcerias entre Administração Pública e Organizações da Sociedade Civil. Por um Brasil cada vez mais justo e igualitário; pelo meio ambiente equilibrado; por uma nação cada vez mais reconhecida internacionalmente; pela defesa da liberdade religiosa em um Estado Laico; pela liberdade de expressão e democratização da mídia; pela defesa de nossa Constituição Social, Republicana e Democrática de Direito de 1988; por uma Reforma Política que aprimore ainda mais a Democracia brasileira em construção; pela defesa dos movimentos sociais; pelas Defensorias Públicas estruturadas e autônomas; pelo fim da miséria e redução das desigualdades sociais e regionais; por um Estado presente na ordem social e econômica; por uma América Latina unida; por uma economia mais solidária; pela não privatização da Petrobras, do Banco do Brasil, das Universidades Federais e demais entidades estratégicas; pela manutenção do pré-sal sob domínio brasileiro; pela manutenção da independência do Ministério Público, dos Tribunais de Contas, das CPIs e da Polícia Federal na investigação de todo e qualquer rastro de corrupção; pelo ensino público e não mercantilizado; por uma saúde pública cada vez mais universalizada; pela manutenção e ampliação das conquistas econômicas e sociais dos governos Lula e Dilma (2003-2014); e por uma eleição sem boatos e calúnias; nós, juristas, professores universitários e estudantes de Direito, abaixo-assinados, declaramos voto à candidatura da presidenta Dilma Rousseff 13, do Partido dos Trabalhadores (PT), neste segundo turno das eleições de 2014, para que ela continue sendo a nossa primeira mulher presidente do Brasil!

Inteligência
A nata da inteligência brasileira está com Dilma: maior jurista do País, Celso Bandeira de Melo; maior compositor, Chico Buarque de Holanda; maior escritor vivo, Luís Fernando Veríssimo; maior filósofa, Marilena Chauí; maior cientista, Miguel Nicolelis. E mais: maior economista, Maria da Conceição Tavares; maior teólogo, Leonardo Boff. E dizem que Dilma só tem votos de analfabetos...

Economia
No Brasil, a produção industrial sobe em 10 de 14 Estados, enquanto Alemanha tem pior queda em 5 anos. Em 10 dos 14 Estados pesquisados houve aumento no ritmo da produção industrial entre os meses de julho e agosto, de acordo com dados do IBGE divulgados nesta quarta-feira, 8. O Ministério da Economia da Alemanha informou que a produção industrial do País, que representa a maior economia da Europa, teve a pior queda em cinco anos e meio. A baixa foi de 4% na comparação mensal.

Mais pesquisa falsa
Circula na internet e no Facebook uma suposta pesquisa do instituto Vox Populi sobre as intenções de voto no segundo turno da disputa presidencial que apresenta o candidato do PSDB, Aécio Neves, com 51% contra 43% da candidata à reeleição, Dilma Rousseff. O Vox Populi confirmou ao Diário do Poder que não divulgou nenhuma pesquisa presidencial após a votação do último dia 5. A pesquisa que saiu, inclusive sem registro no TSE, foi de um tal Instituto Paraná, que nunca tinha feito pesquisa para presidente e que, neste caso cumpre contrato com a revista Época, que é do sistema Globo e não usou nem mesmo os institutos Ibope e Datafolha que a Rede Globo costuma usar.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

