terça-feira, 26 de agosto de 2014

Todos falam em Educação, mas...

C resci embalado pelo jingle de Aluísio Alves “para a mocidade potiguar: saúde e educação”. Tinha quatro aninhos naquela eleição de 1960, mas o hino de campanha penetrou nos meus tímpanos por mais de uma década. Zarinho, um locutor de campanhas e dono de uma radiadora que tinha na cidade, quando enchia a cara, mandava o LP com todas as músicas de Aluísio. Tanto que decorei aquela e nunca esqueci, como quem aprende a andar de bicicleta. Ouvindo o Guia Eleitoral, fico vendo como quase nenhum candidato deixa de prometer soluções para a educação e a saúde. Se bem que agora a moda é segurança, principalmente de policiais que deveriam ter resolvido o problema e como não resolveram vêm agora querer ganhar voto com o caos do setor que está na responsabilidade deles. O diferencial está exatamente na candidata à reeleição, Dilma Rousseff. É a única que tem o que dizer, pois não fala de promessas e sonhos, mas de realizações. Ao tirar 36 milhões de brasileiros da pobreza extrema, o governo petista garantiu a presença desta meninada na escola, pois o Bolsa-Família está vinculado à obrigatoriedade de 92% de frequência escolar. E o nível atingido é de 96,5%. Falando dos mais graúdos, além de um investimento gigantesco em EJA – Educação de Jovens e Adultos, que agora vai além da alfabetização, temos, enfim, um programa de qualificação profissional que paga para o jovem estudar. O Pronatec atingiu 8 milhões de inscritos e Dilma trabalha para mais 12 milhões. O número de universitários dobrou na Era petista no governo, de 3,4 milhões de alunos para 7.1 milhões. É um impacto gigantesco; Lula e Dilma fizeram 20 novas universidades federais e mais de cem campi universitários, veja-se a UFERSA, de 600 alunos passou para mais de 6000; Foram instaladas 422 escolas técnicas, os IFs, Institutos federais de educação e tecnologia; Este governo está aprovando a destinação de 10% do PIB para a Educação. E não é de qualquer PIB. É de um PIB que cresceu de 1 para mais de 4 trilhões entre Lula e Dilma; Além disso, 75% dos royalties do petróleo começam a ser destinados para a Educação e 70% dos lucros do Pré-Sal. Das seis mil creches que Dilma se comprometeu de fazer no início do seu governo, mais de duas estão funcionando, outras duas mil estão em obras e as outras duas mil estão em negociações e em tramitação burocráticas, pois como PT no governo o MEC não entrega mais dinheiro para construir escola para município ou estado que não prove a titularidade do terreno E ainda democratizou o acesso à universidade com as cotas para negros e jovens oriundos de escolas públicas. Queiram ou não os inimigos do PT do Brasil, mas este País vive uma revolução na educação, apesar de não ser possível resolver 500 anos de pendências em apenas 12.

Sambarilove
Marina já é conhecida como “Blablárina” nos escritos de Paulo Henrique Amorim. Roberto Amaral, presidente nacional do PSB, porém, é tido como um homem sério. Entretanto, em meio ao olho do furacão que se abateu sobre o seu partido desde a queda do avião que vitimou Eduardo Campos e mais seis pessoas, Amaral não tem sido o que dele se esperava. Reconheço que a pressão sobre este homem deve estar grande demais. Os interesses em jogo são pesados por demais.

Sambarilove II
Roberto Amaral acaba de lançar uma nota onde admite, ainda que de forma sub-reptícia, que o uso do avião era ilegal, pois que não havia nada contabilizado quanto ao uso da aeronave. Mais grave ainda, e sobre isto, o PSB não se pronunciou, é o que se refere à propriedade do avião. Registrado em nome de uma empresa de um usineiro paulista, devido este ter tirado o braço da seringa, dois usineiros amigos de Eduardo Campos assumiram ter comprado o avião, mas ainda não provaram que são donos, nem mostraram como fizeram a cessão para uso na campanha, visto que não possuem empresa de táxi aéreo e uma empresa não pode fazer doações de campanha fora da sua área de atuação, prevista no seu contrato social.

Sambarilove III
Dizer que a contabilização seria ao final da campanha porque outros voos aconteceriam, é rolar o lero, o famoso “sambarilove”. Se assim fosse, o pagamento de bandeireiros, de panfleteiros, de carros de som, de marqueteiro, de estúdios de rádio e TV e de outras despesas que se dão do começo ao fim da campanha, só poderiam ser contabilizadas ao final da campanha. Pela legislação eleitoral, se dá exatamente o contrário. As despesas só podem ser pagas com cheques da conta oficial, aberta com base no CNPJ da campanha. E as despesas do avião a serviço do PSDB não passaram por isto. A ressaca do acidente não se dá só no que se refere a este imbróglio quanto ao uso e à propriedade do avião, mas acima de tudo porque as famílias das vítimas precisam receber o seguro dos seus entes queridos e diante de tanta ilegalidade isto não será possível.

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