segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Noblat sem blá-blá-blá: "Deste jeito, Dilma poderá ganhar no 1º turno"

A um ano da eleição presidencial de 2002, em conversa com um grupo de empresários paulistas, José Dirceu, coordenador da quarta campanha consecutiva de Lula a presidente da República, comentou: — A eleição está liquidada. Lula ganhará – só não sabemos ainda se no primeiro ou segundo turno. Começamos a discussão interna sobre com quem governaremos. O comentário de Dirceu foi mais ou menos repetido na semana passada por um estrelado membro da campanha de Dilma Rousseff à reeleição. Faltou apenas dizer que a candidata já se preocupa com quem governará. Faz sentido? Faz, sim. A não ser que ocorra um poderoso imprevisto. Do tipo: a filha de Dilma guarda a chave do aeroporto de Porto Alegre. O caso do aeroporto mineiro de Cláudio, construído em terras da família de Aécio Neves, atrapalhou o desempenho do candidato do PSDB a presidente durante o mês de julho. Até hoje ele ainda se explica por que como governador de Minas Gerais gastou R$ 13 milhões para asfaltar a pista do aeroporto. Descobriu-se que ele investiu dinheiro público em outro aeroporto — o de Montezuma, a pequena distância de uma fazenda sua. Eduardo Campos, candidato do PSB à vaga de Dilma, atravessou julho desnorteado a prometer o que poderá ou não fazer caso se eleja. Enfrenta o dilema hamletiano de ser ou de não ser uma pálida sombra do que foi Marina Silva na eleição de 2010. Dilma chegou ao início de agosto próxima do confortável teto de 45% das intenções de voto. Voltou à situação de quem poderá liquidar a eleição no primeiro turno. Ou de passar para o segundo precisando de poucos votos a mais para se reeleger. Agosto marca o início do período de 45 dias de propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Devido ao grande número de partidos que a apoiam, Dilma contará com mais do dobro do tempo de propaganda de Aécio e com o mais do triplo do tempo de propaganda de Eduardo. É uma vantagem e tanto. A eleição presidencial deste ano é candidata a passar à História como aquela onde faltou uma oposição capaz de corresponder ao majoritário desejo de mudança dos brasileiros. Se não tem tu, vai tu mesmo, Dilma. Assina: Ricardo Noblat, por incrível que pareça!

 Satisfação
Já registrei aqui a forma absurda como bombardearam o Aeroporto de São Gonçalo na tentativa da mídia safada de tirar o brilho da inauguração de uma super obra de meio de bilhão de dólares. Agora, vem a primeira pesquisa de satisfação realizada pela Secretaria de Aviação Civil. Secretaria de Aviação Civil, em 8 de agosto de 2014. E o resultado? Com apenas um mês de uso, ainda em fase de adequações, em uma escala de 1 a 5, a população deu nota de 4,2 para o aeroporto. Foram avaliados quesitos relacionados a acesso, check-in, migração, infraestrutura e aduana. A média nacional ficou em 3,82.

Mãe heroína
Em Londres, um carrinho de bebê empurrado pelo vento caiu entre os trilhos do metrô poucos minutos antes da chegada de um trem. A mãe, arriscando a vida pulou no fosso e tirou o carrinho de lá, salvando a vida do bebê e conseguindo se safar. A proeza repercutiu em manchetes de jornais do mundo inteiro colocando a mulher como heroína. Mas... Se o caso tivesse acontecido no Distrito Federal do Brasil, a manchete, com certeza, seria: “Metrô do PT atrasa tanto que uma mãe passeava com o bebê num carrinho sobre os trilhos...”

Refinadíssimo
Manchete de um jornalão de Minas Gerais: “Aécio, o presidenciável, tem tanto bom gosto que até em Cláudio só consome coisas muito refinadas”.

Santana X Kamel
Diz o site 247: A julgar pelos números do manchetômetro da UERJ, o PT do marqueteiro João Santana terá sua revanche contra o Jornal Nacional, canhão do diretor de jornalismo da Rede Globo, Ali Kamel, a partir de 19 de agosto; com o início da propaganda eleitoral, a candidata Dilma Rousseff terá 11min48s às terças, quintas e sábados; de 1º de janeiro a 9 de agosto, JN exibiu 83 minutos de noticiário considerado desfavorável ao governo dela, contra 3 minutos positivos; programas dirigidos por Santana pretendem fazer frente ao tipo de jornalismo de Kamel; quem vencerá esse duelo eletrônico? Este colunista acha que vencerá a verdade.


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