E o gigante era um monstro

Muito se discutiu sobre os movimentos de rua, de junho de 2013. Muitos acreditaram ser a redenção do Brasil, a verdadeira democratização, o despertar do gigante. Enfim, um movimento sério com sérias consequências. Infelizmente, o que se seguiu às grandes manifestações que encheram as ruas, escolas, campos, construções de mais de 350 municípios grandes e médios, não nos deu tanto alento. Vimos a presidenta Dilma lançar uma agenda cinco pontos que iam de encontro aos anseios dos manifestantes, mas não os vimos mais irem às ruas. Somente os black-blocs continuaram dando o tom da prosa com o pior comportamento que se pode esperar de quem está a contestar o que está errado. A Câmara Federal boicotou sob a presidência do nosso conterrâneo Henrique Eduardo, não só o plebiscito como toda a perspectiva de reforma política séria. Suas manobras levaram ao parto, quase aborto de um rato pela montanha. Agora, as urnas. O que se esperava? Um grande avanço para a esquerda de Dilma, a vitória de candidatos com propostas mais avançadas que as que são permitidas ao PT defender diante do pesado jogo político em que vive o partido enredado para manter a governabilidade. Mas o que veio? O ódio no discurso e nas atitudes. Uma campanha estúpida e inválida e Marina da Silva desdizendo até o que não tinha dito, mas estava implícito no seu perfil de candidatura que se arvorava melhor que “tudo que está aí”. E uma campanha de Aécio Neves, que temos que reconhecer, surpreendeu nas urnas, e cuja bandeira principal era “derrotar o PT”, mesmo que não apresentasse nenhuma proposta para chamar de sua, e quando as fez, foi a dizer que vai manter as propostas, projetos e programas que o PT vem implantando há doze anos e que seu partido nunca implantou quando foi poder central por oito. Não bastasse essa performance paupérrima nas urnas, o Brasil do dito gigante que acordou, elegeu com votações expressivas Jair Bolsonaro, Moroni Torgan, Marcos Feliciano e outros trastes da vida nacional que se enquadrariam divinamente, ou seria satanicamente? No figurino de um líder da estirpe de Hitler ou Mussolini. Foi mesmo o gigante adormecido do Hino Nacional, que acordou ou foi a Caixa de Pandora que se abriu e soltou um monstro, talvez um Conde Drácula vampirizado em sede de sangue ou um Frankenstein que junta pedaços de Marina a Bolsonaro ou – quem sabe? – todos os anjos caídos que saíram autorizados por Deus para que o mal possa continuar existindo para fazer o contraponto e ressaltar as virtudes do bem? Os dias vindouros dirão. 

Eixos perversos
Numa entrevista à prestigiada revista Fórum o cantor, compositor e secretário de Cultura do Estado da Paraíba, Chico César disse uma verdade irrefutável. Vejamos na nota seguinte:

Eixos perversos II
“O desejo de aprofundar as diferenças regionais e sociais ao invés de tentar dirimi-las, de criar ‘ilhas de prosperidade’ cercadas de Brasil por todos os lados e estimular suas vocações para fazer parte do “primeiro mundo”, isolando-as do resto do país, tem sido um dos grandes eixos perversos do pensamento e da prática neoliberal capitaneados pelo PSDB. E eles não se conformam com o fato do PT ter conseguido fazer o Brasil crescer e também melhorar muito do ponto de vista social, pois justiça social sempre esteve na vida deles como empecilho e não como fator de desenvolvimento.

Decepções
São incontornáveis as decepções de importantes lideranças que apoiaram Henrique Eduardo Alves no primeiro turno. Vai botar sangue pela boca, para manter o mesmo grupão de apoio. Além de muitos compromissos não cumpridos, fala-se de outras coisas mais cabeludas.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Melhor Aécio ou Marina para o PT enfrentar no 2º turno?

