Oartigo de Fernando Brito no blog Tijolaço é de anteontem. Portanto, já temos novidades. Mas o essencial aí está. Os urubólogos não conseguiram o fracasso com que queriam triunfar. Lembra o episódio carioca do pessimista empedernido diante do primeiro carro a chegar no Rio de Janeiro. Depois das explicações sobre como a máquina funcionava: “Roda a manivela, o motor explode, o chofer sobe dá partida e o carro anda... Quando você quiser, pisar no freio e o carro para”. O pessimista não se controlava: Isso não liga. E a manivela rodou e o motor explodiu sob aplausos; E o pessimista: Isso não anda... E o chofer entrou no automóvel e deu partida. O carro andou levando a multidão presente à euforia. O pessimista desesperou-se e exasperou-se. - Tá vendo que isso não para... Leiamos Fernando Brito: Termina hoje a primeira rodada da fase inicial da Copa. Onze dos 12 estádios já tiveram jogos, sem qualquer problema significativo, embora tenhamos legiões de repórteres procurando defeitos. Multidões de argentinos, colombianos, holandeses e gente de todas as partes chegaram nos aeroportos, que funcionaram sem contratempos. Com algumas dificuldades, aqui e ali, todos chegaram nos estádios em paz e com tranquilidade. O “imagina na Copa” perdeu de goleada para a realidade. O que não funcionou, aliás, em geral foram as obrigações da Fifa e seu “padrão”: a festa pífia da abertura e o “mico” de ontem no Beira-Rio, quando o sistema de som engasgou na Marselhesa, que ainda será cantada a plenos pulmões, como foi, por milhões em todo o mundo, pelo que significou para os povos a Revolução Francesa. O Brasil experimenta um clima festivo e alegre como poucas vezes. E o que se passa dentro e em torno dos campos mereceu hoje, do site inglês Eurosport, uma das maiores redes esportivas da Europa, uma matéria onde se diz que, em quatro dias, esta caminha para ser a melhor copa de todos os tempos. Claro que cabem discussões sérias e responsáveis sobre o que se gastou no evento diretamente, embora a maior parte dos gastos seja em obras que servem à população e só eventualmente aos torcedores. Mas todo mundo sabe e sabia que negociar com uma máfia como a FIFA não seria, propriamente, trabalhar ao lado de Mahatma Ghandi ou da Irmã Dulce. Ou alguém achava que fazer a Copa poderia ser um “churrasquinho na laje”, como nós gostamos de fazer, e o que, aliás, não nos tira um grama da nossa alegria simples e focada nas pessoas.Vamos às Notas Curtas, ainda com o grande Fernando Brito:
Cadê os carinhas?
Como perguntou muito bem o Florestan Fernandes Jr. no GGN, “onde estavam ontem os políticos que festejaram a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014? Onde estavam: Lula, Sérgio Cabral, Eduardo Campos, Aécio Neves, José Serra, Jaques Wagner, Yeda Crusius, Cid Gomes, Carlos Eduardo de Sousa Braga, Wilma de Faria, Roberto Requião, José Roberto Arruda, Blairo Maggi?
Como perguntou muito bem o Florestan Fernandes Jr. no GGN, “onde estavam ontem os políticos que festejaram a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014? Onde estavam: Lula, Sérgio Cabral, Eduardo Campos, Aécio Neves, José Serra, Jaques Wagner, Yeda Crusius, Cid Gomes, Carlos Eduardo de Sousa Braga, Wilma de Faria, Roberto Requião, José Roberto Arruda, Blairo Maggi?
E ela, onde está agora?
Onde estava Marina Silva que queria uma sede no Estado dela, o Acre? Onde estavam os prefeitos, senadores, deputados, âncoras de televisão e rádio que queriam tanto a Copa do Mundo? Onde estavam os prefeitos e governadores responsáveis pelas obras exigidas pela Fifa?” Todo mundo na toca, embora a Lula, pelo seu tamanho político, não coubesse mesmo ofuscar a primeira mandatária do país. E ele ainda teve a coragem de protestar contra a “babaquice” da imprensa de achar que os estrangeiros exigiriam ser carregados no colo até dentro dos estádios… Foi Dilma Rousseff quem botou a cara para as Donas Lalá, da “área VIP” a xingarem.