Esta pergunta atravessou todo o primeiro turno e agora se faz presente com uma pequena modificação na construção frasal. Teria sido melhor Marina? Cá da minha banda, acho que o óbvio: melhor mesmo teria sido uma vitória em primeiro turno, Mas... E esta foi uma pergunta que respondi durante todo o primeiro turno, mesmo sem ser perguntando, já que a angústia de muitos petistas era se teríamos, ou não, o segundo. O “Mas...” se referia exatamente à possibilidade do segundo turno que passou a ser real após a substituição de Eduardo Campos que parecia não ter condições de decolar dos seus 8% por Marina, que vinha de um histórico de quase 20% em 2010 e ainda entrava beneficiada pela comoção que sensibilizava eleitores em prol do seu nome, pela generosidade cristã diante da tragédia que vitimou o candidato titular. Fiquei a lembrar aos que me abordavam que o PT não deveria ter medo de segundo turno, visto que as três eleições presidenciais em que se sagrou vitorioso, foram ganhas em segundo turno. Nunca em primeiro. Lula derrotou Serra em 2002, em segundo turno; O mesmo Lula derrotou Geraldo Alckmin no segundo turno, em 2006, no momento mais crítico da vida do partido, diante do mensalão. E Dilma venceu Serra em 2010 também no segundo turno e num momento profundamente delicado, pois o mensalão estava de volta às manchetes e se vivia a dúvida do que seria o PT numa eleição presidencial sem Lula candidato. A disputa voltou ao paradigma do maniqueísmo PT x PSDB, uma comparação em que o PT dá de 10 x 0, quando são mostrados os números da Era FHC em confronto com os números da Era Lula/Dilma. A própria discussão da corrupção é extremamente desfavorável ao PSDB em geral e ao candidato Aécio, em particular. Até creio que ele vai fugir desta pauta, tão grande e frágil é o seu telhado de vidro. Lula já deu o tom. Não vai fugir deste debate. Muito pelo contrário, vai pisar no pé de Aécio para brigar. Este tema poderá ser tão poderoso contra Aécio quanto às contradições do discurso o foi para a desconstrução do “mito” Marina. Neste particular, a corrupção, Aécio, não apenas tem telhado de vidro, ele é todo de vidro. Mesmo blindado pela mídia amiga, no debate cara a cara e no Guia Eleitoral, Aécio não resiste a meia hora de porrete de jucá mostrando os muitos podres que o levaram a inibir cerca de 500 CPIs nos seus oito anos de governo e os esforços hercúleos para calar a mídia mineira, às vezes com dinheiro, às vezes com repressão. Contra Aécio que tenta se apresentar ao Brasil como um exemplo de gestão competente, pesa a derrota fragorosa do seu candidato ao governo mineiro, um tucano de farta plumagem e bico longo, nome de peso que vem de ministérios e mandatos parlamentares. Desempenho medíocre, vergonhoso e profundamente negativo. A favor de Aécio, um mutirão sem precedentes, da mídia brasileira que combateu sistematicamente o PT desde o seu nascimento e nos últimos três anos alimentou de maneira sistemática, direta e sub-reptícia, o ódio ideológico ao PT. Será uma disputa encarniçada. Uma batalha de Waterloo. Quem ganhará? Os que já se encontram na trincheira ou o jovem general desafiante? Não será nada fácil, mas Dilma tem as armas para sair vencedora. Mas precisamos ainda uns três ou quatro dias para vermos com mais clareza para que lado os ventos sopram, para podermos ter alguma clareza sobre por quem os sinos dobram ao final do combate, agora um duelo.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A Casa Rosada caiu?

De início, esclareço que não creio totalmente nesta tese. Mas não posso deixar de acreditar que o abalo foi grande. Até parece aquele velho ditado popular sobre pessoas que têm os olhos maiores que a boca e terminam morrendo empanzinadas. Ou ainda o do peixe que morre pela boca, ao querer engolir a saborosa isca e acaba de estrepando na ponta fina do anzol. Durante o auge do poder político dos Rosados, a família contava com um deputado federal. Chegou a ter um senador, assim como chegou a ter um governador, ainda que por poucos meses. Depois destes bons tempos, veio recuperar sua força depois da divisão, quando passou a ter dois deputados federais e, às vezes, até dois estaduais. No passado, quando tinha dois deputados, um era de outra família; depois da divisão de 1988 passou a ter dois deputados estaduais da própria família e chegou a se dar ao luxo de ter também dois federais. Quanto a Mossoró, num determinado momento chegou a ter deputados estaduais da cidade e mais Gilvan Carlos, que mesmo tendo como base principal o médio Oeste, tinha endereço em Mossoró e era uma voz em defesa dos interesses mossoroenses. Dizíamos com orgulho que tínhamos quatro deputados na assembleia. Agora, os Rosados passaram a querer demais. Não demonstraram ter aprendido com a dura lição de quando Rosalba se elegeu senadora, deixando Betinho e Ruth Ciarlini sem mandatos. Depois Rosalba conquistou o Governo do Estado e passou a sonhar com uma vaga no Tribunal de Contas para a irmã ou, quem sabe, a própria candidatura à Prefeitura, que acabou sendo de Cláudia Regina, porque Fafá não quis renunciar para Ruth assumir a titularidade de prefeita constitucional e se tornar reelegível. Os Rosados acreditaram tanto na lei da Cissiparidade, que, na Biologia permite que uma célula se divida em duas e ocupe dois espaços, que se atreveu a querer que a célula rosadista pudesse ir além daquela lei e se dividisse em três novas células com poder de reprodução. E sonhou com três cadeiras no parlamento federal. E não só perdeu uma das que tinha, como perdeu as duas vagas na Assembleia Legislativa. Hoje o grupo resume-se a um mandato no Governo do Estado que está nos seus últimos meses, além disso, sem brilho algum. E um mandato federal, com um deputado neófito. Como se não lhes bastasse estar sem o comando da Prefeitura, que talvez seja a fonte principal de tantos males.

E agora?
Os superpoderes de Henrique se revelaram um fiasco. Sua imensa rejeição falou mais alto e o segundo turno sobre o qual seus correligionários não admitiam nem conversar, está aí. E com um Robinson em alta e com a ideia de invencibilidade de Henrique esfarelada pelas urnas.

A síndrome da recompra
Grandes desafios tiram o sono de Henrique. O maior deles é a gula dos prefeitos e outros apoiadores que entendem que o dinheiro que receberam para lhe apoiar no primeiro turno já é caso passado. Segundo turno, é outra eleição. E é. Portanto, o contrato é outro. E como o voto vai ficar muito mais difícil, o novo contrato também pode ficar mais caro. Não é qualquer fortuna que dá para frear a sangria desatada de perda de votos e acuar a subida de Robinson.

E Vilma?
Pergunta-se: Para onde vai Vilma de Faria neste segundo turno? Fala-se de uma poderosa e justificada revolta com Henrique que não teria cumprido os compromissos... Qual será o destino dela? Vilma não entendeu que o sonho de Maias, Alves e Rosados que receberam seu apoio, era, há muito tempo, destruí-la politicamente...

E Sandra?
Também muito se especula sobre o rumo Larissandrismo. Com quem marcharão Sandra e Larissa neste segundo turno, abandonadas que foram por Henrique? Ainda mais diante da perspectiva de ficarem sem nadica de nada, no caso, agora muito provável de uma vitória de Robinson Faria, de quem Larissa e Sandra são grandes amigas, da mesma forma que o são da senadora eleita, Fátima Bezerra, uma ponte segura para o retorno delas aos gabinetes brasilienses.

FotoLegenda
O deputado Fernando Mineiro está de parabéns, assim como o seu grupo de apoio em Mossoró. Um grupo amplo, que reuniu militantes de pelo menos quatro correntes do PT. Quando o grupo se reuniu, no Hotel VillaOeste, para fazer um planejamento de campanha, estabeleceu uma meta de quatro mil votos para Mineiro em Mossoró, mesmo sabendo o quanto isto seria difícil sem a terrível prática da compra do voto, tão repudiada pelo deputado petista e por todos os seus apoiadores. Mas se materializaram 4.914. Meta batida, por arredondamento. Mineiro foi o primeiro mais votado em Natal, cidade onde reside e foi o quarto mais votado em Mossoró, sendo que dois dos que obtiveram mais votos que ele no município, Larissa e Leonardo, foram derrotados. De modo que agora os dois deputados que irão representar Mossoró na Assembleia Legislativa, são Fernando Mineiro, do PT e Galeno Torquato, apoiado pelo prefeito Silveira Júnior. Como é de hábito em todas as eleições, Mineiro virá em breve a Mossoró, agradecendo a votação e assumindo compromissos para os quatro anos de mandato. Vai se colocar à disposição da cidade para ser uma voz em nossa defesa.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