Onde estava Marina Silva que queria uma sede no Estado dela, o Acre? Onde estavam os prefeitos, senadores, deputados, âncoras de televisão e rádio que queriam tanto a Copa do Mundo? Onde estavam os prefeitos e governadores responsáveis pelas obras exigidas pela Fifa?” Todo mundo na toca, embora a Lula, pelo seu tamanho político, não coubesse mesmo ofuscar a primeira mandatária do país. E ele ainda teve a coragem de protestar contra a “babaquice” da imprensa de achar que os estrangeiros exigiriam ser carregados no colo até dentro dos estádios… Foi Dilma Rousseff quem botou a cara para as Donas Lalá, da “área VIP” a xingarem.
Barrigas cheias e cabeças vazias
Ficamos nisso, nos de “barriga-cheia” que ganharam ingressos da Globo, do Itaú e de outros patrocinadores e os de “cabeça-vazia”, que juntam umas dezenas de babacas para ir arrumar confusão na porta dos estádios, nenhum deles capaz de entender as regras básicas de convivência. Aliás, a direita hidrófoba ainda quer que a agradeçamos por estar “apenas” mandando pessoas irem “tomar”, quando diz que poderia ser pior e estar nos “protestos” de gatos pingados. É a versão chique do “poderia estar roubando, poderia estar matando, mas estou apenas…” Ontem, duas horas e pouco antes do jogo da Argentina, passei próximo ao Maracanã com meu filho pequeno e, sozinho, meia hora depois. Uma festa em azul e branco, de argentinos e brasileiros. Ruas cheias, bares lotados, sorrisos e alegria. Claro, teve uns grupinhos de “barrabravas” castelhanos e nacionais, fazendo confusão. Assim como tem na Inglaterra e na Holanda.
Ficamos nisso, nos de “barriga-cheia” que ganharam ingressos da Globo, do Itaú e de outros patrocinadores e os de “cabeça-vazia”, que juntam umas dezenas de babacas para ir arrumar confusão na porta dos estádios, nenhum deles capaz de entender as regras básicas de convivência. Aliás, a direita hidrófoba ainda quer que a agradeçamos por estar “apenas” mandando pessoas irem “tomar”, quando diz que poderia ser pior e estar nos “protestos” de gatos pingados. É a versão chique do “poderia estar roubando, poderia estar matando, mas estou apenas…” Ontem, duas horas e pouco antes do jogo da Argentina, passei próximo ao Maracanã com meu filho pequeno e, sozinho, meia hora depois. Uma festa em azul e branco, de argentinos e brasileiros. Ruas cheias, bares lotados, sorrisos e alegria. Claro, teve uns grupinhos de “barrabravas” castelhanos e nacionais, fazendo confusão. Assim como tem na Inglaterra e na Holanda.
A baixaria foi insuflada pela mídia
A diferença é que aqui, ao longo de mais de um ano, isso foi insuflado pela mídia e pela oposição. Só vi isso antes na construção do Sambódromo, em 1983, com Brizola, naquela ocasião com o Governo Federal, além da Rede Globo, claro, sabotando, ao ponto de o porta-voz de Figueiredo, o senhor Carlos Átila, declarando à imprensa que torcia para chover muito durante o Carnaval. Os fatos, porém, os fatos têm uma força que se impõem sempre, sobretudo quando se age com coragem e sem se deixar intimidar.
A diferença é que aqui, ao longo de mais de um ano, isso foi insuflado pela mídia e pela oposição. Só vi isso antes na construção do Sambódromo, em 1983, com Brizola, naquela ocasião com o Governo Federal, além da Rede Globo, claro, sabotando, ao ponto de o porta-voz de Figueiredo, o senhor Carlos Átila, declarando à imprensa que torcia para chover muito durante o Carnaval. Os fatos, porém, os fatos têm uma força que se impõem sempre, sobretudo quando se age com coragem e sem se deixar intimidar.
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