E por falar de inflação: um colar de melancias para Ana Maria Braga

Oblogueiro Rodrigo Neto, do Rio de Janeiro, responde a um leitor sobre a inflação tão citada nos discursos dos candidatos de oposição, ao lado do discurso de desemprego e da falência da Petrobras. Vejamos:  A média anual da inflação no governo FHC foi de 9,56%. A média anual da inflação no governo Lula, foi de 6,46% e no governo Dilma está sendo de 6,08, podendo baixar até o final deste ano. E diz mais Rodrigo Neto: Um exemplo que usei para responder a uma pessoa que colocava em dúvida as informações do Governo Dilma, sobre a inflação: "Caro Arthur, mora numa cidade do interior, no norte fluminense, na divisa com o Espírito Santo, Bom Jesus do Itabapoana. De duas a três vezes por semana tenho a necessidade de ir à cidade de São José do Calçado no ES, a 13km de onde moro. Confesso que não tenho muito saco para dirigir hoje em dia, e desde 2009 faço esse percurso de táxi. Sei o que representa para esses profissionais uma corrida dessa, por isso não privilegio nenhum deles, pego sempre o primeiro da fila. Pago ainda hoje, o mesmo valor que pagava em 2009, R$ 30,00 ida e volta pois não permaneço mais que quinze minutos nessa cidade. Como eu gostaria de esfregar isto na cara do Aécio", durante todo o governo Dilma, essa corrida não aumentou um centavo. Claro que houve aumentos em muitas áreas, nessa área específica, questionado um motorista me respondeu. A estabilidade nos preços de combustíveis e lubrificantes, e a estabilidade nos preços dos veículos, fizeram com que os preços não fossem aumentados, e quanto a nossa renda, foi até aumentada, pois quase duplicou o número de passageiros". Claro, que vai aparecer um espírito de porco me mostrando um determinado item que aumentou até 30% nestes 4 anos, mas na média não foi isso que aconteceu. Mesmo o colar de tomates da Ana Maria Braga que custou R$ 11,00/kg, teve a menor relevância, pois isso ocorreu durante aproximadamente 10 dias, e na média, o preço do tomate não passou de R$ 3,20. A propósito, deveriam avisar a Ana Maria Braga que a melancia está custando R$ 8,30, não seria o momento para ela fazer um belo colar de melancia para "adentrar o recinto" como fez com o de tomate?

Vale tudo
Sente-se um tom desespero e de vale-tudo por parte da campanha da candidata ao Senado, Vilma de Faria, na disputa pelo colégio eleitoral de Mossoró, onde estima-se que ela pode estar com cerca de 20% de desvantagem. Seus programas de rádio e TV cobram de uma deputada federal mais obras que uma governadora de dois mandatos que tem no seu palanque governadores que somam 32 anos de mandatos: Ela própria, José Agripino, Geraldo Melo e Garibaldi Alves Filho e mais a sombra de dois ex-governadores falecidos que somam mais dez anos. Falo dos pais de Henrique e Agripino.

Lula convoca militância
Numa carreata em São Paulo, Lula falou: Não se pode "pensar que já ganhou", porque "os adversários podem atropelar a gente".

Pesquisas
Nas pesquisas divulgadas anteontem, Dilma lidera com 40% das intenções de voto no primeiro turno, segundo o Datafolha, contra 25% de Marina Silva (PSB) e 20% de Aécio Neves (PSDB). Já segundo o Ibope, Dilma aparece com 39%, contra 25% de Marina e 19% de Aécio.

FotoLegenda
Para além da leitura dos números frios das pesquisas, se faz necessário entender como o povo avalia os partidos que estão na disputa pela Presidência da República. Claro que aí não é o caso de Marina. Mas, pelo visto, ela desidratou tanto, que a disputa voltou a ser entre PT e PSDB. Ou seja, se houver segundo turno, poderá ser com Aécio e não com Marina. E aí vamos ver como o povo percebe a ação de cada um destes partidos diante dos temas mais chamativos:

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Bombardeio de pesquisas e a pressa em se livrar de Marina

Uma coisa é certa: o Brasil precisa, urgentemente, regulamentar o uso das pesquisas nas eleições de todos os níveis neste País. Já não se trata de aferir o sentimento popular, através das suas intenções de votos, indecisões e rejeições. Virou um jogo sórdido de tentativas de influenciar o eleitorado para votar em candidatos que podem contratar institutos que lhes vendem, não pesquisas, mas resultados simpáticos, favoráveis, capazes de induzir o eleitor a erro. Comprar pesquisa tornou-se uma ação corriqueira no submundo da corrupção político-eleitoral do Brasil, ganhando disparado da compra de votos, que persiste e se multiplica como uma hidra, no atacado, no grosso, no varejo e no queima. Para o afunilamento desta reta final de campanha, somente o Instituto DataFolha registrou nada menos que três pesquisas. Já saiu uma, tem outra, talvez para amanhã, e outra sábado. Com certeza, terá mais uma de boca de urna. O Ibope, outras três: ontem, sexta e sábado. Um abuso em se tratando de indução do eleitorado, mas é assim que funciona essa pantomima em que transformam o grande “espetáculo da democracia”, com a mídia cretina que temos e os seus “apêndices” estatísticos. A mídia forja uma crise sem precedentes na economia, o desemprego que assusta, mesmo que seja o menor índice desde JK, a inflação é uma bomba atômica, mesmo que seja metade da que tinha nos tempos de FHC, as bolsas despencam juntamente com as ações, pasmem, só das estatais, com destaque para a queridinha do laboratório do caos, a Petrobras, a mais sólida e mais respeitada empresa do País. Construída a “grave crise” vamos às pesquisas para refletirem na animosidade contra o governo esta tragédia econômica... Feitas as pesquisas a bola volta para a mídia, repercutindo a queda do candidato do governo e inflando o candidato da mídia. Como diz Paulo Henrique Amorim: Essa é a “frente de ataque a Dilma”, mas a direita, apesar de ter deixado de lado toda a prudência nisso, não sabe o que fazer diante do caldeirão em que armou seus feitiços. Marina foi uma aposta imprudente, na qual jogou todas as suas fichas, e ela, visivelmente, gorou.

"Dificulidade"
Paulo Henrique Amorim diz que “Marina pode ter força residual para chegar ao segundo turno, mas isso se torna cada vez mais duvidoso.” É como dizia o pai do colega Augusto Paiva, diagramador deste jornal: É grande a “dificulidade”.

Batata quente
Agora, o problema é como se livrar de Marina, o defunto que a mídia levantou ao pé da cova de Eduardo Campos e agora se assusta com Marina, cadáver da eleição passada, da incompetência para fundar um partido, da ‘bananosa’ em que se meteu com temas polêmicos sobre os quais vira de posição mais que tapioca na chapa. Marina, uma invenção da direita, por ter tintas de esquerda e que quase ocupava o lugar de antiPT que a mídia construiu para Aécio pregando o ódio ao partido. Agora, a mídia e Avenida Paulista e Wall Street não sabem o que fazer ela, a batata quente.

Fogo ex-amigo
Vejamos depoimentos de alguns dos jornalistas mais inimigos do PT, dizendo: O Globo, hoje, abre suas baterias sobre ela. Reportagem mostra como foi financiada pela Natura e pelo Itaú. Merval Pereira já admite que, entre os assessores de Aécio, provável caso dele próprio, é forte a percepção de que “é possível ir ao segundo turno passando por cima de Marina”.

Fogo ex-amigo II
E Ricardo Noblat, que havia se tornado um dos mais intransigentes “marinistas” da mídia, parte para o desaforo com a candidata. “Pare de se fazer de coitadinha, Marina! Ou vá à luta ou desista“, diz ele, sem meias-palavras. Tornou-se evidente que a direita ou a mata ou corre o risco de morrer com ela.